quinta-feira, 3 de março de 2011

- CinnaTech - 5ª Temporada - Parte 6

Se eu pudesse resumir aquela situação com uma única frase, seria: 'quem tem cu, tem medo'... E eu estava MORRENDO DE MEDO. Se aquele bicho maluco tivesse razão, tudo estava em perigo... Minha infância de contos de fadas e heróis, iam por água abaixo... Não podia acontecer, né?
-Como ele pode ter descoberto?! - perguntou, atonita, Adnama.
-Não tinha como, só nós sabíamos como abrir os portais entre os mundos... Como ele conseguiu? Como ele pode ter sabido? - perguntou Atam.
Anilorac chegou, parecia cansada e desconfiada.
-O que aconteceu? - ela perguntou, assim que viu a cara de geral.
-Beuz descobriu como viajar entre os mundos, e vai destruir tudo... - disse Ailatan, com suas bochechas gostosas.
-Pra isso ele precisa do mesmo que nós... E só nós sabemos onde estão os sete ingredientes secretos - disse Atam - vamos nos antecipar a ele, vamos guardar as chaves em segurança.
-Do que vocês estão falando? - perguntei, revoltado com a ausencia de informações.
-Descobrimos como abrir os portais entre os mundos da fantasia... Há em nosso mundo sete chaves, pessoas, destinadas ao dom de navalhar as dimensões, e chegar em outra completamente diferente... Separadas, são inofensivas, conseguem apenas teleportar e fazer truques pequenos, mas, se estão juntas, as sete, num determinado lugar, conseguem abrir portais magníficos e seguros, para outros mundos fantasiosos - disse Atam.
-Estas pessoas, são geradas num mesmo espaço de tempo... E precisam ser encontradas, para que tenhamos controle sobre esses portais - disse Ailatan.
-O que estamos esperando então? Vamos procurar estas chaves-pessoas, ou sei lá o que... - eu falei.
Se eu soubesse a dor de cabeça que aquilo ia me causar, não ficaria tão empolgado para procurar as tais chaves...
Mas isso, é coisa para a continuação da história, na próxima temporada...

- CinnaTech - 5ª Temporada - Parte 5

-Como se atrevem?! - eu falei, um pouco acima do tom. Irritado - Eu, uma pessoa justa, boa e cheia de bons sentimentos por vocês, seus alienígenas de merda, e vocês me convertendo? Nem sequer sabem a raça de seu Deus Criador?! Que espécie de criaturas são vocês???
-Suas criações - o homem falou - Se é mesmo o tal Deus Maior, a culpa de tudo isso é sua, meu querido.
-Quero me cadastrar nesta merda, AGORA - eu falei, irritado com o homem.
-Como Deus Maior? Podemos fazer isso senhor, porém, ficará Deus Maior 2087 - ele me informou, preguiçoso.
-O que? Por que?
-Já temos outros 2086 Deuses Maiores... Ou pessoas que, como o senhor, acham que são Ele...
No segundo seguinte, já estava nas ruas de novo; desejei encontrar os outros deuses pela rua, e fui, antes que chutasse aquele velho safado até ele virar uma gosma azul alienígena.
Segundo Enayat, Anilorac tinha ido urgentemente para a cidade que reinava sagradamente, pois o Rei estava prestes a morrer, e a coroa seria entregue ao herdeiro, um jovem prematuro e sem visões políticas daquelas terras.
Continuamos a caminhada e no fim do dia, percebemos que todos estavam mais felizes, confiantes... Haviam percebido que o povo amava a todos, mas que sempre teriam um amor um pouco maior por um outro... Era assim, sempre.
Chegamos à mesa de pedra, e vimos que algo estava errado.
A mesa estava parcialmente vandalizada, e alguns cristais sagrados, usados para curar, tinham sido quebrados e jogados no chão de mato rasteiro. Não tinha ninguém ali, apenas um bilhete:
'Posso não fazer parte do Conselho, nem saber o que farão do meu mundo... Mas descobri a fórmula para sair deste mundo... Vou destruir os contos de fadas, um por um, e por último, e mais poderoso, chegarei aqui, e mutilarei cada um de vocês... Até você, Senhor Maior...
Att,
Beuz'

- CinnaTech - 5ª Temporada - Parte 4

-Centro de Pesquisa - chutei qualquer coisa.
-Entendi. Você deseja realizar uma pesquisa. Está certo?
-Não. Eu quero ir no Centro de Pesquisa.
-Entendi. Você quer saber sobre o Centro de Genis. Está certo?
-Não!
-Desculpe, não estou te entendendo. Vamos tentar de outra forma.
*pause*
Aquilo ali estava muito familiar. Me senti falando com a URA da Oi... Aquela merda de 'atendimento inteligente' que nada sabe, e tudo que entende, tá errado! Mas, com muita calma e perseverança, agente chega lá. Continuando...
*play*
-Cadastrar - falei, tentando mudar de tática.
-Entendi, você quer falar do seu Cadastro, está certo?
-Sim.
-Diga-me seu nome completo.
-Deus Maior - eu falei, me sentindo o bam-bam-bam.
-Por favor, aguarde um instante, vou transferí-lo ao setor responsável.
Imadiatamente após, eu me vi num lugar extremamente escuro, com uma única tela de televisão, ligada, e com um rosto de mulher, fazendo propaganda:
"No CCC nós podemos realizar seus maiores sonhos! Interligado à todos os outros Centros, nossa estrutura é capaz de lhe atender eficientemente para grande maioria dos casos. Podemos tratar seus problemas jurídicos, problemas de sáude, financeiros e mais. Tudo isso com a forte Coligação Internacional dos Direitos Liphianos... Nós obedecemos a lei, venha e..."
-Ginovalder Altascopieski, boa tarde, no que posso ajudá-lo senhor? - disse uma voz, de subito.
Eu gelei, porque, ao invés do quarto escuro com tv, agora, eu me via num lugar claro e com um homem, gordo, negro, de oculos (parecia ter vitiligo nos olhos e na boca), de pé, fazendo-me aquelas perguntas.
-Quero me cadastrar, Gino - falei, me sentindo amigo.
-Seu nome é Deus Maior, senhor?
-Sim, aqui sim.
-Mas... O senhor nem se parece com ele, com o Deus Maior. Tem algum documento que prove isso?
-Não me pareço? E com quem acha que eu deveria parecer?
-Com aquele homem ali.
O atendente me mostrou, numa parede (que nem estava ali antes), uma moldura gigantesca, com a pintura de um cara branco, de olhos azuis, alto, forte e cheio de galanteios. No rodapé, a legenda: 'Deus Maior - A Brancura da Paz'.

- CinnaTech - 5ª Temporada - Parte 3

-Com a nossa pressão sobre as cidades, alguns Reis orderam que seus exercitos invadissem e conquistassem novas terras.... Para subjulgá-las e fazê-las louvar apenas ao seu deus - disse Assikej.
-Peraí, quer dizer que eles só vão se autodestruir por capricho de vocês? Gente, se a fé está baixa, é porque vocês não vão lá, andar no meio deles, realizar alguns desejos e mantê-los interessados. Deuses que não aparecem, não valem apena.
-Estou sempre com Seya - falou Athena, de seu canto.
-É, eu sempre percebo o quanto você com o Seya, Athena - ironizei - Vamos todos, descer agora, e estar com o nosso povo... Precisamos deles. Vamos caminhando por lá, até cansarmos de tudo.
-Acha que isso vai funcionar? - perguntou Atam irônica como eu.
**
Descemos todos e começamos a caminhar, de Genis, a cidade que há muito tempo atrás tinha sido governada pelo meu amigo, o Rei Bauniss... O lugar estava extremamente diferente. Prédios gigantescos, iluminação na rua, muitas coisas prateadas e a todo momento coisas que passavam voando pela gente. Eram as pessoas, que compravam vários tipos de objetos para vôo: vassouras, rodos, pó mágico, sapatos voadores, mochilas de propulsão à jato, etc.
As pessoas olhavam com um ar curioso e desafiador, como se dissessem que também eram deusas ali, em Cinnamon. Eram o que queriam ser, o lema que sempre quis empregar na Terra, as criaturinhas ali de Cinnamon já tinham pego e manjado.
Quando caminhavamos na rua do "Edífico Oficial de Ailatan", que era movimentada e cheia de tudo o que é transporte - inclui-se Emas, carros pequenos e velozes, motos de diversas cores e tamanhos, que, na verdade, só andavam com uma roda e muitas outras coisas que as pessoas usavam no solo. Vi uma placa: "CCC - Centro de Ciência de Cinnamon". Nem pensei duas vezes. Fui pra lá, enquanto o povo ficava lá, procurando a fé deles.
Entrei e vi que era um prédio seguro e bastante tecnológico. Haviam várias coisas, feitas por magia, que facilitavam a vida ali: painéis de senhas, que, se você errasse te incendiavam; feitiços em portas seguras, que invocavam um leão de qualquer buraco e colocava ali, na frente do invasor; certos pisos eram enfeitiçados, para que, sempre que pisassem neles, uma imagem de um dos cientistas apareceria, indicando um local que você desejasse ir.
Não havia uma recepção, era apenas um grande salão, com umas três ou quatro pessoas andando aqui e ali, e eu comecei a andar também.
-Bemvindo ao CCC, se já é um credenciado, por favor, me diga sua senha, ou digite-a nos painéis dispostos nas colunas, caso não seja, por favor, me diga o motivo da sua visita - e quem disse isso, era uma espécie de holograma ou fantasma de um dos crientistas ali do prédio.

- CinnaTech - 5ª Temporada - Parte 2

-Só porque eles não conseguiam mais distinguirem em quem tinham fé?
-Nossos poderes estavam falhando, diminuindo.. Tinhamos que agir de alguma forma, é o que você chama de um 'Mundo Sustentável' - disse Ailatan, perto de mim.
-Então, vocês mudam tudo por conta disso? Hã, o que mais?
-Meu querido... Os Liphs já criaram guerras, já criaram ciência, já criaram o caos... Estamos entrando em colapso, nossas crenças, nossos domínios, estão prestes a declinar! Precisávamos de um plano justo e plausível... O único meio justo que achamos foi este: ficarmos responsáveis, cada um, por sua região - Enayat explicou, paciente.
-E nos cantos do mundo onde você acham que não vale apena vigiar, vocês vão abandonar? Simplesmente isso? Abandonar?! - eu falei, estressado.
-Não podemos deixar os centros mais movimentados e nos recluirmos em cantos do mundo... - Anilorac ia dizendo, quando Atam falou, interrompendo-a.
-Tivemos também outro problema, que persiste - ela falou, sábia e gostosa, fazendo sinal pra que eu fosse até a mesa de pedra - Está vendo? Estas são as criaturas mais desprezíveis que conhecemos até hoje: chamam-nos Pruius...
Olha... Medo. Só isso. Medo.
Os bichos eram bizarros e esquisitos. Tinham orelhas pontudas como as dos Liphs, mas, ao mesmo tempo, eram gosmentos, escuros, feios, desdentados, garras ao invés de mãos, verrugas por todo o corpo e cabelos ralos e brancos, até nos mais jovens. Eram, resumindo, repugnantes.
-De onde veio isso? Não criei isso! - eu disse, assustado, quase pulando no colo dela e pedindo leite - de peito.
-Estas são as fabulosas e bemcriadas criaturas do Novo Mundo - disse Atam - É uma espécie de pré-evolução, parece que iniciaram de um feiticeiro velho que vivia em Ragarf... Ele mutilou muito seu próprio corpo... E ele próprio criou uma espécie de feitiço, e lançou em várias Liphs, que estavam grávidas... O resultado é uma crescente e desordenada natalidade dessas criaturas...
-Isso quer dizer as criaturas que eu criei, estão criando novas criaturas?
-Exatamente. E isso tende a piorar - disse Ailatan - Segundo me consta, em Tresk, os ditos Alkes, já estão se preparando para a guerra... E ainda se aliaram ao Temor dos Mares.
-Hã? Como é? O que? Explica, gentileza...
-Tresk é uma cidade, Alkes são mais um tipo de criaturas que evoluíram de uma espécie de animais, imaginadas por você, e o Temor dos Mares é a frota de navios e naus que estão sob a proteção de Beuz - Ailatan disse, sem cerimonia.
-Guerra de que, minha gente?
Todos eles se entreolharam, como se fizessem ao outro a mesma pergunta: 'Será que devemos contar a ele?'. E eu logo fui gritando:
-Pode desembuxando, falem tudo.

