quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

- Contrata-se um Deus - 4º Temporada - Parte 5

AND THE OSCAR GOES TO...

Sr. Burns, 0,01 porcento;
Deus do Smilinguido, 0,03 porcento;
SuperHomem, 0,2 pocernto;
PeterPan, 0,2 porcento;
Branca de Neve, 0,3 porcento;
Rei Tritão, 0,4 porcento;
Mulher Maravilha, 0,4 porcento;
Mestre Splinter, 0,5 porcento;
Homer Simpsom, 0,9 porcento;
Nod, 2,5 porcento;
Rainha Branca, 3,8 porcento;
Aslam, 4,5 porcento;
Mestre dos Magos, 7,9 porcento;
Thundera, 8,0 porcento;
Renato Russo, 9,7 porcento;
Christina Aguilera, 10,8 porcento;
Cazuza, 11,1 porcento;
Michael Jackson, 12,7 porcento;
Dumbledore, 13,2 porcento;
Athena, 13,6 porcento.

-Athena é a nova Deusa da Morte de Cinnamon! - Gritei, emocionado! Era ela, cara... Athena era a deusa! - Escutem todos: Todos serão bemvindos em nosso mundo, sempre, serão bem recebidos e bem tratados... Agora, quero que entendam... Sinto-me satisfeito em ver que se preocupam com seus deuses, e que dão valor ao que chamo de Amor em meu mundo.
-O Amor é capaz de muitas coisas, e uma delas, é a capacidade de transformação.
-A partir de hoje, deixo a vocês as portas abertas e livres, para irem e virem, dispostos ao que quiserem... Não sei, como Aslam, se o mal já entrou no meu mundo; nem sei, como Athena, dar poder aos meus; mas... Acreditem, estes deuses aos quais todos vocês estão entregando partes suas para conquistarem um lugar para ele, já é um grande Deus e jamais será esquecido... Porque, quando há necessidade de uma grande mudança, há necessidade de uma grande compreensão também!
-Agora, vamos, todos vocês.. Quero muito vinho, muito samba e muitas pessoas felizes! Hey, Homer... Agora você já me conhece, que tal darmos uma passadinha no Moe mais tarde?
-Margie, aquele homem, é ele... Ele existe mesmo? Você está vendo ele?
-Óh, meu deus, Homer... É claro que o homem existe. E nem homem é.
-Ele é gay, Margie?
-Sim, mas não é disso que estava falando. Ele é o Deus Maior, pode te 'desimaginar', aí... Acabou tudo, então, Homer, sorria e acene - ela falava, e eu sorria pra eles. Que família mais engraçada.
O Smilinguido estava todo chocho, num canto. Estava sozinho numa causa, mas o Deus dele, era o deus de muitas outras pessoas. E eu conhecia aquele deus... Não que eu o apoiasse ou dividisse minhas angustias, mas, conhecia. Uma pena ele não aceitar a derrota... Mas, valia tudo.
Vi que havia rolado um climão entre Chitara e Hank, e que a Sheila não havia gostado nada daquilo... Era bom que Athena já estive a postos... Porque, pelo que tudo indicava, aquele olhar da Guerreira de 'A Caverna do Dragão', dizia que ela queria matar alguém...

- Contrata-se um Deus - 4º Temporada - Parte 4

A ÁRVORE DA VIDA

Fomos para a mesa de pedra, e lá estavam todos reunidos. Deuses e deusas.
-A eleição será em uma semana, alguém chuta quem pode ganhar?
-Dumbledore tem sido bem cogitado pelas pessoas... Viram o que ele fazia com Harry Potter, e o quanto é sábio... Quem ele como deus - Disse Enayat.
-Ele é uma bicha velha, isso sim - disse Akissej, séria - Acho que talvez Athena vença essa.
-O capitão Planeta tá sendo bem cogitado no norte... As pessoas estão falando bastante nele - Ailatan falou.
