quinta-feira, 3 de março de 2011

- CinnaTech - 5ª Temporada - Parte 6

Se eu pudesse resumir aquela situação com uma única frase, seria: 'quem tem cu, tem medo'... E eu estava MORRENDO DE MEDO. Se aquele bicho maluco tivesse razão, tudo estava em perigo... Minha infância de contos de fadas e heróis, iam por água abaixo... Não podia acontecer, né?
-Como ele pode ter descoberto?! - perguntou, atonita, Adnama.
-Não tinha como, só nós sabíamos como abrir os portais entre os mundos... Como ele conseguiu? Como ele pode ter sabido? - perguntou Atam.
Anilorac chegou, parecia cansada e desconfiada.
-O que aconteceu? - ela perguntou, assim que viu a cara de geral.
-Beuz descobriu como viajar entre os mundos, e vai destruir tudo... - disse Ailatan, com suas bochechas gostosas.
-Pra isso ele precisa do mesmo que nós... E só nós sabemos onde estão os sete ingredientes secretos - disse Atam - vamos nos antecipar a ele, vamos guardar as chaves em segurança.
-Do que vocês estão falando? - perguntei, revoltado com a ausencia de informações.
-Descobrimos como abrir os portais entre os mundos da fantasia... Há em nosso mundo sete chaves, pessoas, destinadas ao dom de navalhar as dimensões, e chegar em outra completamente diferente... Separadas, são inofensivas, conseguem apenas teleportar e fazer truques pequenos, mas, se estão juntas, as sete, num determinado lugar, conseguem abrir portais magníficos e seguros, para outros mundos fantasiosos - disse Atam.
-Estas pessoas, são geradas num mesmo espaço de tempo... E precisam ser encontradas, para que tenhamos controle sobre esses portais - disse Ailatan.
-O que estamos esperando então? Vamos procurar estas chaves-pessoas, ou sei lá o que... - eu falei.
Se eu soubesse a dor de cabeça que aquilo ia me causar, não ficaria tão empolgado para procurar as tais chaves...
Mas isso, é coisa para a continuação da história, na próxima temporada...

- CinnaTech - 5ª Temporada - Parte 5

-Como se atrevem?! - eu falei, um pouco acima do tom. Irritado - Eu, uma pessoa justa, boa e cheia de bons sentimentos por vocês, seus alienígenas de merda, e vocês me convertendo? Nem sequer sabem a raça de seu Deus Criador?! Que espécie de criaturas são vocês???
-Suas criações - o homem falou - Se é mesmo o tal Deus Maior, a culpa de tudo isso é sua, meu querido.
-Quero me cadastrar nesta merda, AGORA - eu falei, irritado com o homem.
-Como Deus Maior? Podemos fazer isso senhor, porém, ficará Deus Maior 2087 - ele me informou, preguiçoso.
-O que? Por que?
-Já temos outros 2086 Deuses Maiores... Ou pessoas que, como o senhor, acham que são Ele...
No segundo seguinte, já estava nas ruas de novo; desejei encontrar os outros deuses pela rua, e fui, antes que chutasse aquele velho safado até ele virar uma gosma azul alienígena.
Segundo Enayat, Anilorac tinha ido urgentemente para a cidade que reinava sagradamente, pois o Rei estava prestes a morrer, e a coroa seria entregue ao herdeiro, um jovem prematuro e sem visões políticas daquelas terras.
Continuamos a caminhada e no fim do dia, percebemos que todos estavam mais felizes, confiantes... Haviam percebido que o povo amava a todos, mas que sempre teriam um amor um pouco maior por um outro... Era assim, sempre.
Chegamos à mesa de pedra, e vimos que algo estava errado.
A mesa estava parcialmente vandalizada, e alguns cristais sagrados, usados para curar, tinham sido quebrados e jogados no chão de mato rasteiro. Não tinha ninguém ali, apenas um bilhete:
'Posso não fazer parte do Conselho, nem saber o que farão do meu mundo... Mas descobri a fórmula para sair deste mundo... Vou destruir os contos de fadas, um por um, e por último, e mais poderoso, chegarei aqui, e mutilarei cada um de vocês... Até você, Senhor Maior...
Att,
Beuz'