- CinnaTech - 5ª Temporada - Parte 1

Quando cheguei em Cinnamon, desta vez, tudo estava bem mais diferente do que lembrava.
As ruazinhas, cheias de toldos de couro de animais e panos remendados, agora estavam 'urbanizados', por assim dizer. Na verdade, a principio, achei que fosse o Eduardo Paz, com um dos seus Choques de Ordem, que só desordena; mas, na verdade, lá estava até muito mais bonito agora.
As casas com aspectos decadentes haviam sido trocadas por grandes prédios; comecei a caminhar, e as placas sinalizadoras, indicavam o que você queria saber... Quando cheguei defronte a placa, podia jurar que estava escrito 'Placa'... Mas, quando olhei de novo, estava escrito 'Templos Divinos' e uma grande seta para a direita, magicamente, no chão, grandes setas marcavam o caminho. Aquilo sim, era assustador!
Continuei minha caminhada, e quando vi, à minha frente, estava um enorme prédio, todo lustroso, deveria ter uns vinte andares. O nome do prédio? 'Akissej - Construção Oficial'. Olhei torto, e achei estranho (e melhor não comentar, mas a menina tinha tinta no cabelo... Eduardo e Mônica eram... ops), mas, ainda assim, decidi entrar e conferir de perto.
Logo de cara, um enorme balcão de atendimento com uns cinco recepcionistas; os cinco ocupados, falando com pessoas, que vinham de uma fila única, que era tão grande quando os vinte andares daqule prédio. Não entrei na fila, fui andando para o balcão, só para ficar observando.
-Tenho uma audiênia com o Sacerdote Algoth, ao meio dia - disse uma senhora, de bengala.
-Hum, sim - a recepcionista conferiu - Sra. Golfflang, siga até o fim do corredor leste, dobre a direita e quando chegar lá, peça ao guardião para lhe levar a Octevias, das Humlins.
*pause*
Um - Unvias
Dois - Ducvias
Três - Tricvias
Quarto - Quavias
Quinto - Pentavias
Sexto - Hexatavias
Sete - Setavias
Oito - Octevias
Nove - Novavias
Dez - Decavia
*play*
Muito curioso, e muito onipotente, fui eu atrás da velha, que ia andar que nem uma vaca. Eu só planei atrás dela. Cliquei no Shift e com o botão direto nela, aí, fui embora atrás, e nem sequer estava ligado. ^^
O tal Guardião, nada mais era do que um cara, com uma roupa tipo sobretudo, mas, nada demais... Ela anunciou o destino dela, e ele, automaticamente, num gesto de mãos, fez com um disco voador prateado aparecesse... Ela dubiu naquilo e eu também, e fomos guiados ao andar de número oito.
A mulher foi adando no corredor e quando percebi, ela tinha parado diante de uma porta bem esquisitona, com um escrito nela 'Humlins'. Percebi que a velha estremecera de leve, antes de bater a porta.
-Eleanor Golflang? - perguntou a critura esverdeada que nos atendeu, depois que a velha sentou-se onde ela indicou - A senhora tem ciencia do motivo de tê-la sido trazida até aqui?
-Não, senhora...
-Cale-se - a criatura falou, imperativa, interrompendo a velha - Está aqui porque, segundo fontes confiáveis, a senhora blasfemou sobre nossa grande protetora do encanto do nosso mundo, a deusa Akissej. A senhora difamou a imagem. Isso confere, sra Golflang?
-Não, é que...
-A senhora deveria saber bem que, nosso povo tem vários deuses, e eles já fizeram sua separação de território. A senhora ficou perdida no nosso?
-De forma nenhuma, eu...
-Se a senhora não está perdida, como me explica o fato de testemunhas oculares terem visto um altar à Enayat em sua casa? Como pode me explicar isso?
A veha não disse mais nada. A criatura continuou.
-Não tem nada a dizer em sua defesa, imaginei. Vou enviar seu caso ao Tribunal Sagrado, lá eles serão bem mais cruéis, espero que esteja disposta a encarar...
-Os deuses não querem dividir nada! Você estão dividindo o mundo, porque acham melhor assim! Tudo é culpa do dinheiro, da ganância! Mande meu caso para o tribunal, para o próprio Deus Criador! Se ele estivesse aqui, nada disso estaria acontecendo.
Mais estava. E aquela velha foi levada dali por duas outras criaturas, que pareciam vestir um uniforme tres numeros menores que elas, e foi levada pra algum lugar nas profundezas do prédio.
Mais tarde, naquele mesmo dia, descobri que Cinnamon inteira havia sido dividida. Em vários pedaços e classes diferentes. Existiam os miseráveis também. Os que moravam mal, eram os que não tinham lago, praia ou cachoeira perto de casa, porque o lugar era todo o bem. Há alguns anos atrás, os outros mundos encantados que viviam em harmonia com o nosso, haviam sido proibidos de visitarem Cinnamon novamente, por, segundo ouvi dizer, 'desacato divino'...
Os deuses estavam numa espécie de Guerra Sagrada, onde cada um lutava por seus devotos, pois deles dependiam sua existência. Athena, a ultima deusa nomeada, mas tão poderosa quanto os outros, entrara na luta, mais por razões obvias... Lutando ela teria chances iguais, se ficasse alheia, a possibilidade de manter-se viva, seria minima.
Haviam grandes empresas, que mantinham espiões e feiticeiros poderosos, buscando manterem 'limpas' suas cidades - limpo, neste caso, quer dizer uma cidade com devotos fiéis e sinceros. Prédios gigantescos foram erguidos para tratamento de casos como o da velha Golflang, ou piores que aquele... Mas, os mais comuns, de fato, eram as pessoas que tinham altares em sua própria casa.
Nesse momento, em que descobri isso, foi que saquei tudo.
Eu estava longe havia tempos, segundo o calendário Cinnamoniano; quem estava lá aquele tempo todo, conseguia ganhar sua fezinha, como apostar no bicho, e ganhar, sempre... Ali era assim também... Mas, assim como no bicho, Cinnamon também precisava de uma certa insistencia pra funcionar... E foi com essa falta de receptividade do povo é que procurei contar, quando cheguei á Mesa de Pedra, onde os deuses estavam reunidos batendo papo em altas aventuras:
-Não quero mais aquele prédio em Florenzia; em Jscar a fé tem sido bem maior e o povo de lá quer um templo grande como aquele - dizia Anilorac, enrolando os cabelos.
-Jscar não é bom de ser um templo... Não um grande demais... A cidade é pequena, o ideal é mantê-la em cidades grandes, como Florenzia mesmo - Ordnael falou parecendo sincero.
-Acho que você é quem quer Jscar... Sabe que Restay não vai dar muito resultado no que você espera, não é?
Ordnael bateu forte na mesa e levantou-se, neste momento, apareci, deixando todos me verem e surpreenderem-se.
-O que você está fazendo aqui? - Atam perguntou, empalidecendo-se quando me viu.
-Este é o meu mundo, eu venho aqui para ver como está, sempre.
-Nossa, seu sempre é diferente do nosso sempre - ela disse, zombeteira - E então, já deu uma volta pelo SEU MUNDINHO de novo? Viu como está? Gostou do que viu?
-Quero entender AGORA o que está acontecendo - eu falei, ríspido.
-Muito simples, meu caro, reorganizamos o mundo - disse Adnama, irredutível - Os Liphs estavam se envolvendo muito, misturando crenças, confundiam nossos caminhos e nossos domínios, nem eles poderiam criar uma cultura... Ordenamos aos nossos sumos sacerdotes que, se não fizessem as cidades se reconstituirem, com uma fé restaurada, mandariamos chuva de fogo por quarenta dias.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

- Contrata-se um Deus - 4º Temporada - Parte 5

AND THE OSCAR GOES TO...

Sr. Burns, 0,01 porcento;
Deus do Smilinguido, 0,03 porcento;
SuperHomem, 0,2 pocernto;
PeterPan, 0,2 porcento;
Branca de Neve, 0,3 porcento;
Rei Tritão, 0,4 porcento;
Mulher Maravilha, 0,4 porcento;
Mestre Splinter, 0,5 porcento;
Homer Simpsom, 0,9 porcento;
Nod, 2,5 porcento;
Rainha Branca, 3,8 porcento;
Aslam, 4,5 porcento;
Mestre dos Magos, 7,9 porcento;
Thundera, 8,0 porcento;
Renato Russo, 9,7 porcento;
Christina Aguilera, 10,8 porcento;
Cazuza, 11,1 porcento;
Michael Jackson, 12,7 porcento;
Dumbledore, 13,2 porcento;
Athena, 13,6 porcento.

-Athena é a nova Deusa da Morte de Cinnamon! - Gritei, emocionado! Era ela, cara... Athena era a deusa! - Escutem todos: Todos serão bemvindos em nosso mundo, sempre, serão bem recebidos e bem tratados... Agora, quero que entendam... Sinto-me satisfeito em ver que se preocupam com seus deuses, e que dão valor ao que chamo de Amor em meu mundo.
-O Amor é capaz de muitas coisas, e uma delas, é a capacidade de transformação.
-A partir de hoje, deixo a vocês as portas abertas e livres, para irem e virem, dispostos ao que quiserem... Não sei, como Aslam, se o mal já entrou no meu mundo; nem sei, como Athena, dar poder aos meus; mas... Acreditem, estes deuses aos quais todos vocês estão entregando partes suas para conquistarem um lugar para ele, já é um grande Deus e jamais será esquecido... Porque, quando há necessidade de uma grande mudança, há necessidade de uma grande compreensão também!
-Agora, vamos, todos vocês.. Quero muito vinho, muito samba e muitas pessoas felizes! Hey, Homer... Agora você já me conhece, que tal darmos uma passadinha no Moe mais tarde?
-Margie, aquele homem, é ele... Ele existe mesmo? Você está vendo ele?
-Óh, meu deus, Homer... É claro que o homem existe. E nem homem é.
-Ele é gay, Margie?
-Sim, mas não é disso que estava falando. Ele é o Deus Maior, pode te 'desimaginar', aí... Acabou tudo, então, Homer, sorria e acene - ela falava, e eu sorria pra eles. Que família mais engraçada.
O Smilinguido estava todo chocho, num canto. Estava sozinho numa causa, mas o Deus dele, era o deus de muitas outras pessoas. E eu conhecia aquele deus... Não que eu o apoiasse ou dividisse minhas angustias, mas, conhecia. Uma pena ele não aceitar a derrota... Mas, valia tudo.
Vi que havia rolado um climão entre Chitara e Hank, e que a Sheila não havia gostado nada daquilo... Era bom que Athena já estive a postos... Porque, pelo que tudo indicava, aquele olhar da Guerreira de 'A Caverna do Dragão', dizia que ela queria matar alguém...