-Alguém sabe como fazer esse tempo passar? Não to com paciencia de ficar esperando... E nem sei quanto tempo terei aqui - falei, querendo logo garantir que ia estar presente no dia da tal eleição.
Todas olharam Atam, com urgencia.
-Não vou falar... Ele é louco, e vocês sabem disso - ela falou, apontando pra mim - se ele souber fazer isso, vai ficar indo e voltando o tempo todo.. Não, me recuso.
-Então você sabia desde o começo, é? - eu disse, olhando-a com desprezo - Qual é a tua? Quer ser mais deusa que eu? Sabe que posso te rebaixar a qualquer momento, né? Escolho até um outro deus que ocupe melhor o cargo do que você.
Ela enrubesceu.
-Acha que pode controlar o tempo então? Acha? - ela me desafiou.
-Então ok. Vou te dar o poder, e quero ver o quanto conseguirá.
-Pois então me dê.
A mulher, louca, fez surgir uma arvorezinha, pequenina... que foi crescendo e se tornou uma árvore gigante... Cada fruto parecia uma espécie de bola de vidro, e nela tinha coisas, pessoas, lugares, animais... Tinha tudo... a árvore era supercolorida, e muito cheia.
-Cada cor, representa uma Raça; cada textura, representa um momento da história; cada galho, representa uma geração; cada flor, representa uma alma conquistada; cada gota de orvalho, representa um dia na história... E lá em cima, no topo da árvore, há um único galho com um espaço perfeito pra você por o braço... Ali é onde você pode regredir ou avançar no tempo... Você pode mexer em tudo, no que aconteceu, no que está acontecendo e no que acontecerá... Se mudar o futuro, outros tantos mudarão... Se mudar o passado, outros tantos mudarão... Cada coisa que mudar numa vida, será refletido em você, nos pesares, ou nas alegrias. Temos o poder de mudar qualquer coisa, mas há um tempo. Só podemos mudar a cada lua, cada lua, representa um tempo. E o tempo de mudar.
Já fui logo olhando a árvore toda. Voei até o topo da árvore e logo vi o galho, tinha a palma de uma mão humana desenhada. Pus minha mão ali e automaticamente o galho absorveu meus dedos e minha palma. Sabia exatamente o que fazer. Girei lentamente o galho para o lado e pude sentir em que tempo estava. Senti o dia passar o outro, e outro... E consegui chegar aonde queria, num dia em que minha angustia estava grande. Era por causa das eleições. Era o dia.
-Ué, ainda estão aí? - perguntei quando desci, e vi que as deusas estavam todas ali ainda.
-A Magia não nos afeta, querido - Atam disse, sarcastica - Vamos, estamos atrasados para o evento de abertura.
**
A Praça mais lotada e abarrotada de gente (ou não) era aquela em que fomos parar. Nós, deuses, estávamos numa mesa a parte, sentados como jurados num concurso.
A todo momento serviam Abrulhetos, que nada mais eram que Pão de Forma de Cinnamon, com uma fatia de Goibada das Ninfas, uma fatia grossa de Queijo dos Duedes do Norte, chapiscado de Açúcar dos Canaviais Encantados com Cinnae, uma espécie de Canela branca e de sabor indiscritível... Aquilo era levado ao forno, depois que o queijo se derretia e o açúcar caramelizava com o Cinnae, além de cheirar muito bem, a especialidade de Sobremesa Cinnamoniana, se baseava naquilo. Abrulheto.
-Senhoras e senhores, boa tarde - dizia Hermione Granger, com sua voz magicamente amplificada - Hoje teremos a honra de conhecer o mais novo Deus (ou deusa) de Cinnamon!
Aplausos seguiram, a jovem ficou vermelha, mas estava sorrindo.
-Primeiramente, teremos a apresentação dos quase deuses: Cavaleiros do Zodíaco! - disse zombeteira.