- CinnaTech - 5ª Temporada - Parte 4

-Centro de Pesquisa - chutei qualquer coisa.
-Entendi. Você deseja realizar uma pesquisa. Está certo?
-Não. Eu quero ir no Centro de Pesquisa.
-Entendi. Você quer saber sobre o Centro de Genis. Está certo?
-Não!
-Desculpe, não estou te entendendo. Vamos tentar de outra forma.
*pause*
Aquilo ali estava muito familiar. Me senti falando com a URA da Oi... Aquela merda de 'atendimento inteligente' que nada sabe, e tudo que entende, tá errado! Mas, com muita calma e perseverança, agente chega lá. Continuando...
*play*
-Cadastrar - falei, tentando mudar de tática.
-Entendi, você quer falar do seu Cadastro, está certo?
-Sim.
-Diga-me seu nome completo.
-Deus Maior - eu falei, me sentindo o bam-bam-bam.
-Por favor, aguarde um instante, vou transferí-lo ao setor responsável.
Imadiatamente após, eu me vi num lugar extremamente escuro, com uma única tela de televisão, ligada, e com um rosto de mulher, fazendo propaganda:
"No CCC nós podemos realizar seus maiores sonhos! Interligado à todos os outros Centros, nossa estrutura é capaz de lhe atender eficientemente para grande maioria dos casos. Podemos tratar seus problemas jurídicos, problemas de sáude, financeiros e mais. Tudo isso com a forte Coligação Internacional dos Direitos Liphianos... Nós obedecemos a lei, venha e..."
-Ginovalder Altascopieski, boa tarde, no que posso ajudá-lo senhor? - disse uma voz, de subito.
Eu gelei, porque, ao invés do quarto escuro com tv, agora, eu me via num lugar claro e com um homem, gordo, negro, de oculos (parecia ter vitiligo nos olhos e na boca), de pé, fazendo-me aquelas perguntas.
-Quero me cadastrar, Gino - falei, me sentindo amigo.
-Seu nome é Deus Maior, senhor?
-Sim, aqui sim.
-Mas... O senhor nem se parece com ele, com o Deus Maior. Tem algum documento que prove isso?
-Não me pareço? E com quem acha que eu deveria parecer?
-Com aquele homem ali.
O atendente me mostrou, numa parede (que nem estava ali antes), uma moldura gigantesca, com a pintura de um cara branco, de olhos azuis, alto, forte e cheio de galanteios. No rodapé, a legenda: 'Deus Maior - A Brancura da Paz'.

- CinnaTech - 5ª Temporada - Parte 3

-Com a nossa pressão sobre as cidades, alguns Reis orderam que seus exercitos invadissem e conquistassem novas terras.... Para subjulgá-las e fazê-las louvar apenas ao seu deus - disse Assikej.
-Peraí, quer dizer que eles só vão se autodestruir por capricho de vocês? Gente, se a fé está baixa, é porque vocês não vão lá, andar no meio deles, realizar alguns desejos e mantê-los interessados. Deuses que não aparecem, não valem apena.
-Estou sempre com Seya - falou Athena, de seu canto.
-É, eu sempre percebo o quanto você com o Seya, Athena - ironizei - Vamos todos, descer agora, e estar com o nosso povo... Precisamos deles. Vamos caminhando por lá, até cansarmos de tudo.
-Acha que isso vai funcionar? - perguntou Atam irônica como eu.
**
Descemos todos e começamos a caminhar, de Genis, a cidade que há muito tempo atrás tinha sido governada pelo meu amigo, o Rei Bauniss... O lugar estava extremamente diferente. Prédios gigantescos, iluminação na rua, muitas coisas prateadas e a todo momento coisas que passavam voando pela gente. Eram as pessoas, que compravam vários tipos de objetos para vôo: vassouras, rodos, pó mágico, sapatos voadores, mochilas de propulsão à jato, etc.
As pessoas olhavam com um ar curioso e desafiador, como se dissessem que também eram deusas ali, em Cinnamon. Eram o que queriam ser, o lema que sempre quis empregar na Terra, as criaturinhas ali de Cinnamon já tinham pego e manjado.
Quando caminhavamos na rua do "Edífico Oficial de Ailatan", que era movimentada e cheia de tudo o que é transporte - inclui-se Emas, carros pequenos e velozes, motos de diversas cores e tamanhos, que, na verdade, só andavam com uma roda e muitas outras coisas que as pessoas usavam no solo. Vi uma placa: "CCC - Centro de Ciência de Cinnamon". Nem pensei duas vezes. Fui pra lá, enquanto o povo ficava lá, procurando a fé deles.
Entrei e vi que era um prédio seguro e bastante tecnológico. Haviam várias coisas, feitas por magia, que facilitavam a vida ali: painéis de senhas, que, se você errasse te incendiavam; feitiços em portas seguras, que invocavam um leão de qualquer buraco e colocava ali, na frente do invasor; certos pisos eram enfeitiçados, para que, sempre que pisassem neles, uma imagem de um dos cientistas apareceria, indicando um local que você desejasse ir.
Não havia uma recepção, era apenas um grande salão, com umas três ou quatro pessoas andando aqui e ali, e eu comecei a andar também.
-Bemvindo ao CCC, se já é um credenciado, por favor, me diga sua senha, ou digite-a nos painéis dispostos nas colunas, caso não seja, por favor, me diga o motivo da sua visita - e quem disse isso, era uma espécie de holograma ou fantasma de um dos crientistas ali do prédio.