- Contrata-se um Deus - 4º Temporada - Parte 4

A ÁRVORE DA VIDA

Fomos para a mesa de pedra, e lá estavam todos reunidos. Deuses e deusas.
-A eleição será em uma semana, alguém chuta quem pode ganhar?
-Dumbledore tem sido bem cogitado pelas pessoas... Viram o que ele fazia com Harry Potter, e o quanto é sábio... Quem ele como deus - Disse Enayat.
-Ele é uma bicha velha, isso sim - disse Akissej, séria - Acho que talvez Athena vença essa.
-O capitão Planeta tá sendo bem cogitado no norte... As pessoas estão falando bastante nele - Ailatan falou.
-Alguém sabe como fazer esse tempo passar? Não to com paciencia de ficar esperando... E nem sei quanto tempo terei aqui - falei, querendo logo garantir que ia estar presente no dia da tal eleição.
Todas olharam Atam, com urgencia.
-Não vou falar... Ele é louco, e vocês sabem disso - ela falou, apontando pra mim - se ele souber fazer isso, vai ficar indo e voltando o tempo todo.. Não, me recuso.
-Então você sabia desde o começo, é? - eu disse, olhando-a com desprezo - Qual é a tua? Quer ser mais deusa que eu? Sabe que posso te rebaixar a qualquer momento, né? Escolho até um outro deus que ocupe melhor o cargo do que você.
Ela enrubesceu.
-Acha que pode controlar o tempo então? Acha? - ela me desafiou.
-Então ok. Vou te dar o poder, e quero ver o quanto conseguirá.
-Pois então me dê.
A mulher, louca, fez surgir uma arvorezinha, pequenina... que foi crescendo e se tornou uma árvore gigante... Cada fruto parecia uma espécie de bola de vidro, e nela tinha coisas, pessoas, lugares, animais... Tinha tudo... a árvore era supercolorida, e muito cheia.
-Cada cor, representa uma Raça; cada textura, representa um momento da história; cada galho, representa uma geração; cada flor, representa uma alma conquistada; cada gota de orvalho, representa um dia na história... E lá em cima, no topo da árvore, há um único galho com um espaço perfeito pra você por o braço... Ali é onde você pode regredir ou avançar no tempo... Você pode mexer em tudo, no que aconteceu, no que está acontecendo e no que acontecerá... Se mudar o futuro, outros tantos mudarão... Se mudar o passado, outros tantos mudarão... Cada coisa que mudar numa vida, será refletido em você, nos pesares, ou nas alegrias. Temos o poder de mudar qualquer coisa, mas há um tempo. Só podemos mudar a cada lua, cada lua, representa um tempo. E o tempo de mudar.
Já fui logo olhando a árvore toda. Voei até o topo da árvore e logo vi o galho, tinha a palma de uma mão humana desenhada. Pus minha mão ali e automaticamente o galho absorveu meus dedos e minha palma. Sabia exatamente o que fazer. Girei lentamente o galho para o lado e pude sentir em que tempo estava. Senti o dia passar o outro, e outro... E consegui chegar aonde queria, num dia em que minha angustia estava grande. Era por causa das eleições. Era o dia.
-Ué, ainda estão aí? - perguntei quando desci, e vi que as deusas estavam todas ali ainda.
-A Magia não nos afeta, querido - Atam disse, sarcastica - Vamos, estamos atrasados para o evento de abertura.
**
A Praça mais lotada e abarrotada de gente (ou não) era aquela em que fomos parar. Nós, deuses, estávamos numa mesa a parte, sentados como jurados num concurso.
A todo momento serviam Abrulhetos, que nada mais eram que Pão de Forma de Cinnamon, com uma fatia de Goibada das Ninfas, uma fatia grossa de Queijo dos Duedes do Norte, chapiscado de Açúcar dos Canaviais Encantados com Cinnae, uma espécie de Canela branca e de sabor indiscritível... Aquilo era levado ao forno, depois que o queijo se derretia e o açúcar caramelizava com o Cinnae, além de cheirar muito bem, a especialidade de Sobremesa Cinnamoniana, se baseava naquilo. Abrulheto.
-Senhoras e senhores, boa tarde - dizia Hermione Granger, com sua voz magicamente amplificada - Hoje teremos a honra de conhecer o mais novo Deus (ou deusa) de Cinnamon!
Aplausos seguiram, a jovem ficou vermelha, mas estava sorrindo.
-Primeiramente, teremos a apresentação dos quase deuses: Cavaleiros do Zodíaco! - disse zombeteira.
Seya, Shun, Shiryu, Ioga e Ikki subiram numa espécie de palco e começaram sua performance. Eram golpes de lutas, mas, como uma espécie de StreetDance, e louvando a uma mulher invisivel, que eles certamente viam...
-Agora, com vocês, TundCát! - ela disse, meio insegura - Óh, não, desculpem, é ThunderCats... Ronald Weasley, vou te matar por isso! Nem escrever você sabe?! Ah, gente, desculpe, esqueci que minha voz... - e a voz dela caiu no silencio com o feitiço que desfez.
Lion, Chitara, Tyger e todos os gatos gigantes apareceram no palco e, enquanto uns tocavam coisas, outros encenavam um momento ápice no desenho: quando Lion derrota o Mun-Rah... Foi até bem maneiro... E ele até lançou aquele Olhão lá no céu. Foi legal.
-Obrigado, Cats! - Hermione falou, debochando - Agora as crianças perdidas da terra de Nárnia... Óh, não, não... Perdoem-me, por favor... Os Reis e Rainhas de Nárnia! RONALLLLD!
Entraram em cena, Lúcia, Pedro e Edmundo.
-Quantos de vocês já leu nossas aventuras? Se tivessem lido, saberiam que nem sempre fomos à Narnia por vontade própria, e que nem participamos de todas as aventuras... Mas Aslam ilumina a vida de quem quer que seja, pois ele dá opções e te deixa trilhar sozinho, sem precisar estar o tempo todo contigo; acreditar nele, lhe dá forças.
-Queridos habitantes deste mundo desconhecido, não queremos que nos julguem crianças idiotas e aventureiras, portanto, estamos abrindo mão da campanha... Aslam não ia querer nos ver fora dos limites seguros. Estamos indo, muito obrigado! - disse Suzana que havia entrado no palco depois dos três, e que não queria continuar na disputa.
-Por favor, desconsiderem o que minha irmã disse - Pedro falou, rei da situação - Ela só está com medinho uma outra vez... Estamos dispostos a ir até o fim com a conquista de Aslam, em seu Deus em Cinnamon! Vote em Aslam... A Sinceridade, a bondade e a perseverança!
Edmundo estava apartando a briga entre Lucia e Suzana, Pedro, que percebeu, foi juntar-se a eles, para ajudar... E Hermione, mais uma vez, subia ao palco.
-É preciso ter com quem lutar, mesmo que nossos adversários sejam tão fracos - ela disse, olhando o grupo de crianças engalfinhadas ali atrás - Bom... Temos agora... Meninos Perdidos... É, acho que virou Matinê. - e ela riu.
Vários meninos entraram no palco, mas, só um, que estava na frente, gordinho, falou:
-Nós só queremos que todos votem no nosso aboiolado preferido: Peter Pan! Ele sabe voar, já comer a sininho, a Wendy, e várias outras meninas que passam por lá... Não é chato, não é adulto, e não precisa ter comida! Agente imagina! - e todos eles começaram uma risada esquisita e pouco definivel.
-Tá bom, tá bom... Obrigado órfãos nada criativos... Hey, perai, você não é um Creevey? Garoto, hei! - e Hermione que entrara no palco, corria agora atrás de uma criança.
-Bom, gente, como ficamos responsáveis pelas apresentações, eu vou dar continuidade ao show - disse Rony, entrando em cena - Queridos, teremos agora o maior espetáculo bizarro que já vi... Um bruxo que tira magias do chapeu! Uhul... Manda ver Presto!
Representando o Mestre dos Magos, Presto vinha com sua habitual tunica verde, e sua timidez constante.
-Vou mostrar pra vocês, como magia funciona e não preciso de uma varinha nas mãos, tá? - Presto falou, entrando no palco, e agora, tirando o chapéu, olhava-o com duvidas - Por favor, por favor, tudo depende disso...
"Chapéus, barris e demência... Faça com que o Mestre dos Magos mostre sua inteligência".
Foi crueldade o que aquele chapéu fez com o menino... três barris gigantes, cairam na cabeça do rapaz, e um deles, que quebrou, vinha cheio de chapéus com os dizeres 'Mestre dos Magos'...
Enquanto alguém arrastava um Presto desmaiado para fora do palco, Hermione voltava, arfante, falando.
-Agora... Hogwarts!
Os alunos da escola de magia que estavam presentes, entraram no palco... E deram um show.
Era varinha pra cá e pra lá. Suas varinhas vrilharam intensamente, e desenhavam o nome 'Alvo Dumbledore' sincronizado a frase 'Vote com Inteligência'... Muitas cores, muitos fogos, muito maneiro! A melhor apresentação até ali.
O que se seguiu foi uma grande sequencia de coisas engraçadas.
Os Sete anões foram cômicos; o Smilinguido, que não fala, fez mimicas; as Tartarugas Ninjas deram show de artes marciais com seus cascos pesados e a incerteza de que ele permitia seus vastos e repetitivos golpes.
-Agora, que todos já se apresentaram... O que? Não, não... Diz pro Pernalonga que Acme e Warner não são votáveis... Obvio que ele próprio também não é, né, Ronald? Urrg. - Hermione falava, irritada - Pessoas, vamos votar! Os deuses nos fornceram esta urna mágica, que irá contabilizar para eles os votos rapidamente... Os pedaços de papel estão em todos os lugares. vamos, todos votando, não esqueçam que preciasamos de um deus da morte com sabedoria pessoal!
**
Quatro horas depois, todos os votos já tinham sido contabilizados.
-Já temos o resultado final! - anunciou Atam.
Ela foi falando o nome de cada um e o quanto conseguiram de votos.

- Contrata-se um Deus - 4º Temporada - Parte 3

UMA BEBIBA COM O HOMER

-Kimberly, você não pode jogar o Ás assim... Já te expliquei como é... Que dificuldade hein? - dizia Jason, irritadiço.
-Ah, tá, o aspirante a ator pornô, eu to de saco cheio! - ela gritou, e jogou as cartas na mesa - Tô é puta mesmo! Até onde sei, estamos prestes a sermos expulsos daqui! A qualquer momento podem descobrir que fraudamos a identidade do Zordon!
-Shiiiiu - falou Trini, em sua sabedoria - Não podíamos mostrar a eles um deus com esse nome, né? Só as crianças de antigamente viam qualquer coisa... As pessoas estão mais evoluídas. Precisam de um deus mais poderoso: Nod!
-É... Mas, se descobrirem que Nod é uma pelanca murcha que mora num bagulho de vidro, vão ficar boladões com a gente - Zack falou, no seu canto.
-Mas ele tem poderes! Precisamos fazer essa gente aceitar-nos aqui, vão precisar de heróis como nós quando este mundo estiver perdido... - Falou Billy, sonhador.
-Não sei quanto a vocês, amiguinhos, mas, eu não to nem um pouco afim de saber de Zordon, Nod ou qualquer um desses deuses que não fazem nada - falou Tommy, todo se querendo - Quero ação, irmão... Vamos lá fora, matar geral e falar que o Nod é o deus e pronto. É isso.
Atam me levou para fora, e falou:
-Eles estão preocupados com um nome, veja só... Não tem muita chance de eles ganharem, você não acha?
-Tá pedindo minha opinião? Gente... por um instante achei que você fosse a deusa única deste lugar - eu falei, revoltado que ela nunca tinha pedido opinião nenhuma.
-Se deixam seus cetros livres, os reis sabem os riscos que correm, não é? - disse Atam, ironica - Se você abandona seu cargo por tanto tempo, alguém precisa ocupá-lo.
*pause*
Eu tinha sacado tudo, cara... Aquela mulher que me falava... Era uma cruel anarquista. Ela havia conseguido o poder, com minha ausencia e agora esfregava-o na minha cara.
Eu queria que ela esfregasse outra coisa. Ah, eu queria.
*play*
-Tá, ô das florestas, vamos aonde agora?
-Siga-me...
-E, não, não acho que eles vencerão a eleição.
Naquele momento, já estavamos em outro lugar. Havia uma coisa parecida com uma nave espacial, prateada e talz... Tinha uma coisa amarela correndo entre as naves, mas parava de vez em quando, pra fazer alguma coisa... consegui identificar e quase corri pra beijá-lo! Era o Homer Simpsom, aquele fdp... Estava colando cartazes com o seu rosto e fazendo aqueles tradicionais 'ai!', 'ui!', tendo a certeza de que estava fazendo a coisa errada.
Eu li os pensamentos dele (porque eu SOU UM DEUS!), e entendi tudo na mesma hora. O Sr. Burns havia o mandado para Cinnamon, pagando 15 cents por cartaz colado... E ele estava colando os seus próprios.
-Criatura patética... Nem parece ser pai de família - ela falou, olhando pra ele, com desgosto.
-Ele é só um desenho, desenhos precisam ser animados... Cara... A frase melhor é 'nãooo, mas as camadas de maldade em seu interior...' - parei na mesma hora, vendo que o comentário nao agradava.
-Olhe, estão saindo... O Homer vai ficar cansado já, já... E já sei até o que ele precisa; fique aqui, já volto - ela disse, sumindo de repente.
Aquela mulher tava muito cheia de graça já. Eu ainda tinha que ficar aonde ela queria, até quando ela quisesse? Isso sim, era um absurdo!
O que vi ali me espantou mais que tudo. Fiquei horrorizado e com vontade de soltar as cachorros: Lion e sua gangue de gatos estavam em Cinnamon também. Estavam com seus equipamentos grandes e esquisitos... Um grande símbolo, famozíssimo, ia impresso na lateral de um grande veículo, com aspecto de trator: O Olho de Thundera.
Chitara estava andando com Lion e Tygra, resolvi ir lá, espiar um pouco mais de perto.
-Conseguimos chegar às delimitações? Quais serão os quadrantes de hoje? - Lion disse, viril.
-Iremos mapear leste e oeste; quatro grupos diferentes. Já encontramos uns 8 inimigos; são todos bem hostis - disse a Chitara, toda gostosona.
-Precisamos dar um jeito para criar nossas defesas - disse Tygra - Não podemos nos dar ao luxo de esperar que sejam bonzinhos. Não conhecemos este povo, paramos de ser desenhados em 1990... Seria ignorancia nossa achar que o mundo continua o mesmo...
-Queridinho, venha comigo, por favor - Atam me chamou, quando Lion preparava para dizer algo; não resisti, e esperei que ele dissesse: "Se aceitarem Thundera, como deusa da morte, estaremos muito bem"; sorri e continuei andando.
-Nem uma fofoquinha eu posso fazer...
Olhei mais à frente e vi um único barraco intitulado 'Bar do Moe'... Fiquei azul de curiosidade... Era mesmo o Moe? E lá fui eu. Saí saindo e entrei entrando... Quem estava lá?! Homer Simpsom, querido leitor, Homer Simpsom.
-Oi, cara estranho que nunca vi na vida e que está me olhando insistentemente desde que entrou no bar, quer uma cerveja? - Homer perguntou, em sua infinita falta de inteligencia.
-Você pode me ver, Homer?
-Ainda não tô doidão, garoto.
-Acho que eu tô, Homer.
-Moe, está vendo esse cara aqui, do meu lado?
O Moe e seu nariz viraram para mim, mas o dono do bar apenas colocou seu pano no ombro e falou:
-Quem está sentado aí Homer? O Alcolismo?
-Cara, - disse Homer olhando para mim - desculpe, mas, na semana passada minha mulher disse, disse que quando eu começasse a ver pessoas que não existem é porque elas, de fato, não existem, então, converse com o Moe, enquanto eu vou embora sem pagar a conta.
E ele deixou seu caneco de chope ali, no balcão, pela metade, e saiu correndo, desesperado com sua barriga á frente. Voltou correndo e tomou a metade que faltava e correu de vez.
Saí do bar do Moe, deixando o cara livre e sem entender porque os Simpsons estavam ali. Fui falar com Atam.
-Eles vieram por acidente, se é o que quer saber - ela explicou, pausadamente - O Sr. Burns contratou Homer para divulgá-lo como deus da morte, eles julgam que se Burns venceu a morte, é capaz de ter poder sobre ela... Burns não pode ser deus de nada, no máximo deus do dinheiro em Sprinfield... E eles nem estão tão deseperados, ainda estão sendo desenhados... O problema mesmo é quem já não tem mais espaço.
-Tem mais gente aqui?!
-Tem... Vou tentar mostrar todos...
Aparecemos em outro lugar, agora parecia beira de praia, tipo, litoralzão! ^^
-Ta vendo aquela navio gigantesco? - ela falou, por fim.
-Obvio - respondi, com raiva. Ela sabia que eu estava vendo aquela merda de barco.
-Está Ariel e seu marido, vieram representar o pai dela, o Rei Tritão... Em seu desejo por ser um deus numa terra nova... Claro que é batalha perdida... Deus da morte não pode se resumir ao mar. E ele não é lá muito chegado a ter pernas.
-Gente... Que coisa, hein?
-Ali atrás, na floresta, está Alice e o Chapeleiro Maluco, querem montar a campanha da Rainha Branca... Alice já tá na hora de procurar um homem, esse negócio de País das Maravilhas... Hum... O ultimo homem que me propos isso, me deixou nessa merda que to agora.
*pause*
Como pode uma deusa falar assim com seu pai Criador, gente? Alguém me explica? Fico bege, azul, rosa-choque, laranja... ¬¬
*play*
-Tá virando palhaçada já, hein? Que isso? Festa dos contos de fadas?!
-Meu querido, os Meninos Perdidos estão voando por aí, divulgando o Peter Pan; os Sete Anões tão correndo aos montes com fotos de Branca de Neve; até uns adolescentezinhos pirados estão divulgando seus personagens preferios... Os mais votados até agora são o SuperHomem, a Mulher Maravilha e o Michael Jackson.
-Ta dizendo que essa galera toda tá aqui? É isso?
-Sim... E não acaba por aí: Christina Aguilera estava quase empatada ao Renato Russo... E Cazuza, não fosse o fato de ser brasileiro, ganharia facinho... Sabe como é, né? O povo acha o 'Ingrês mais melhó de bom'.
-Sim... Virou bagunça, sim.
-Sabe o Mestre Sprinter? Aquele rato idiota que era geneticamente modificado, por isso era gigantesco? Sim, sim... O Mestre das Tartarugas Ninjas. Eles também estão aqui... Só a April não veio... Odiava quando aquelas tartarugas retardadas falavam esse nome. Que vozinhas irritantes.
-Vem cá... Como você pode saber disso, se não pertence ao meu mundo, só a este?
-Queridinho... Eu estou dentro de você. Tudo o que você sabe (por mais obsceno que seja), eu também sei. E sei, inclusive dos seus pensamentos quanto a mim... Mas, não falaremos disso agora.
-E as Tartarugas estão aqui, então?
-Sim, sim... Até o Smilinguido, todo smilinguido mesmo, tentando fazer as pessoas entenderem que tudo isso é coisa do diabo, que somos todos demônios e que só o deus dele é único e verdadeiro... Fazer o que, né? Abrimos eleição a qualquer deus, existente ou não.
-Sempre achei o Smilinguido fofo demais... Só que, ele é um vacilão, quer converter todo mundo, pow! Sacana, ele...