Seya, Shun, Shiryu, Ioga e Ikki subiram numa espécie de palco e começaram sua performance. Eram golpes de lutas, mas, como uma espécie de StreetDance, e louvando a uma mulher invisivel, que eles certamente viam...
-Agora, com vocês, TundCát! - ela disse, meio insegura - Óh, não, desculpem, é ThunderCats... Ronald Weasley, vou te matar por isso! Nem escrever você sabe?! Ah, gente, desculpe, esqueci que minha voz... - e a voz dela caiu no silencio com o feitiço que desfez.
Lion, Chitara, Tyger e todos os gatos gigantes apareceram no palco e, enquanto uns tocavam coisas, outros encenavam um momento ápice no desenho: quando Lion derrota o Mun-Rah... Foi até bem maneiro... E ele até lançou aquele Olhão lá no céu. Foi legal.
-Obrigado, Cats! - Hermione falou, debochando - Agora as crianças perdidas da terra de Nárnia... Óh, não, não... Perdoem-me, por favor... Os Reis e Rainhas de Nárnia! RONALLLLD!
Entraram em cena, Lúcia, Pedro e Edmundo.
-Quantos de vocês já leu nossas aventuras? Se tivessem lido, saberiam que nem sempre fomos à Narnia por vontade própria, e que nem participamos de todas as aventuras... Mas Aslam ilumina a vida de quem quer que seja, pois ele dá opções e te deixa trilhar sozinho, sem precisar estar o tempo todo contigo; acreditar nele, lhe dá forças.
-Queridos habitantes deste mundo desconhecido, não queremos que nos julguem crianças idiotas e aventureiras, portanto, estamos abrindo mão da campanha... Aslam não ia querer nos ver fora dos limites seguros. Estamos indo, muito obrigado! - disse Suzana que havia entrado no palco depois dos três, e que não queria continuar na disputa.
-Por favor, desconsiderem o que minha irmã disse - Pedro falou, rei da situação - Ela só está com medinho uma outra vez... Estamos dispostos a ir até o fim com a conquista de Aslam, em seu Deus em Cinnamon! Vote em Aslam... A Sinceridade, a bondade e a perseverança!
Edmundo estava apartando a briga entre Lucia e Suzana, Pedro, que percebeu, foi juntar-se a eles, para ajudar... E Hermione, mais uma vez, subia ao palco.
-É preciso ter com quem lutar, mesmo que nossos adversários sejam tão fracos - ela disse, olhando o grupo de crianças engalfinhadas ali atrás - Bom... Temos agora... Meninos Perdidos... É, acho que virou Matinê. - e ela riu.
Vários meninos entraram no palco, mas, só um, que estava na frente, gordinho, falou:
-Nós só queremos que todos votem no nosso aboiolado preferido: Peter Pan! Ele sabe voar, já comer a sininho, a Wendy, e várias outras meninas que passam por lá... Não é chato, não é adulto, e não precisa ter comida! Agente imagina! - e todos eles começaram uma risada esquisita e pouco definivel.
-Tá bom, tá bom... Obrigado órfãos nada criativos... Hey, perai, você não é um Creevey? Garoto, hei! - e Hermione que entrara no palco, corria agora atrás de uma criança.
-Bom, gente, como ficamos responsáveis pelas apresentações, eu vou dar continuidade ao show - disse Rony, entrando em cena - Queridos, teremos agora o maior espetáculo bizarro que já vi... Um bruxo que tira magias do chapeu! Uhul... Manda ver Presto!
Representando o Mestre dos Magos, Presto vinha com sua habitual tunica verde, e sua timidez constante.
-Vou mostrar pra vocês, como magia funciona e não preciso de uma varinha nas mãos, tá? - Presto falou, entrando no palco, e agora, tirando o chapéu, olhava-o com duvidas - Por favor, por favor, tudo depende disso...
"Chapéus, barris e demência... Faça com que o Mestre dos Magos mostre sua inteligência".
Foi crueldade o que aquele chapéu fez com o menino... três barris gigantes, cairam na cabeça do rapaz, e um deles, que quebrou, vinha cheio de chapéus com os dizeres 'Mestre dos Magos'...
Enquanto alguém arrastava um Presto desmaiado para fora do palco, Hermione voltava, arfante, falando.
-Agora... Hogwarts!
Os alunos da escola de magia que estavam presentes, entraram no palco... E deram um show.
Era varinha pra cá e pra lá. Suas varinhas vrilharam intensamente, e desenhavam o nome 'Alvo Dumbledore' sincronizado a frase 'Vote com Inteligência'... Muitas cores, muitos fogos, muito maneiro! A melhor apresentação até ali.
O que se seguiu foi uma grande sequencia de coisas engraçadas.
Os Sete anões foram cômicos; o Smilinguido, que não fala, fez mimicas; as Tartarugas Ninjas deram show de artes marciais com seus cascos pesados e a incerteza de que ele permitia seus vastos e repetitivos golpes.
-Agora, que todos já se apresentaram... O que? Não, não... Diz pro Pernalonga que Acme e Warner não são votáveis... Obvio que ele próprio também não é, né, Ronald? Urrg. - Hermione falava, irritada - Pessoas, vamos votar! Os deuses nos fornceram esta urna mágica, que irá contabilizar para eles os votos rapidamente... Os pedaços de papel estão em todos os lugares. vamos, todos votando, não esqueçam que preciasamos de um deus da morte com sabedoria pessoal!
**
Quatro horas depois, todos os votos já tinham sido contabilizados.
-Já temos o resultado final! - anunciou Atam.
Ela foi falando o nome de cada um e o quanto conseguiram de votos.

- Contrata-se um Deus - 4º Temporada - Parte 3

UMA BEBIBA COM O HOMER

-Kimberly, você não pode jogar o Ás assim... Já te expliquei como é... Que dificuldade hein? - dizia Jason, irritadiço.
-Ah, tá, o aspirante a ator pornô, eu to de saco cheio! - ela gritou, e jogou as cartas na mesa - Tô é puta mesmo! Até onde sei, estamos prestes a sermos expulsos daqui! A qualquer momento podem descobrir que fraudamos a identidade do Zordon!
-Shiiiiu - falou Trini, em sua sabedoria - Não podíamos mostrar a eles um deus com esse nome, né? Só as crianças de antigamente viam qualquer coisa... As pessoas estão mais evoluídas. Precisam de um deus mais poderoso: Nod!
-É... Mas, se descobrirem que Nod é uma pelanca murcha que mora num bagulho de vidro, vão ficar boladões com a gente - Zack falou, no seu canto.
-Mas ele tem poderes! Precisamos fazer essa gente aceitar-nos aqui, vão precisar de heróis como nós quando este mundo estiver perdido... - Falou Billy, sonhador.
-Não sei quanto a vocês, amiguinhos, mas, eu não to nem um pouco afim de saber de Zordon, Nod ou qualquer um desses deuses que não fazem nada - falou Tommy, todo se querendo - Quero ação, irmão... Vamos lá fora, matar geral e falar que o Nod é o deus e pronto. É isso.
Atam me levou para fora, e falou:
-Eles estão preocupados com um nome, veja só... Não tem muita chance de eles ganharem, você não acha?
-Tá pedindo minha opinião? Gente... por um instante achei que você fosse a deusa única deste lugar - eu falei, revoltado que ela nunca tinha pedido opinião nenhuma.
-Se deixam seus cetros livres, os reis sabem os riscos que correm, não é? - disse Atam, ironica - Se você abandona seu cargo por tanto tempo, alguém precisa ocupá-lo.
*pause*
Eu tinha sacado tudo, cara... Aquela mulher que me falava... Era uma cruel anarquista. Ela havia conseguido o poder, com minha ausencia e agora esfregava-o na minha cara.