- Contrata-se um Deus - 4º Temporada - Parte 2

E QUANDO ACHA QUE JÁ ACONTECEU DE TUDO...

Ela apontou mais pra frente e mostrou um grupo de crianças logo ali, eram Pedro, Edmundo e Lúcia. Eles, sim, de Nárnia... Mas faltava Suzana. E eles estavam colando cartazes nas ruas, escondido dos outros.
-Eles chegaram esta noite... Estão espalhando cartazes e ainda usando artíficios, de que, se Cinnamon tiver Aslam como um deus da morte, a justiça da hora da morte será perfeita. Enfim, seus argumentos são vazios, mas, podem influenciar em outros tantos deuses, que vou te mostrar em seguida - ela parou de repente de falar e apontou pra outro canto da rua, bem mais atrás de nós - Ela também veio, mas está sabotando o trabalho dos irmãos... Ela está escrevendo coisas absurdas sobre Aslam nos cartazes. Mas, não terá muito impacto.
E correndo de cartaz em cartaz, ia Suzana, bonitinha, mas, cheia de sarda e talz... Mas até que são bem sensuais aquelas pintinhas aqui e ali.
De repente, já estavamos em outro lugar. Era uma praça, bem bonitinha até, e ali, no meio, ia uma estátua. Um homem velhíssimo, de barbão, cabelão... Meu Deus! Aquele era Alvo Dumbledore! Absurdamente estúpido, com uma varinha na mão, que dava-lhe uma grande aparência homossexual. E isso não me excita.
-Harry Potter e sua trupe invadiram nosso mundo também - ela disse, sorrindo, olhando a estátua, que dizia (e ela falava mesmo!) "Vote Dumbledore, para que a Morte seja honrosa!" - Ele mesmo fez a estátua anteontém. Ele tem grande chance de ser aprovado como Novo Deus da Morte. As pessoas simpatizam por ele não ser um Leão.
-Mas eles até que foram menos bizarros, uma estátua é suficiente... Agora colar a cara de um leão por aí é uma falta do que fazer...
-Não, não... Infelizmente eles foram além do que acreditamos. Veja.
Eu olhei na direção que ela apontou... Cara, uma casa enooooorme, muito grande, toda colorida, muito, muito, muito... Na frente da casa, uma faixa enorme, que mudava de cor e de dizeres, vinha assim:
"Com Dumbledore a Morte não será Negra!"
"Vote num mundo colorido!"
"Vote certo"
Eles estavam todos loucos, isso sim.
-Ali dentro estão Harry Potter, Hermione Granger, Rony Weasley, Neville Longbottom, Luna Lovegood, Gina Weasley, os Gêmeos Weasley (que estão vivos) e até a coruja Edwiges (que não morreu) está lá também.
-Sério?! Posso ir lá ver?! Cara, meu sonho, ver o Harry assim, saca? Fico tooooodo assim, sei lá. Posso?
Ela me olhou, como se me definisse 'gay' com uma unica olhada.
Dei de ombros e continuei andando, na direção da casa colorida. Era o Harry, cara! ^^
Entrei e vi o povo lá, sentadinho numa sala e talz. Ninguém podia me ver, porque eu não queria ser visto. Estavam falando coisas sobre as eleições.
-Neville, precisamos fazer a AA cair... Estão ficando fortes, não podemos perder! Nossos livros já acabaram, não temos mais saída. Depois do sétimo, não tem mais.
-É Harry nós todos sabemos... Mas, como fazer a AA cair?
-Precisamos derrotar o cabeça. O mestre deles. Topam? Precisamos continuar vivos, pessoal. E pra isso, é preciso fazer Dumbledore um Deus de outra história... Assim, certamente, continuaremos a sermos lidos por ai.
-Acha mesmo que conseguiremos chegar a eles? São cavaleiros! Também usam sua magia divina sei-lá-das-quantas... Melhor não investirmos nisso, vamos acabar com uma guerra numa história que não é nossa... Mancharemos nossa reputação, e ninguém, absolutamente ninguém Harry, vai sequer voltar a imaginar que poderíamos ter ficado juntos do final, não fosse aquela desgraçada, maldita... Aquela peste que nos escreveu.
Todo mundo ficou meio tenso na mesa. Harry estava disposto a lutar até o fim, mas não pensou que pudessem perder uma chance e a reputação ao mesmo tempo. Precisamos bolar alguma coisa mais estratégica.
-Vamos continuar pensando então...
Aí, cansei da cara deles e meti meu pé. O povo tava querendo enfeitiçar alguém. Quem?
Gritei Atam que já estava se engraçando com um homem lá. E ela veio.
-Quem é AA?
-Vou te mostrar, querido - ela falou e logo estávamos em outro lugar.
A poucos passos de onde paramos, havia uma construção, tipo grega, de mármore, uma parada muito safa!!! Enorme. Meus olhos doeram de não poder entender o que viam. Sentados na escadaria do edifício, estavam nada mais, nada menos, do que quatro cavaleiros. Eram eles. Os cavaleiros do Zodíaco. Usavam suas armaduras. Pégaro, Andrômeda, Dragão e Cisne... E pareciam conversar absortos em algum assunto.
-AA, querido, Adoradores de Athena... Chegaram há uns três dias; conseguiram ergeuer o templo e agora aguardam apenas os Cavaleiros de Ouro, que virão para ajudar na segurança do prédio.
*pause*
Genteeeeeeeeeeeeee... Me mata!!! Os Cavaleiros do Zodíaco estavam ali, na minha frente! O Shun, coitado, não tinha jeito... Era passiva a vida toda. Era muito mulher ele. Ai, ai...
*play*
Eu vi que o Ikki vinha saindo do templo, com uma parada na mão, parecia papel e talz. Comecei a subida com Atam ao meu lado, sem sermos vistos, novamente.
-Seya, enviaram um recado novo... Os caveleiros devem chegar hoje a noite, Aldebaran teve um contratempo, mas virão - disse Ikki, todo machinho.
-Precisamos ir ver Athena ainda hoje - Seya dizia - Assim que chegarem, nos dividiremos e um grupo vai comigo vê-la, enquanto o outro proteje o templo.. Não estou muito confiante naqueles garotos do velho anão. Eles estão muito quietos.
-Não se preocupe Seya, ouvi dizer que não vão fazer nada. Estão esperando que nós o ataquemos... Vai ser perfeito quando os outros cavaleiros chegarem. Poderemos pegá-los desprevinidos - disse Shiryu.
-Dragão, não... A idéia de vir aqui é lutar em nome de Athena, mas, lutar em nossa defesa. Não queremos sabotar ninguém; só temos que ter cautela. O que muito me preocupa é a idéia de que aquele bruxinho gay adolescente, ataca a distancia. Temos que bolar planos contra todos eles.
-Mais alguém? - perguntei a Atam, que olhava Ikki com uma cara de safada.
-Hum... Sim. Vamos.
E lá estávamos nós, no que parecia ser um grande penhasco. Haviam montado um acampamento, com umas quatro barracas e ninguém parecia estar ali. Atam me apontou uma canto, e eu vi, vários jovens, que me deixaram de queixo caído: os caras da Caverna do Dragão!!! Meu deus... Olha... Fiquei bege.
-Éric? O que está fazendo, idiota? Saia daí - gritou Hank vendo que o outro estav a mexendo num fogo próximo onde um caldeirão descansava.
-Eu nem ao menos posso comer neste lugar? Pra que me trouxeram aqui então? Já que nunca conseguimos sair daquele mundinho de merda e todos acreditam que estejamos mortos, e que este seja o fim de nossa história, pra que vir?
-Cale-se! - Sheila disse, levantando-se - Estamos aqui porque nosso desenho já nem é mais exibido em lugar nenhum, a não ser na Globo quando a programação já está caída. Se não tivermos nosso desenho, o que seria de nós? Pior que a morte, é o esquecimento. Desde 1985 nenhum desenho foi feito, simplesmente não esqueceram... Mas, se não for uma nova história, nada mais acontecerá...
-Temos que pensar logo no que fazer com os caras lá coloridos. Eles estavam andando por aí, sei lá fazendo o que - disse Diana.
-Espero que não venham aqui, senão eu vou dar uma superporretada neles! - gritou Bobby e deu uma tacada no chão, que fez tudo tremer - Mestre dos Magos, Deus da Morte!
Mestre dos Magos, meu saco. Eu hein, me irritei que o garotinho loiro e ridiculamente apegado a um unicornio tivesse feito aquilo. O deus ali era eu. Inferno. Tomara mesmo que eles estivessem mortos. Hunf.
Saí saindo, e Atam tocou-me e logo estavamos em outro lugar. Uma mercearia, sei lá. Tinham muitas coisas vendendo. Parecia uma mercearia, mas, por trás delas, tinha uma porta, e atrás dela, seis jovens. Jogando baralho e conversando, entre risos e cigarros.

- Contrata-se um Deus - 4º Temporada - Parte 1

E UNE-SE A FANTASIA...

Caracaaaaaaaaaaaaaa... Eu to conseguindo a proeza de voltar a escrever... E tudo isso, sendo fortemente ajudado pela inspiração de ver esses textos de merda, largados na internet, e que ninguém nunca lê. Kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Não interessa se você está lendo ou não, o que importa é que eu estou escrevendo, porque senão isso vira um tumor maligno.. Não pode ficar guardado.
Voltei á Cinnamon, querido! E voltei mais imponente do que nunca. eu já tinha pego várias manhas daqueles cabeçudos alienigenas de araque.
Da ultima vez em que estive lá, voltei logo com uma muda de Avre. Não poderia, eu, um Deus, só poder ir lá quando eles quisessem. Ora bolas, se sou um deus, único e verdadeiro, preciso estar lá o tempo todo. o tempo que eu quero.
enfim, plantei a Avre lá no cantinho, bunitinha, aquelas folhas verde pra dedéu... aí ela ficou lá, cresceu no tempo normal de uma planta... E um mês depois de minha visita lá, tomei umas folhinhas da planta em mãos, e fui pro meu quarto, comê-las e voltar a Cinnamon.
O processo (que já estava me enjoando) da viagem foi o mesmo. Até que eu cheguei lá... No cheiro diferente, na cor diferente... No lugar, diferente. Alguns cidadãos me viram, e vieram logo falar comigo... Eu confesso PENSEI EM CORRER.
Eu havia esquecido, completamente, que a Nova Raça havia sido aceita bem, e os cabeçudos nem existiam mais... Senti uma certa angústia, por não vê-los ali, demorados e cabeçudos. Os Liphs já estavam muito a frente deles.
*pause*
E eles me reconheciam, cara! Os Liphs, que nunca tinham me visto na vida, me reconheciam! E aquilo era... BOM! Me amarrei na deles. Pareciam com mais atitudes, mais astuciosos... Gostei sim, muito.
*play*
Logo Atam apareceu, caminhando tocando forte no chão; e me chamou para sairmos pelos campos. Acho que ela pensou talvez em me dar, ao menos naquele momento. Acho que não, sei lá.
Aí, a mulher fala:
-Você demorou dessa vez, hein? - e ela falou meio irritada, saca?
-Demorei? Eu tenho que fazer coisas, queridinha - eu falei, estressadinho - Acha que eu faço o que? Só trabalho a cada dois anos em eleições? Você tá superlouca, doida.
-Passaram-se quinhentos e treze anos, desde que você esteve aqui, pela ultima vez - ela disse, entre os dentes, estava ficando meio avermelhada, achei que era melhor mudar de assunto, antes que ela me jogasse um feitiço doido lá.
-E como eles estão? Os Liphs.
-Evoluindo muito rápido; já conseguiram padronizar seus dialetos, já estão começando a encontrar outros como eles... Ainda não tivemos guerras ou batalhas, não coisa que pudessemos contar como certas...
-E a devoção? Estão nos adorando e nos amando? Ou já começaram a esquecer?
-Pior do que pode imaginar... Abrimos elições pra outro deus. Precisavamos de um deus da Morte; um Deus responsável somente por isso... Até porque, se as pessoas não morrem, nada acontece. Precisamos mudar as gerações, e por isso... Um deus somente da Morte. Justo, fiel, sincero e muito, mais muito paciente, porque esse povo pra morrer, faz um drama...
*pause*
Eles estavam 'elegendo' um novo deus. Ok. a primeira coisa que se passou pela minha cabeça, era o fato de que eles queriam me eliminar. Eu era o que então, cara? Eu levei tanta gente pra uma vida melhor (que nem sei onde é), que não acho que eles tivessem sido legais comigo... Mas, enfim, vou contar a história.
*play*
-E quem poderia ser deus? Qualquer pessoa? Qualquer um?
-Não exatamente... Nós, como somos um mundo incapaz de ser tocado pelo seu, fazemos parte de uma coisa chamada 'Fantasia'. Nosso mundo se liga com vários outros... Alguns encatados, outros não... Mas vários... Mundos como o nosso, um mundo inventado.
*pause*
Ela meio que me arrasou, mas, eu deixei passar.
*play*
-Sendo assim... Deixamos isso exposto a outros mundo. Cinnamon precisava de um deus... E o que aconteceu foi uma catástrofe, foi mostrar a você o que significa um mundo mágico compartilhado e seus defeitos quando se quer eleger um novo deus.
Atam me levou pras ruas, e começamos a caminhar de uma esquina, bem bonitinha até. muito verde. Adoro verde, gente. Mas, não era disso que eu queria falar. Escuta, ou melhor, lê.
Vi uma coisa que não entendi, mas, estava assim: Um leão gigantesco na foto, com a boca aberta, reluzia ao sol, com as palavras: 'Vote Aslam! Justiça e Religiosidade!'.
*pause*
Brother... Eu fiquei PPPPAAAASSSSMMMMOOOO! Como assim, Aslam ali? Cinnamon era minha queridinho, pegue suas crianças e vá já longe daqui, amado!!!
*play*
E continuamos andando, Atam sorridente mas mostrando-me outros tantos cartazes que iam colados em árvores, casas e tudo o mais. de repente ela parou, e me fez parar também... Mulher com pegada, querido, olha... Nem falo nada.