Eu queria que ela esfregasse outra coisa. Ah, eu queria.
*play*
-Tá, ô das florestas, vamos aonde agora?
-Siga-me...
-E, não, não acho que eles vencerão a eleição.
Naquele momento, já estavamos em outro lugar. Havia uma coisa parecida com uma nave espacial, prateada e talz... Tinha uma coisa amarela correndo entre as naves, mas parava de vez em quando, pra fazer alguma coisa... consegui identificar e quase corri pra beijá-lo! Era o Homer Simpsom, aquele fdp... Estava colando cartazes com o seu rosto e fazendo aqueles tradicionais 'ai!', 'ui!', tendo a certeza de que estava fazendo a coisa errada.
Eu li os pensamentos dele (porque eu SOU UM DEUS!), e entendi tudo na mesma hora. O Sr. Burns havia o mandado para Cinnamon, pagando 15 cents por cartaz colado... E ele estava colando os seus próprios.
-Criatura patética... Nem parece ser pai de família - ela falou, olhando pra ele, com desgosto.
-Ele é só um desenho, desenhos precisam ser animados... Cara... A frase melhor é 'nãooo, mas as camadas de maldade em seu interior...' - parei na mesma hora, vendo que o comentário nao agradava.
-Olhe, estão saindo... O Homer vai ficar cansado já, já... E já sei até o que ele precisa; fique aqui, já volto - ela disse, sumindo de repente.
Aquela mulher tava muito cheia de graça já. Eu ainda tinha que ficar aonde ela queria, até quando ela quisesse? Isso sim, era um absurdo!
O que vi ali me espantou mais que tudo. Fiquei horrorizado e com vontade de soltar as cachorros: Lion e sua gangue de gatos estavam em Cinnamon também. Estavam com seus equipamentos grandes e esquisitos... Um grande símbolo, famozíssimo, ia impresso na lateral de um grande veículo, com aspecto de trator: O Olho de Thundera.
Chitara estava andando com Lion e Tygra, resolvi ir lá, espiar um pouco mais de perto.
-Conseguimos chegar às delimitações? Quais serão os quadrantes de hoje? - Lion disse, viril.
-Iremos mapear leste e oeste; quatro grupos diferentes. Já encontramos uns 8 inimigos; são todos bem hostis - disse a Chitara, toda gostosona.
-Precisamos dar um jeito para criar nossas defesas - disse Tygra - Não podemos nos dar ao luxo de esperar que sejam bonzinhos. Não conhecemos este povo, paramos de ser desenhados em 1990... Seria ignorancia nossa achar que o mundo continua o mesmo...
-Queridinho, venha comigo, por favor - Atam me chamou, quando Lion preparava para dizer algo; não resisti, e esperei que ele dissesse: "Se aceitarem Thundera, como deusa da morte, estaremos muito bem"; sorri e continuei andando.
-Nem uma fofoquinha eu posso fazer...
Olhei mais à frente e vi um único barraco intitulado 'Bar do Moe'... Fiquei azul de curiosidade... Era mesmo o Moe? E lá fui eu. Saí saindo e entrei entrando... Quem estava lá?! Homer Simpsom, querido leitor, Homer Simpsom.
-Oi, cara estranho que nunca vi na vida e que está me olhando insistentemente desde que entrou no bar, quer uma cerveja? - Homer perguntou, em sua infinita falta de inteligencia.
-Você pode me ver, Homer?
-Ainda não tô doidão, garoto.
-Acho que eu tô, Homer.
-Moe, está vendo esse cara aqui, do meu lado?
O Moe e seu nariz viraram para mim, mas o dono do bar apenas colocou seu pano no ombro e falou:
-Quem está sentado aí Homer? O Alcolismo?
-Cara, - disse Homer olhando para mim - desculpe, mas, na semana passada minha mulher disse, disse que quando eu começasse a ver pessoas que não existem é porque elas, de fato, não existem, então, converse com o Moe, enquanto eu vou embora sem pagar a conta.
E ele deixou seu caneco de chope ali, no balcão, pela metade, e saiu correndo, desesperado com sua barriga á frente. Voltou correndo e tomou a metade que faltava e correu de vez.
Saí do bar do Moe, deixando o cara livre e sem entender porque os Simpsons estavam ali. Fui falar com Atam.
-Eles vieram por acidente, se é o que quer saber - ela explicou, pausadamente - O Sr. Burns contratou Homer para divulgá-lo como deus da morte, eles julgam que se Burns venceu a morte, é capaz de ter poder sobre ela... Burns não pode ser deus de nada, no máximo deus do dinheiro em Sprinfield... E eles nem estão tão deseperados, ainda estão sendo desenhados... O problema mesmo é quem já não tem mais espaço.
-Tem mais gente aqui?!
-Tem... Vou tentar mostrar todos...
Aparecemos em outro lugar, agora parecia beira de praia, tipo, litoralzão! ^^
-Ta vendo aquela navio gigantesco? - ela falou, por fim.
-Obvio - respondi, com raiva. Ela sabia que eu estava vendo aquela merda de barco.
-Está Ariel e seu marido, vieram representar o pai dela, o Rei Tritão... Em seu desejo por ser um deus numa terra nova... Claro que é batalha perdida... Deus da morte não pode se resumir ao mar. E ele não é lá muito chegado a ter pernas.
-Gente... Que coisa, hein?
-Ali atrás, na floresta, está Alice e o Chapeleiro Maluco, querem montar a campanha da Rainha Branca... Alice já tá na hora de procurar um homem, esse negócio de País das Maravilhas... Hum... O ultimo homem que me propos isso, me deixou nessa merda que to agora.
*pause*
Como pode uma deusa falar assim com seu pai Criador, gente? Alguém me explica? Fico bege, azul, rosa-choque, laranja... ¬¬
*play*
-Tá virando palhaçada já, hein? Que isso? Festa dos contos de fadas?!
-Meu querido, os Meninos Perdidos estão voando por aí, divulgando o Peter Pan; os Sete Anões tão correndo aos montes com fotos de Branca de Neve; até uns adolescentezinhos pirados estão divulgando seus personagens preferios... Os mais votados até agora são o SuperHomem, a Mulher Maravilha e o Michael Jackson.
-Ta dizendo que essa galera toda tá aqui? É isso?
-Sim... E não acaba por aí: Christina Aguilera estava quase empatada ao Renato Russo... E Cazuza, não fosse o fato de ser brasileiro, ganharia facinho... Sabe como é, né? O povo acha o 'Ingrês mais melhó de bom'.
-Sim... Virou bagunça, sim.
-Sabe o Mestre Sprinter? Aquele rato idiota que era geneticamente modificado, por isso era gigantesco? Sim, sim... O Mestre das Tartarugas Ninjas. Eles também estão aqui... Só a April não veio... Odiava quando aquelas tartarugas retardadas falavam esse nome. Que vozinhas irritantes.
-Vem cá... Como você pode saber disso, se não pertence ao meu mundo, só a este?
-Queridinho... Eu estou dentro de você. Tudo o que você sabe (por mais obsceno que seja), eu também sei. E sei, inclusive dos seus pensamentos quanto a mim... Mas, não falaremos disso agora.
-E as Tartarugas estão aqui, então?
-Sim, sim... Até o Smilinguido, todo smilinguido mesmo, tentando fazer as pessoas entenderem que tudo isso é coisa do diabo, que somos todos demônios e que só o deus dele é único e verdadeiro... Fazer o que, né? Abrimos eleição a qualquer deus, existente ou não.
-Sempre achei o Smilinguido fofo demais... Só que, ele é um vacilão, quer converter todo mundo, pow! Sacana, ele...