-A Nova Raça - 3º Temporada - Parte 4

E A RAÇA PROSPERARÁ

-Como deusa maior, em sua ausência todos esses anos, vi coisas terríveis acontecendo – ela falou, e uma
lágrima brilhou em seus olhos – Não tínhamos o poder de controlar a morte, podemos arrancar o corpo da terra, mas, a alma jamais... E não tivemos escolha, começamos a procurar uma forma de isso acontecer; qualquer coisa que nos ajudasse a tirar essa raça imunda que vive em nosso mundo... Eles são lerdos, são estúpidos, não evoluem como nós! São criaturas extremamente burras. Não favorecemos em nada para eles há muito tempo... mas, agora, eles já sabem que não podemos matá-los, por isso, não rogam mais por ninguém. Se não nos livrarmos deles o quanto antes, vamos desaparecer.
*pause*
STOP TOTAL!
Essa coisa de ‘vamos de desaparecer’ é uma furada... Eles sempre dizem isso, e ninguém nunca desaparece, é uma espécie de teste de popularidade... Não suporto essas paradas, queria deuses novos também; pensei: não sei o nome dos deuses!
*play*
-Quero saber o nome de vocês, agora – eu falei, e começaram a se apresentar.
-Enayat, deusa da água e da vida.
-Ailatan, deusa da madeira e da saúde.
-Adnama, deusa da caça e da virtude.
-Atam, deusa da floresta e da sabedoria.
-Akissej, deusa da música e do encanto.
-Anilorac, deusa do fogo e da magia.
-Ordnael, deus da terra e da esperança.
-Hum, estranho, enfim... Vocês acreditam que devemos destruir essas criaturas? Sem nem dar-lhes uma chance? Eles é que nos deram fé até hoje! – eu falei, querendo apaziguar as coisas.
-Então você poderia dar um jeito nisso – falou Atam, que foi bastante arrogante no meu ponto de vista. Povo grosso.
-É só matarmos as pessoas, levarmos suas almas... e tudo ficará em paz como sempre! – eu falei, era onisciente, brother... eles não podiam discutir.
-Eles não são criaturas que mereçam nossa atenção! Será que você não vê? Eles são lerdos, sem personalidade... são apenas recipientes onde depositamos nossas frustrações ou alegrias... Eles são ocos por dentro, não aprendem com facilidade... Ficaremos aqui para sempre, e eles continuarão assim, lentos, burros, obedientes... – falou Anilorac, explodindo sua fúria.
-Você sem um computador fica estressada demais, menina... Vou criar computadores em Cinnamon – eu falei, para a réplica viva de Carolina á minha frente.
-O que? – ela perguntou, com cara de surpresa e curiosidade.
-Vamos votar, então – eu falei, como sempre, o diplomático... inferno de diplomacia... queria era tacar fogo em tudo, mas, os cabeçudos eram maneiros – Quem é a favor do extermínio total dos Humns, para que uma nova raça seja criada e que possa prosperar, segundo as teorias de Atam, por favor, levante a mão.
Só Enayat não levantou a mão. Afinal, ela era deusa da vida, enquanto houvesse vida, ela estaria ali, presente, concebendo milhares de filhos para aqueles bilhares de seres cabeçudos que estavam superlotando o meu mundo!
-Acredito que possamos resolver tudo isso, fazendo com que o percurso da vida siga, como deve ser – disse Enayat, em sua imponência – Que a morte leve os idosos e os enfermos, mas, que possamos rogar pelos que ainda rezam em nosso nome. Quantos altares temos em todo o mundo. Somos amados e adorados por eles... uma nova raça, pode não nos deixar no poder por muito tempo. Veja como é o Outro Mundo! Lá eles matam deuses e criam outros... Não podemos simplesmente esquecer que o que somos até aqui devemos a eles.
-Só porque você é beneficiada demais com isso, Enayat! – disse Adnama, levantando-se repentinamente – seu poder aumenta com a vida, quanto mais almas o mundo tiver, mais forte você fica... Mas, já não há animal suficiente a ser caçado, não peixe a ser pescado... estamos vivendo uma crise... porque o povo come mais do que produz... Estamos vivendo uma era de transformação!
-E Transformando o mundo, transformaremos os Humns. Eles não devem ficar em nosso mundo; demos a terra para cultivo, os animais para a caça e água para matar sua sede... e olha o que eles fizeram? Destruíram tudo. Não são dignos – falou Atam.
-O erro não é deles, Atam! – eu falei, e no segundo seguinte, me arrependi, sabia que ia ter que assumir aquela merda... já tava puto de só fazer merda naquela porra – Se eu tivesse permitido que as almas fossem levadas, que as pessoas morressem, com certeza não estaria assim... A culpa... É minha.
Todos se entreolharam, certamente já tinham chegado àquela conclusão antes de mim. Não interessava, eu estava deixando o orgulho de lado e fazendo o papel de homem que me cabia. Assumindo a responsabilidade.
-Vamos lhe mostrar como serão as novas criaturas, venha – disse Atam, andando para fora da mesa.
Ali atrás, alguns centímetros do chão, uma bola luminosa pairava no ar, apenas um brilho avermelhado ela emanava; Atam tocou a bola de luz, e ela começou a escurecer e tomar forma, bem á minha frente.
Ali, parado, de pé, encontrava-se um ser nu, menor que eu uns vinte centímetros; tinha orelhas bem humanas, mas, eram pontudas para cima; era magro e esguio, tinha poucos pêlos por todo o corpo e narizinho fino e quase inexistente; os cabelos eram claros, mas a pele era parda, nem preto, nem branco...
-Esta é a criatura de nosso novo reino – ela disse, orgulhosa – Todos nós participamos da criação; ele deve ser menor, para desde já mostrarmos nossa superioridade; soprei-lhe alguns conhecimentos, para que seja sábio; Anilorac deu-lhe uma fagulha de magia, para que possam resolver seus pequenos problemas sozinhos; Akissej encantou-o com a beleza de um deus, para que sempre lembrem de nós, mesmo que não haja fé, haverá vaidade; Adnama deu-lhe várias virtudes, para que possam ser diferentes, mas, iguais; Ordnael deu-lhe a esperança de um mundo novo e próspero; Ailatan preencheu-os de saúde, para que possam sobreviver aos perigos de um mundo novo... Falta apenas que Enayat sopre vida nele... E você precisará despertá-lo.
*pause*
Choquei completamente, né?
Os caras haviam trabalhado a idéia de criar aquela criaturinha que era bem mais bonita das que eu havia feito... E eles eram tão bonitinhos, eram magros, como os anteriores, mas, não tinham aquela cabeça enorme, e não eram bizarramente feios.
Me senti um deus de Merda por ter criado umas aberrações daquelas... e vi que era bom.
*play*
Voltamos a mesa de pedra e eu falei, ainda emocionado com o que estava prestes a fazer.
-A nova raça prosperará, serão felizes no nosso mundo, mas, os Humns não deixarão de existir – e todos os deuses ficavam boquiabertos – Não, eu não quero deixar a todos eles, juntos... Mas, os Humns, por sua falta de conhecimentos e lentidão, serão mantidos nas cavernas, nos túneis e nas montanhas... não poderão conviver em sociedade com a nova raça, e, pela lentidão dos Humns, demoraremos bastante a termos noticias de que os Humns e a nova raça se encontraram. Os velhos e enfermos morrerão, pois é o desejo deles. E eu me encarregarei de levá-los, a um caminho melhor. Quanto aos outros, cairão em sono profundo, e eu os levarei para os subterrâneos e quando acordarem, não lembrarão de vida fora daquele lugar.
-É justo, senhor – disse Enayat, concordando com a cabeça.
-Ailatan e Akissej, por favor, preciso que façam com que eles caiam num sono profundo... Ailatan, separe os enfermos e idosos... Temos muito que fazer.
*pause*
eu estava me sentindo muito deus... eu havia acabado de aprovar um projeto de vida, bicho! Tirei muita onda, cara... queria ser sempre inteligente daquele jeito...
*play*
-Qual será o nome da nova raça? – perguntei, curioso.
-Liph, os Liphs!
-Hum, um tanto obvio, mas, tudo bem... É com vocês mesmo – eu falei, sorrindo, achando graça daquela coisa toda, de uma hora pra outra.
Quando tudo terminou. E as deusas voltaram, informando que já estava tudo pronto para que começássemos os trabalhos de redefinição de tudo, fomos nós para a mesa, de onde conseguíamos ver tudo...
Eu fiz com que uma peste assolasse vilas, aldeias, reinos e cidades inteiras... vi as pessoas morrendo (tudo bem que eles eram feios, mas, era triste ver a tristeza daquelas famílias... =/ ), e aquilo fez com que eu me sentisse mal; não era bom matar ninguém.. e aquele lugar deveria esticar de acordo com a população... e não obrigar-nos a tirar nossos próprios sonhos de onde estão...
Enquanto isso, Ordnael preparava túneis e imensos buracos no fundo do mundo, para que os Humns pudessem continuar a viver; Enayat enviou tsunames do tamanho das montanhas, que, não afogavam os Humns que nós não queríamos. Anilorac lançou centenas, talvez milhares e bilhares de bolas de fogo, que vinham do espaço, e destruíam tudo o que viam pela frente... era o mundo, acabando, para que começasse de novo. Com os poderes de Atam, as florestas logo voltaram a florescer de novo, e tudo o que era bom manteve-se no mundo... como se nunca tivesse havido qualquer criatura naquelas terras.
Acordei os Liphs... Separamos eles por regiões, acreditávamos que dessa forma, seria mais interessante quando eles se encontrassem... Iam brigar por tudo mesmo, melhor seria se eles pudessem brigar pelas coisas muito tempo depois...
-Atam? Como faço para voltar à Cinnamon? Eu não posso usar Avre sempre... Não tenho Avre sempre... – eu falei, meio irritado com aquilo, como poderia eu, ser onisciente e nem ao menos saber como entrar no meu mundo?
-Só com o uso da Avre, não há outro jeito – ela falou, superior – O senhor pode levar um pé da árvore... Assim terá sempre que quiser.
-Levar um pé? Não, não... Eu não saberia cuidar da plantinha... Não poderia ser... através de magia, talvez? – arrisquei.
-A magia não funciona em seu mundo... O que nos liga ao mundo em que vive, é a Avre... Não conseguimos identificar nenhuma outra coisa que faça isso – ela dizia – Com os Liphs será muito mais fácil. Eles descobrirão coisas nesse mundo enorme...
-Espero que sim... Mas, acho que vou levar uma boa quantidade dessa coisa... Preciso muito provar pra CERTAS PESSOAS – e gritei para que aquelas safadas fantasiadas de deusas pudessem ouvir – que este lugar existe.
Atam fez um vaso com uma plantinha bonita, de folhas grandes e uns frutos verde limão aparecesse, bem diante dos meus olhos... e me entregou. Aquela era a árvore mais preciosa da minha vida.
-Beuz não vai gostar nada disso... – Atam falou, de repente, enquanto caminhávamos pelos campos próximos – Ele vai precisar se popularizar entre os novos habitantes... Quando eles descobrirem que existem mais deles por aí, e começarem e se comportar como uns idiotas que querem as terras uns dos outros, Beuz estará lá, para servir seus conselhos de guerra...
-Vai demorar muito até que eles consigam esse poder todo, calma... – eu falei, os caras nem tinham feito fogo ainda, imaginei como seriam os pulos depois que eles descobrissem que queimava.
-Espero que sim, porque, quando as batalhas começarem, eles vão precisar conhecer muito de nós... Temos que firmar nossa fé.
-Não dá pra adiantar isso? Temos que ver eles descobrindo tudo? Cada coisa? – eu perguntei, vendo que os Liphs andavam de um lado pro outro, encontrando coisas, e pulando feito macacos, quando algo os chamava a atenção.
-Não, não podemos adiantar o tempo... mas podemos ver o futuro, quer?
-Ver o futuro? Ah, deixa pra outra hora, agora, to indo dormir...