- Contrata-se um Deus - 4º Temporada - Parte 2

E QUANDO ACHA QUE JÁ ACONTECEU DE TUDO...

Ela apontou mais pra frente e mostrou um grupo de crianças logo ali, eram Pedro, Edmundo e Lúcia. Eles, sim, de Nárnia... Mas faltava Suzana. E eles estavam colando cartazes nas ruas, escondido dos outros.
-Eles chegaram esta noite... Estão espalhando cartazes e ainda usando artíficios, de que, se Cinnamon tiver Aslam como um deus da morte, a justiça da hora da morte será perfeita. Enfim, seus argumentos são vazios, mas, podem influenciar em outros tantos deuses, que vou te mostrar em seguida - ela parou de repente de falar e apontou pra outro canto da rua, bem mais atrás de nós - Ela também veio, mas está sabotando o trabalho dos irmãos... Ela está escrevendo coisas absurdas sobre Aslam nos cartazes. Mas, não terá muito impacto.
E correndo de cartaz em cartaz, ia Suzana, bonitinha, mas, cheia de sarda e talz... Mas até que são bem sensuais aquelas pintinhas aqui e ali.
De repente, já estavamos em outro lugar. Era uma praça, bem bonitinha até, e ali, no meio, ia uma estátua. Um homem velhíssimo, de barbão, cabelão... Meu Deus! Aquele era Alvo Dumbledore! Absurdamente estúpido, com uma varinha na mão, que dava-lhe uma grande aparência homossexual. E isso não me excita.
-Harry Potter e sua trupe invadiram nosso mundo também - ela disse, sorrindo, olhando a estátua, que dizia (e ela falava mesmo!) "Vote Dumbledore, para que a Morte seja honrosa!" - Ele mesmo fez a estátua anteontém. Ele tem grande chance de ser aprovado como Novo Deus da Morte. As pessoas simpatizam por ele não ser um Leão.
-Mas eles até que foram menos bizarros, uma estátua é suficiente... Agora colar a cara de um leão por aí é uma falta do que fazer...
-Não, não... Infelizmente eles foram além do que acreditamos. Veja.
Eu olhei na direção que ela apontou... Cara, uma casa enooooorme, muito grande, toda colorida, muito, muito, muito... Na frente da casa, uma faixa enorme, que mudava de cor e de dizeres, vinha assim:
"Com Dumbledore a Morte não será Negra!"
"Vote num mundo colorido!"
"Vote certo"
Eles estavam todos loucos, isso sim.
-Ali dentro estão Harry Potter, Hermione Granger, Rony Weasley, Neville Longbottom, Luna Lovegood, Gina Weasley, os Gêmeos Weasley (que estão vivos) e até a coruja Edwiges (que não morreu) está lá também.
-Sério?! Posso ir lá ver?! Cara, meu sonho, ver o Harry assim, saca? Fico tooooodo assim, sei lá. Posso?
Ela me olhou, como se me definisse 'gay' com uma unica olhada.
Dei de ombros e continuei andando, na direção da casa colorida. Era o Harry, cara! ^^
Entrei e vi o povo lá, sentadinho numa sala e talz. Ninguém podia me ver, porque eu não queria ser visto. Estavam falando coisas sobre as eleições.
-Neville, precisamos fazer a AA cair... Estão ficando fortes, não podemos perder! Nossos livros já acabaram, não temos mais saída. Depois do sétimo, não tem mais.
-É Harry nós todos sabemos... Mas, como fazer a AA cair?
-Precisamos derrotar o cabeça. O mestre deles. Topam? Precisamos continuar vivos, pessoal. E pra isso, é preciso fazer Dumbledore um Deus de outra história... Assim, certamente, continuaremos a sermos lidos por ai.