-A Nova Raça - 3º Temporada - Parte 3

O QUE HÁ DE NOVO SCOOBY DOO

Entrei no palácio abrindo aquelas portas ENORMES e me sentindo num filme com produção baixa... enfim, entrei no salão do trono, mas, o rei não estava lá. A esta altura uns quatro ou cinco guardas reais vinham atrás de mim; pedindo-me conselhos e bênçãos... mandei todo mundo ir pro Caralho, não tava muito afim de lero. Aquele povo nunca me via, e agora só sabia pedir? Eu hein. Mandei sim, todos irem pra este confortante lugar e de desabafo emocional enorme: A Casa do Caralho.
-Chamem o rei, imediatamente – eu falei, meio onipotente, com aquela voz de galã mexicano... Uma espécie de Carlos Daniel em outra dimensão.
Saíram quase todos, menos um, um velhinho...
*pause*
Imaginem que um velho é alguém pelancudo e curvado, e você verá um centésimo do que via ali, parado a minha frente. Uma criatura do meu tamanho, com uma cabeça enormemente maior que a minha, seu corpo frágil e curvado... e aqueles chumaços de cabelos brancos, que iam ali e aqui, dando uma desesperadora sensação de que o velho estava doente...
Repugnei-me com classe, sem deixar que o velho percebesse... muito.
*play*
-Meu Senhor... Como está? – o velho enrugado perguntou, cheio de confiança.
-Estou bem, monstrinho, e você – perguntei, ríspido, para que o velho entendesse que eu não estava para muitos amigos aquele dia.
-Lembra-se de mim, senhor? Lembra-se? – a criatura perguntava, com a cara ainda mais enrugada.
-O senhor... Do Vale dos Sábios? Ah, claro... – eu falei, era onipotente, porra, eu sabia tudo.
-Não, senhor... Sou Taltoltzmoth, fui buscá-lo em sua terra quando esteve aqui, a ultima vez – a criatura tentava falar, em sua voz que sumia de quando em vez.
-Taltal, é o seguinte, brother... Tu ta velhão hein? Por onde tu andou esse tempo todo?
-Servi ao nosso senhor para que servisse bem ao meu Rei – e fez uma reverencia que quase não percebi, pq já era bem curvado (tive vontade de empurrá-lo um pouco mais para baixo) – Quando o senhor esteve aqui, da ultima vez, eu era moço... Mas agora, trezentos anos depois, o tempo me pegou...
-E pegou de jeito, bicho...
*pause*
Mas naquele momento eu estava vendo tudo... Que aquela MERDA de lugarzinho, era igual aquela escrota da Nárnia... Porra! Eu tinha ido ali no dia anterior, Brother... O bicho tava me dizendo que ele já tinha trezentos anos a mais... que putaria era aquela???
Resolvi que não ia me sentir abalado. Eu era onisciente. E eu precisava deixar isso claro ali, naquele momento.
*play*
-Bom... E o que queres de mim, Taltal? – eu perguntei desconfiado, velho safado.
-Se fosse possível, meu senhor. Gostaria que o senhor levasse meu espírito, estou velho e já não sirvo tão bem como antes... dediquei minha vida ao senhor, para servir ao meu rei, mas, agora, sou inútil e não sirvo para combates.... Por favor, leve-me.
Cara, o velho chorou rios na minha frente.
Achei até meio dramático demais... eu hein, só trezentos anos me louvando? Nada disso... tem deus adorado há muito mais tempo que eu... ta na hora, vamos adorar! Mas, levei em consideração os inúmeros acréscimos que os idosos resolvem fazer nas histórias...
-Hum, e porque eu deixaria que você morresse? Sei que é um homem bom e louva ao deus verdadeiro!
-O senhor, em trezentos, não levou alma nenhuma... Nosso mundo está prestes a acabar... Nossos alimentos não estão crescendo como antes... Os outros deuses não estão fazendo nada para mudar esse quadro... Não querem ajudar em nada. Estamos prestes a sofrer com a superlotação...
*pause*
e nessa hora, dramática, que a câmera se afasta rapidamente, ultrapassando também a abóbada e então o bairro, a cidade, o pais, e aí aparece a Terra.... o mundo inteiro, superlotado.... ¬¬’ Choquei.
*play*
-Como é que é? Ah, caralho, eu vou ter que vir aqui todo dia pra resolver pepino? E quando eu resolvo os meus? – vociferei, meio estressado com aquela palhaçada.
-Senhor... os deuses menores não estão preocupados conosco... Eles estão desenvolvendo uma nova raça... Querem nos exterminar, para que essa nova raça progrida... eles acreditam que somos o que incomoda o crescimento de nosso mundo...
-Cara, tu é um ancião agora, né? Pq tu sabe de tudo, bicho, me conta coisas, vai.
-O Imperador Shuntziohju, mestre das artes negras, é o porta-voz de Beuz... Eles estão construindo um exército, para atacar a nova raça... Beuz está lucrando muito... ele está conseguindo seguidores, que já não suportam mais viver... ele promete levar-lhes para outro lugar, qualquer que seja, para que recebam a paz...
"Shuntziohju, recebeu poderes de Beuz... Ele agora, pode ser considerado um semi-deus, alguém tão poderoso quanto um, mas ele não pode levar ninguém... Nem Beuz pode, mas, eles estão desacreditados, imaginam que o senhor é quem nos abandonou novamente... e por isso, está acontecendo esta revolta..."
-Tá... Mas, os outros deuses, brother, eles não seriam mais felizes matando todo mundo então? Expurgando todo mundo dessa Merda, tudo volta ao normal e eles criam uma nova raça... perfeito, não?
-Na verdade, não, senhor... Temos apenas uma regra de aspecto espiritual aqui em Cinnamon, senhor, e ela é ‘nenhum outro deus tomará tua alma, pois ela é propriedade minha’... Logo, eles não poderiam fazer nada. Só esperar... Mas, de alguma forma, um dos deuses, segundo o porta-voz da Deusa do Fogo, já descobriu uma forma de destruir nossos corpos... e esperar que o senhor volte, para levar nossas almas...
-Bicho, isso agora ta com cara de conto de terror, saca? Eu não quero alma de ninguém, brother... eu não sou satã... ele que cobra almas... eu só quero resolver meus problemas... Mas, eu to vendo que não vai dar né?
-Meu Senhor, Shuntziohju já está com quase todo o seu plano concluído. Ele já tem criaturas o suficiente para guerrearem conosco – Taltal falou, se sentindo o tal.
-Meu Senhor Maior – disse uma voz esganiçada vindo apressada pelo corredor, usava uma coroa e um manto real impecáveis; não era o rei Bauniss... – Sabíamos que o senhor viria, sempre soubemos!
Alguém pigarreou ali perto. E eu arqueei as sobrancelhas pro Rei, que encolheu-se.
-Queríamos ter a certeza de que o senhor voltaria – ele disse, humildemente – Mas, trezentos anos depois é um pouco difícil de manter a fé, meu senhor.
O rei estava falando de cabeça baixa, e os outros acompanhavam o gesto.
-Quem é você? – eu perguntei, sem entender do que aquele homem falava.
-Sofghdukltuon, rei de Leste e das Ilhas sem nome.
-Softu, é o seguinte, bicho, não sei o que esperam de mim, mas, se esse cara aqui me disse a verdade, eu to metendo o pé, já... – eu falei, já virando as costas, sem nem saber pra onde ia.
-Meu Senhor, não faça isso – implorou Softu, ajoelhando-se – nosso mundo está prestes a acabar, os Humns estão guerreando por água e comida... As mulheres não param de engravidar e as pessoas não morrem... Simplesmente não morrem, ou, não morriam...
Um dos deuses descobriu como levar as almas, e está fazendo isso com uma velocidade enorme... Brevemente conseguirá tantas almas quantas forem capazes para tornar-se mais poderoso que o senhor...
-O que é, hein? – perguntei, absorvendo com uma certa irritabilidade aquelas palavras – Quer dizer que pode então, existir um deus maior do que eu? E, deixa eu adivinhar? Fui eu quem propôs esta Porra!
-Sim, senhor, foi sim – o rei disse, um tanto enrubescido – O que importa é que neste momento, o senhor ainda tem chances de resolver isto! Apanhe mais almas que o outro, e o senhor continuará sendo o único, para sempre!
-Para sempre só me fode, queridão – eu falei, atrevido e irritado – Ou eu posso também, destruir esse deus de merda que está querendo comandar tudo aqui e todo mundo fica feliz, pode ser? – eu falei, achando a opção tão obvia e ridícula...
Bom, depois daqueles conselhos cada vez piores, resolvi que ia agir por conta própria... eu é que era deus naquela merda, e deus não ouve ninguém, ele faz o que quer, e ponto. E eu também. Fiz o que queria, imaginei um sorvete gigantesco de flocos... e fui comendo, enquanto caminhava, meio feliz, meio refrescado. Enfim... caminhei até o Vale dos Sábios... E se eu dissesse que havia visto milhares de Humns, eu estaria mentindo... haviam bilhares, talvez trilhares e quadrilhares... eram muita cambada de gente feia por metro quadrado; era assustadora a forma como aqueles bichos haviam se reproduzido...
Sabia porque os deuses queriam destruir aquelas criaturas abomináveis: eram como lagartas numa árvore, como ratos no esgoto... eram asquerosos e ainda por cima, multiplicavam-se assombrosamente. Me bastou alguns minutos de uma caminhada com muitos esbarrões e com licenças e desculpas; um lugar extremamente cheio, demasiadamente apertado e estupidamente feio.
Cheguei ao Pico do Conselho de Pedra, onde os deuses se reuniam em Cinnamon... E não me surpreendi, quando vi todos os deuses ali, sentados, discutindo fervorosos o destino do mundo que eles queriam; um mundo mais bonito e mais inteligente, certamente.
-Senhor! – gritou a deusa da sabedoria, quando me aproximei e fiquei em seu campo de visão.
Vários pares de olhos me encararam. Alguns surpresos, outros felizes e até pude jurar que vi um enraivecido... mas, Beuz não estava ali. Havia sido expulso.
-O que está acontecendo dessa vez?- eu perguntei, tomando meu lugar na mesa.
Todos começaram a falar imediatamente, as palvras ‘gnomos’, ‘feios’ e ‘lerdos’ nunca haviam sido ditas em tão grande proporção num grupo de pessoas tão pequena. E não pude entender nada do que diziam.
-Calem-se – e, imediatamente tudo silenciou – deixem que a Deusa da sabedoria fale; ela é minha regente, afinal.
A deusa da sabedoria empertigou-se em sua cadeira e pôs se a falar, com aqueles peitões num decote perfeito.

-A Nova Raça - 3º Temporada - Parte 2

A CONVERSA ESCLARECEDORA

Depois de um dia quase enlouquecedor de tanto tédio, eis que o MSN emite aquele som irritante, que já fiz questão de silenciar; a janela que se expôs trazia um nome conhecido...
Tαti PєRєiяα
Oiiiiiiiiiii Nem!
;) Léo Carpe Omnium
Eaí!!! Como você ta?
Tαti PєRєiяα
Td bem. Qnd vc vem no Flamengo?
;) Léo Carpe Omnium
Não sei, Tati... Acho que semana que vem!
Tαti PєRєiяα
Vai ter uma festa aqui, na Casa Rosa, vem?
;) Léo Carpe Omnium
Não tenho estado muito bem; acho que to ficando maluco, Tati... Acho que não é uma boa idéia ir pra uma festa, sabe?
Tαti PєRєiяα
Pq?
;) Léo Carpe Omnium
É uma longa história, não dá pra contar por aqui...
Tαti PєRєiяα
Mas vc ta bem? O que ta acontecendo?
;) Léo Carpe Omnium
Tati... Se eu dissesse pra vc que Cinnamon é um mundo que eu criei, vc me acharia doido?
Tαti PєRєiяα
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Tendo em vista a sua criatividade que vive fluindo, eu acharia possível.
*pause*
Cara, percebam que naquele momento Tatiana me dava esperanças de que a loucura não fosse a saída! Existia Cinnamon... E ela ia me ajudar a descobrir onde, de fato, estava aquele lugar.
*play*
;) Léo Carpe Omnium
Sério? Vc acredita mesmo em mim?
Tαti PєRєiяα
Claro, ué... Vc ta dizendo, eu acredito.
Me conta desse lugar.
;) Léo Carpe Omnium
Cara... É um mundo inteiro, e lá eu sou deus...
Eu posso td!
Tαti PєRєiяα
Hum...
;) Léo Carpe Omnium
Então, agora só usando Avre pra ir lá...
Tαti PєRєiяα
Peraí, Avre?
Mas esse é o nome de um rio, na França.
*pause*
Bicho... Meu coração tava muito disparado; precisa dizer isso.
Eu estava com meu atestado de idiota ali, prontinho pra assinar. Pensei automaticamente ‘no guia para internautas’ (cara, o Word nem reconhece essa palavra também, burrão), Aí fui lá, no Google (que o Word também não reconhece... a microsof tem tanto grilo assim, cara?), e encontrei a informação que a Tati me dizia... Era aquilo mesmo.
*play*
;) Léo Carpe Omnium
Cara, nunca tinha pensado em buscar no Google...
Tαti PєRєiяα
Não procurei no Google... Biancão já esteve na França... Ela me falou de alguma coisa nesse rio, mas não to lembrando.
;) Léo Carpe Omnium
Então me conta, bicho! Lembra aí!
Tαti PєRєiяα
Acho que é perigoso, sei lá
;) Léo Carpe Omnium
Ta vendo como é verdade?!
Tαti PєRєiяα
Vc disse que avre era uma planta, não um rio... Então tem alguma coisa que não está se encaixando.
;) Léo Carpe Omnium
Eu tenho um pouco de Avre aqui, a planta, vou usá-la e te conto do que ocorrer lá
Tαti PєRєiяα
Ta bom, cuidado hein.
Bjs
Te amo.
*pause*
devo admitir que senti um pouco de raiva; Tatiana estava me deixando sair, e cometer aquela loucura, que era comer de Avre, e voltar a um lugar que ninguém conhecia... nunca achariam meu corpo... enfim...
*play*
;) Léo Carpe Omnium
Bjo, te amo.
Saí do PC certo do que faria. Dentro do guarda-roupa, a Avre descansava, verde, brilhante... ela não estava brilhando na noite anterior, quando mostrei a Carolina.
Não criei caso, coloquei logo na boca e me pus a mastigar.
Deitei-me na cama, sabendo quais eram os próximos sintomas de estar chegando à Cinnamon.
Toda aquela boa sensação de que as coisas estão se formando passou. Estava em Cinnamon e sabia disso porque lá, ao contrário do que é o nosso mundo, o céu sempre tinha tom esverdeado, ao contrário do azul e o sol tinha um tom alaranjado, e clareava tanto quanto o nosso.
Daí senti-me bater contra o chão, e então, onipotente, me curei da incomoda dormência. Andei em direção ao palácio de Bauniss, e cheguei bem rápido... No meu mundo eu poderia até teleportar, mas acho mais chique entrar assim, correndo mais que a luz.
Então...
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:

-A Nova Raça - 3º Temporada - Parte 1

O MALDITO PIMENTÃO

Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça que não me pertencia... Talvez eu estivesse recebendo as dores de cabeça de um alcoólatra que encheu a cara na noite anterior... Um cara que até parecia comigo, e que morava ali, mas, com outra personalidade.
Enfim... Vou lhe contar o que transcorreu depois que mostrei a Avre a Carolina, e você talvez não se surpreenda... Mas, você precisa ter em mente que a Carolina é tudo aquilo o que disse antes, assim você entenderá o porque disso tudo.
-Entendi – ela disse, com uma cara de que realmente estava atenta ao que eu dizia – Ok. Vamos beber.
-O que?! – disse eu, horrorizado! Carolina estava sendo mais cruel do que eu imaginava – eu aqui, mostrando a você, provas, irrefutáveis, do nascimento, da criação de Cinnamon... E você, assim? Cagando?! CAGANDO?!
-Cara, isso é pimentão, verme – ela falou, rindo, como se aquilo fosse algo banal.
-Não é Pimentão! É Avre! Veja! – E quase enfiei naquela cara irritante aquele monte de planta verde.
-Pára! – Carolina gritava, tentando desvencilhar-se do que eu tentava mostrar – Isso é pimentão cara, olha aí, tem até sementes, maluco!
Eu parei naquele momento e olhei para a minha mão. Ela estava certa, cara!
*pause*
Aquela porra, era pimentão, brother... E se tem algo que eu odeie mais que a falsidade, é pimentão! Cara, pimentão fede, é esquisito, tem gosto horrível e ainda é traumatizante, principalmente quando você faz um feijão com gosto de pimentão... Putz... Se o Thuck (sim o Brinquedo Assasino), comesse pimentão, eu não duvidaria... Tipo... É um troço que até hoje não entendo porque foi incorporado aos nossos ‘temperos’... Você vê tudo: tomate seco, cebola em conserva, alho frito... Mas aonde você encontra pimentão nessas condições? É tão ruim que ninguém lembra do bicho... Tá, tudo bem, vou contar a história...
*play*
Quando eu percebi que segurava pimentão (éca), percebi o quanto estava sendo tolo em acreditar naquilo tudo. Afinal, ninguém havia me comprovado que aquele lugar realmente existia; por alguns momentos, eu, realmente, acreditei na possibilidade inconcebível de que minha tão fantástica Cinnamon existia...
Cheirei aquela coisa em minhas mãos, e o pimentão (éca), mostrou-se através de seu cheiro. Estranhamente, não estava seco, ou decomposto, ou murcho... O pimentão (éca), estava novo, parecia ter acabado de ser cortado... E as sementinhas, pontilhavam algumas partes da ‘planta’.
Percebendo que Carolina havia fechado seus olhos para Cinnamon, fazendo que o meu planeta, o meu mundo, não existisse em sua realidade... E que ela faria o mesmo comigo se continuasse a debater sobre o assunto, resolvi aceitar o convite para uma bebida, afinal, quando estamos felizes, bebemos para comemorar; quando estamos tristes, bebemos para esquecer... e quando não estamos nada, bebemos só para decidir como vamos ficar...
Não bebemos pouco. E não conversamos muito.
Resumimo-nos a beber, trocar algumas poucas palavras, eu absorto em Cinnamon, e Carolina num relacionamento de amor profundo com o PC. Ela com um olhar penetrante ao computador, parecia masturbá-lo com os dedos de tão rápido que digitava, e suas pernas iam arreganhadas (como de costume), defronte ao computador, que parecia expor todo o seu prazer através de suas LED’s e seus sons irritantes do MSN...
Eu me mantive firme na idéia de pensar em Cinnamon e naquela túnica – que, ridiculamente, ainda usava.
Então... a dor de cabeça de hoje, veio de ontem... E ainda sinto o gosto da cerveja, claro, aquele guarda-chuva velho teria o mesmo gosto que a cerveja de ontem, acho que, até por isso, eu deixei de comer os guarda-chuvas, e resolvi beber a cerveja... mas o maldito gosto me persegue... rs
Ao acordar, entrei no MSN...
*pause*
Carolina tinha costumes, devo dizer. Esse era um delas, sumir no meio da noite e voltar dias depois dizendo ‘Iaí, Verme’; detalhes que compartilhamos à dois.
Então...
*play*
Nada de interessante havia, porque, ao contrário do que acontecia na minha época de escola, os tempos agora mudaram. Meus amiguinhos não acordavam mas as 7h pra jogarem futebol ou soltar pipas, agora tinha os amigos das 11h, amigos que só estavam começando a trabalhar suas atividades cerebrais lúcidas, após esse horário. Se você liga pra um cara desses às 9h, você está incomodando o Seu Madruga ao meio-dia, sacou?
O dia passou tranqüilo, até porque, vivo num mundo onde não trabalho, porque a sustentabilidade (palavra esta que o Word nem reconhece) é meu forte! E se alguém disser que não estou ajudando na ‘sustentabilidade’ do planeta, ta mentindo, olha aqui minha preocupação...
*pause*
Estou agora me preocupando com a situação ambiental no mundo. Aquecimento global, não!
Pronto, agora concluí.
E é veeeeeerde! *play*
Então... Depois de incendiar uma floresta... Ops... Desculpa, texto errado.

- O Deus Louco - 2º Temporada - Parte 4

O PRESENTE DE CINNAMON

O primeiro nome que vislumbrei foi ‘Any Santana’; era ali mesmo, bicho. Não tinha duvidas. Agente agora é assim, quer falar com alguém, não pega o telefone e liga, é entra na Internet e digita... Coisa tecnológica é bicho.
Aí ta.
Eis que eu digito:
;) Léo Carpe Omnium
‘Oi’
Any Santana
‘Oi!’
;) Léo Carpe Omnium
‘Preciso da sua ajuda!’
Any Santana
‘Se for dinheiro eu não tenho.’

*pause*
O povo é realmente cheio de si né? Na verdade, todo mundo se sente meio rico de vez em quando. Eu tenho tanto que todo mundo que vai falar comigo é pra pedir dinheiro... Ah, eu hein! Ouça os amigos, gente... Quem tem muito, empresta, né? Eu hein... Se eu não precisasse, não tava pedindo! Mas este não era o caso, é só uma brecha.
*play*
;) Léo Carpe Omnium
‘Não é dinheiro. Eu estou louco...’
‘To vendo coisas, falando coisas, e acreditando em coisas’
Any Santana
‘Sim, espíritos existem!’
‘Você sempre foi louco’
‘Falando coisas, é normal, você vive falando coisas, sempre’
‘Vendo coisas? Vendo que tipo de coisa? Tem luz?’
;) Léo Carpe Omnium
‘Existe um lugar, chamado Cinnamon, e eu acredito nele’
Any Santana
‘Você está melhor que eu! Acredito em OVNI’s e nunca vi nenhunzinho’
;) Léo Carpe Omnium
‘É sério. Eu sou deus de lá. E ninguém acredita em mim’
Any Santana
‘Você já foi ao médico? Ainda tem remédio?’

Eu desliguei a porra do computador. Cara, que merda. Ninguém acreditava em mim, e eu ia provar, por A + B que a porra de Cinnamon dos infernos, existia!
Bom, não sei se vocês lembram, mas, lá em Cinnamon eu ganhei uma roupinha de deus e talz... Fiquei todo a vontade com os bagos fresquinhos, lembra né? Então...
*pause*
Agora, eu vou fazer o que todo escritor faz, vamos ver se você saca
*play*
Fui até o meu tão famoso, ilustre e mágico guarda-roupas de Nárnia estava. O meu também famoso, quarto... Peguei a túnica que estava pendurada em um de meus cabides vermelhos de acrílico, e me despi.
*pause*
Percebam que, Carolina é tão viciada nas redes sociais, que ela simplesmente imantou-se, e voltou ao computador, no milésimo de segundo seguinte, do qual eu saí dele...
*play*
Vesti a túnica, na esperança de que magicamente, meu corpo fosse levado para Cinnamon, mas, eu apenas estava com túnica, a maldita túnica gay, sem nada ter acontecido... Foi aí que me veio a idéia.
-Viu, esta túnica, ganhei em Cinnamon! Não é loucura! – falei, entrando correndo na sala (não correndo muito, porque senão bateria de cara na parede, dãããã).
-É, é, legal – ela disse, sem nem olhar a túnica.
É revoltando você querer dizer algo sério e a pessoa cagar pra tu, né? Mas, eu me acostumei, me acostumo mesmo... fazer o que?
-Não é legal, é o máximo, não ta vendo?
-Tô, to, aham – e ela ainda não estava nem olhando pra mim.
-Olha, porra!
-Ih, que é hein... – e quando ela botou os olhos na parada, ela viu que era algo de outro mundo brother, ela ficou de boca aberta – Cara, aonde você comprou? Adorei!
-EU NÃO COMPREI, INFELIZ DOS DEMONIOS! É DE CINNAMON! CIN-NA-MON (percebam que a palavra eu não sei qual é, mas a divisão ainda é no português!)... EU NÃO AGUENTO MAIS!!! – eu berrei, e enfiei (porque????) as mãos nos bolsos... E senti alguma coisa, era um pedaço de papel!
Estava dobrado, e o papel era meio dourado... Lá estava escrito:
"Mestre Maior,
Quando quiser retornar,
Basta a Avre mascar"

*pause*
Ta vendo, brother? Eu disse que a túnica tinha bolsa? Eu disse isso? NÃO! Mas, só pq eu preciso achar um jeito de voltar em Cinnamon... Olha aí, no que dá... Ai, ai... Prestem atenção, hein? Não vou ficar mostrando meus erros, pow, é sanacagem comigo, né? Até tu quer me sacanear???
*play*
E na palma da minha mão, a Avre brilhava verdinha, verdinha... Era hora de outro alguém ir à Cinnamon...
Muahuahuhauhauha (Risada maléfica, sim!)
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:

- O Deus Louco - 2º Temporada - Parte 4

REALIDADE DO POBRE CARIOCA

A aglomeração de pobre nem é o maior problema, na verdade, o que impera no trem, são pessoas pobres, sim, mas, mais pobres ainda de respeito ao próximo. É banco preferencial ocupado por quem não tem preferência, é sarração de pau aqui e ali, é grito de ambulante, é tiroteio que para tudo... enfim, o trem é um verdadeiro inferno, se quer pegar um, espere o domingo e escolha sair bem tarde, porque, acredite... o trem também enche!
Enfim, naquele, infelizmente, não era um domingo; percebo, a cada nova viagem de trem, que as sardinhas nem ficam tão apertadas em suas latas. No trem (e no metrô também), a lei da física não vale nada: dois corpos, lá, ocupa, sim, um mesmo lugar no espaço. Você entra, e fica, se levantar o braço pra coçar o nariz, você vai ficar com a mão no nariz, não dá pra mudar!
E eu fui, sem sequer coçar o nariz, em pé no trem de Santa Cruz... Um tec-tec sem fim, um em pé sem fim... Era um sem fim de sensações ruins, na verdade. Se as sete da manhã, tem gente com cheirinho azedo debaixo do braço, imaginem as sete da noite? Bom, um bom-ar de bolso é recomendado pra essas situações de aperto, mas, lembre-se, levantou a mão com bom-ar, não desce mais!
Cheguei em casa, depois de muito esmagado, amassado, espremido, sarrado, molestado e quase estuprado, e adivinhem? Carolina estava lá, ah ela estava.
Sentada com a bunda neste computador, que vos redijo, com todas as redes sociais do momento, abertas, e seu MSN bombando... Nunca vi MSN pra bombar mais, AFFE!
Na verdade, acho que é inveja, mas, na verdade, eu vivo Off-Line no meu... Ou seja, eu nem quero tanto ‘bomba’, saca?
Enfim, depois de me recepcionar com um ‘Eaí nego, como foi hoje?’, ela volta para o pc e digita algo muito rápido para alguém; tipo, uma resposta pronta, talvez.
-Carol, tenho uma coisa séria pra te perguntar.
-Diz ae Nego – ela fala, com seu gingado, com as pernas arreganhadas enquanto (ainda) digita no pc e alisa suas madeixas cheias.
-Sabe Cinnamon?
-Hã – ela fala já meio de mau-humor, ela nunca foi muito adepta à idéia da criação de Cinnamon.
-Você é uma deusa de lá, não é?
Ela me olha com um tipo de ‘cara, ele é doente’ nos olhos.
-Não, só você e o Alex – ela falou, tipo, com uma voz zombeteira.
Foi aí que eu me liguei! Era verdade... Quando criei Cinnamon, o Alex estava comigo... Ele soube de tudo e era deus de lá comigo... Quem eu vi, como Deus da Lava e da Guerra, era ele! O ALEX!
*pause*
Mas, tipo... ele nem se parecia comigo.. porque lá então me lembrava tanto? Estranho. Enfim, concluí que o Alex saberia dizer se eu estava tendo alucinações ou não; mas... como achá-lo? Provavelmente só nas eleições de 2012 que eu o encontraria... Só nas eleições via Alex, porque Alex, também era um miserável brasileiro, que servia á pátria sendo Supervisor de Seção e ganhando um ticket alimentação de merda no valor de R$17,00, e não pode reclamar, porque aquilo ali é ‘benefício’... ¬¬’ Sentiu minha mágoa né?
*play*
Bom, como Carolina e sua fama por ignorar as pessoas sempre estavam juntas, resolvi que não ia dar confiança... Também não podia dizer que tinha falado com minha psicóloga maluca sobre aquilo... A Carolina é uma pessoa louca, mas ela tem momentos de lucidez, ocasiões esquisitas, mas, enfim. Deixa quieto.
Eu resolvi dar uma de macho da casa e expulsei a Carol do pc:
-Carol, deixa-me usar aí, rapidinho? – tipo, viu, né? Imperei como o mais educado dos machos! u.u
-Demora não, hein – ela disse, saindo, dona da situação... mal sabia ela que eu tinha sido o macho dominante segundos antes. =D Há-há.
Loguei no meu MSN (Off-Line), e, para minha surpresa a mesma lista de todos os dias apareceu... A verdade é que tem tanta gente no meu MSN, mais tanta... Que se eu for verificar quantos acessam, vou ter uma surpresa... Acho que, na verdade, sempre entro Off, pra me sentir dono da situação, sabe? ‘Aquele que controla com quem fala’, sinto-me seleto, fazendo isso. Pronto, falei.

- O Deus Louco - 2º Temporada - Parte 3

FAMOSA, CORRETA E NUNCA BEMVINDA LEI DE MURPHY...

Fui pra porta do trabalho da Jessika, esperar ela sair. Precisava confirmar com ela também, mas, fazia um
tempo que não nos víamos, então, certamente, o telefone dela seria outro... Ela vivia mudando de número mesmo.
Uns quarenta minutos de unhas roídas e muito sangue escorrendo dos dedos, eis que avisto Jéssika, passando na roleta de ferro, e nem sequer me viu. Ainda bem que Cinnamon não era o paraíso, senão, eu acharia que era um espírito.
Eu dei uns gritos, até que minha voz quase sumiu totalmente, aí ela virou-se e veio ao meu encontro...
-Amigo! Que saudade! – ela dizia, numa voz tão carinhosa.
-Tudo bem? – eu falei meio que sem querer saber se ia bem ou não; tava começando a ficar preocupado – Amiga, você foi deusa em Cinnamon comigo, não foi?
-Que? – a Jessika nem sabia o que era Cinnamon...
-Deixa pra lá, eu te ligo! – e já estava correndo no bem longe, quando, recobrando a consciência da cena, Jéssika gritou algo como ‘o meu numero é mesmo’, mas, eu nem sei o que ela quis dizer com aquilo...
A parada era chegar a uma conclusão. Um denominador comum.
Liguei pra Nati a cobrar de novo; ela me retornou.
-Por que você desligou o celular, o que está acontecendo? – a voz da Nati estava contida, era um tipo de coisa que ela tava falando só pra aventura ficar mais aventureira, sabe?
-Nati, me liga com a Amanda, por favor? – tipo, eu nem sabia o que estava fazendo, só sabia que estava.
Ela não me questionou, em alguns segundos apenas, a música de propaganda do trabalho dela começou... Eu já sabia tudo o que a mulher falava, sempre... Era um tédio ficar ouvindo o maldito ‘hold’. Enfim, eu apenas continuei a esperar, quando ‘para dento, e para fora o estado’, foi interrompido pela voz da Nati:
-Ta aí, depois te ligo – e Nati foi-se para escuridão inconcebível que era o outro lado da linha telefônica. #drama.
-Fala caralho, quem é? – a voz irritada da Amanda se fez ouvir.
-Sou eu, escuta, preciso saber uma coisa... Você era deusa comigo em Cinnamon?
-Digimon? – ela falou, com uma eterna interrogação na palavra – O que?!
Mas, antes que a Amanda pudesse me enviar seus vários caralhos, putas-que-os-parius, filhos-das-putas, viados e afins... eu desliguei, mais uma vez, na cara de alguém aquele dia... Na verdade aquilo me fazia um bem, sabe?
*pause*
Desligar na cara dos outros, é como dar um tapa na cara de alguém, sabe? Você simplesmente esbofeteia a pessoa, e ela jamais te esbofeteará naquela ocasião... Você é rei! O bam-bam-bam. Tipo, tu vai ser o Rei da Cocada Preta, se desligar o telefone na cara de alguém!
Cara, mas isso não quer dizer que você nunca mais vai ter que falar no telefone, ok? De vez em quando, deixa fluir, brother... sacou? Deixar fluir? Hã, hã?
*play*
Minha única alternativa e última, seria Carolina... Porra, imagina uma mulher louca, cara? Uma que seja bem louca mesmo... Tipo, louca de furar a bochecha saca? Então, cara, essa mulher... vezes vinte e três... essa é a Carolina. E, como diz Seu Jorge, ela é difícil de esquecer, por que você nunca verá alguém com piercing na bochecha... Portanto, se você conhece uma criatura com piercing na bochecha, pode se apresentar, o nome dela, é Carolina.
Então... já sabia onde encontrá-la, não era difícil. Era só eu ir pra casa. =D
Como eu estava no Centro da cidade, chegar em casa exigia mais que tempo, paciência...
*pause*
Um lugar longe, é um lugar longe, mas o lugar Bangu... É o lugar Bangu.
Cara, o que você precisa entender, é que Campo Grande é depois de Bangu, e que Seropédica é no fim deste planeta... Mas, porque, Bangu é que tem ser o mais quente? O mais longe? O mais pobre? Eu hein!
Referencia de zona oeste: Bangu. O que é a zona oeste no seu conceito: um lugar longe do Centro. E você não está errado... Ah, não está.
*play*
eis que a idéia de ir de trem me acomete. E é ‘pra lá que eu vou’.

- O Deus Louco - 2º Temporada - Parte 2


O INÍCIO DOS PROBLEMAS...

-Boa tarde, tudo bem? – ela me perguntou, com um sorriso do tipo ‘você é mais um bobalhão aqui, me dando um salário maravilhoso’.
-Não, Verônica – eu falei, com uma voz embargada de choro (mais pelo valor daquela consulta, do que pelos meus próprios problemas).
-Quer falar sobre isso?
*pause*
porra! Se o cara entra na PORRA do consultório, e, com a voz embargada de choro... ela ainda se permite perguntar se ele quer falar do problema?! É OBVIO QUE EU QUERIA FALAR DO PROBLEMA, VERÔNICA, SUA PIRANHA! Se estou ali, é porque quero! Ficar calado é só em filme, quem entra num consultório fala, fala até o que não deve, só pra fazer a consulta valer!
*play*
-Verônica, eu estou ficando louco, louco mesmo – eu falei, e agora o choro era por conta disso.
-E o que te faz pensar nisso?
-Eu sou um deus, Verônica, um deus louco!
-Todos somos o que queremos ser, mas isso não pode prejudicar quem você é; você pensa o que sobre isso? – ela falava numa voz tão mansinha, parecia até que estava querendo me adestrar; só não sabia se eu ia ganhar ossinho no final da consulta.
-Penso que como deus dos Humns, eles precisam de mim... Mas vim aqui saber... Como posso, eu, um deus, estar louco, Verônica?
-O que é um deus, para você?
-Vê, um deus é um ser úncio, saca? Ele é simplesmente FODA! Ele cria e quebra coisas sem nem encostar em nada... Esse sou eu! Como eu posso estar louco?
-Você está louco por que?
-Porque eu sou um deus! Eu penso em tudo ao mesmo tempo! E as coisas me enlouquecem por isso... Consegue entender, Vê?
-Aonde você é deus?
-Em Cinnamon... Olha, se você quiser te levo lá, uma belezura aquele lugar... Eu que criei. Lá eu sou deus... Perfeito, quer ir?
-Onde estamos agora?
-Aqui é seu consultório, né? Eu hein... Não to maluco assim não. Eu sei onde é Cinnamon, porque sou deus, lá, e aqui é o seu consultório, não é verdade?
-Sim, exatamente... Quis dizer, em que terra estamos; não é Cinnamon, você já disse. Está certo?
-Sim, doutora, ta certo...
-E de onde mesmo você é deus?
*pause*
cara! Naquele momento eu acreditei, nos meus mais terríveis pesadelos, aquela mulher tivesse visto tanto Chaves e Chapolim quanto eu! Ela estava me irritando, me fazendo de maluco... mais do que eu já me sentia.
*play*
-De Cinnamon!
-Então meu querido, você não está louco, porque aqui não é Cinnamon... Só existe este lugar, se você quiser que ele exista, e lá, você é louco; o que você acha disso?
-Cara, eu acho que você ta tentando me fazer ver que Cinnamon não existe, para que eu deixe de dizer que louco e assim você fica feliz e eu vou embora... – eu falei, meio chateado com a Vê, pow, impacientona, bicho! – Mas eu não vou dizer que Cinnamon não existe, porque existe e eu conheci o carinha da folha, lá... Eu até conheci os outros deuses, e várias amigas minhas também eram deusas lá... Pergunte a elas então.
-Você já perguntou?
Cara, vou te dizer... Que vontade que eu tive de socar Verônica, bicho! Como é que ela mete uma dessas pra mim, brother? Se eu já tinha perguntado as minas? Pow... ela tava de sacanagem comigo... Acho que ela também era de Cinnamon, e o povo de lá gosta de sacanear os deuses...
Mas, por via das dúvidas, fui eu na casa da Tay... Tipo, e eu não em incomodei de pagar passagem e esperar pacientemente aquele motorista filho da puta, parar em todos os sinais laranja e ainda por cima parar onde nem era ponto. Cheguei eu:
-Vinhaduuuu – a tay gritou essa porra, quando abriu a porta, bicho... todos saberiam da minha homossexualidade a partir daquele momento.
-E aí gata – eu falei, meio sedutor quando entrei – preciso de te fazer uma pergunta.
-Faça, amore – ela falou, sorrindo pra mim, toda se querendo.
-Você é a deusa de Cinnamon também, não é? – eu perguntei, assim, sem medo de ser feliz.
-Amor, Cinnamon é ótimo, mas não nesse momento... Você ta bem?
*pause*
porque, sempre que a pessoa pergunta isso, ela já está com uma cara de preocupação, bicho? A pessoa já pergunta sabendo que tem merda ali, mas, ainda assim, a pessoa pergunta! Brother... é muita esquisitice no mundo, não vamos julgá-las, né?
*play*
-Eu to, claro! – eu disse, tentando fazer uma cara de sóbrio, sem me entregar a esquizofrenia que cismava em querer atacar-me – É que hoje fui na Verônica... To um pouco confuso.
-Tá, então vamos tomar uma cervejinha que isso tudo logo vai passar... – ela falou, levantando-se do sofá.
*pause*
reparem que ninguém nem sequer da porta nós saímos. Vá lá.
*play*
Cara, eu corri! Saí pela porta, desesperado, sem querer saber o que a Tay ia fazer. Ela na certa buscaria uma cerva bem consistente, geladíssima e pronta para uso... Mas, se eu bebesse quem daria créditos á alguém que fala de Cinnamon bêbado?
Resolvi que ia na casa da Naty...
Liguei a cobrar para o trabalho dela, e ela me retornou.
-Fala – ela disse, suavemente, quando eu berrei um alô descontrolado – Ta no trem, cara?
-Não, porra! To na rua! Preciso de você, cara! – eu dizia para o telefone, como se ele fosse alguém.
-Calma, aonde você está?
-Cara, diz pra mim que você é uma deusa em Cinnamon?
-O que?! – ela perguntou, meio abobalhada – Essa história de novo? – ela meio que bufou as ultimas palavras.
Eu desliguei o telefone... Porra! Nem a Nati, bicho... Tipo, as minhas opções estavam restritas agora... E uma delas, pelo menos, deveria conhecer Cinnamon, senão eu teria de concordar com a puta da Vê, de que Cinnamon não existia... E aquilo seria o fim de todos aqueles cabeçudos...