-Acha mesmo que conseguiremos chegar a eles? São cavaleiros! Também usam sua magia divina sei-lá-das-quantas... Melhor não investirmos nisso, vamos acabar com uma guerra numa história que não é nossa... Mancharemos nossa reputação, e ninguém, absolutamente ninguém Harry, vai sequer voltar a imaginar que poderíamos ter ficado juntos do final, não fosse aquela desgraçada, maldita... Aquela peste que nos escreveu.
Todo mundo ficou meio tenso na mesa. Harry estava disposto a lutar até o fim, mas não pensou que pudessem perder uma chance e a reputação ao mesmo tempo. Precisamos bolar alguma coisa mais estratégica.
-Vamos continuar pensando então...
Aí, cansei da cara deles e meti meu pé. O povo tava querendo enfeitiçar alguém. Quem?
Gritei Atam que já estava se engraçando com um homem lá. E ela veio.
-Quem é AA?
-Vou te mostrar, querido - ela falou e logo estávamos em outro lugar.
A poucos passos de onde paramos, havia uma construção, tipo grega, de mármore, uma parada muito safa!!! Enorme. Meus olhos doeram de não poder entender o que viam. Sentados na escadaria do edifício, estavam nada mais, nada menos, do que quatro cavaleiros. Eram eles. Os cavaleiros do Zodíaco. Usavam suas armaduras. Pégaro, Andrômeda, Dragão e Cisne... E pareciam conversar absortos em algum assunto.
-AA, querido, Adoradores de Athena... Chegaram há uns três dias; conseguiram ergeuer o templo e agora aguardam apenas os Cavaleiros de Ouro, que virão para ajudar na segurança do prédio.
*pause*
Genteeeeeeeeeeeeee... Me mata!!! Os Cavaleiros do Zodíaco estavam ali, na minha frente! O Shun, coitado, não tinha jeito... Era passiva a vida toda. Era muito mulher ele. Ai, ai...
*play*
Eu vi que o Ikki vinha saindo do templo, com uma parada na mão, parecia papel e talz. Comecei a subida com Atam ao meu lado, sem sermos vistos, novamente.
-Seya, enviaram um recado novo... Os caveleiros devem chegar hoje a noite, Aldebaran teve um contratempo, mas virão - disse Ikki, todo machinho.
-Precisamos ir ver Athena ainda hoje - Seya dizia - Assim que chegarem, nos dividiremos e um grupo vai comigo vê-la, enquanto o outro proteje o templo.. Não estou muito confiante naqueles garotos do velho anão. Eles estão muito quietos.
-Não se preocupe Seya, ouvi dizer que não vão fazer nada. Estão esperando que nós o ataquemos... Vai ser perfeito quando os outros cavaleiros chegarem. Poderemos pegá-los desprevinidos - disse Shiryu.
-Dragão, não... A idéia de vir aqui é lutar em nome de Athena, mas, lutar em nossa defesa. Não queremos sabotar ninguém; só temos que ter cautela. O que muito me preocupa é a idéia de que aquele bruxinho gay adolescente, ataca a distancia. Temos que bolar planos contra todos eles.
-Mais alguém? - perguntei a Atam, que olhava Ikki com uma cara de safada.
-Hum... Sim. Vamos.
E lá estávamos nós, no que parecia ser um grande penhasco. Haviam montado um acampamento, com umas quatro barracas e ninguém parecia estar ali. Atam me apontou uma canto, e eu vi, vários jovens, que me deixaram de queixo caído: os caras da Caverna do Dragão!!! Meu deus... Olha... Fiquei bege.
-Éric? O que está fazendo, idiota? Saia daí - gritou Hank vendo que o outro estav a mexendo num fogo próximo onde um caldeirão descansava.
-Eu nem ao menos posso comer neste lugar? Pra que me trouxeram aqui então? Já que nunca conseguimos sair daquele mundinho de merda e todos acreditam que estejamos mortos, e que este seja o fim de nossa história, pra que vir?
-Cale-se! - Sheila disse, levantando-se - Estamos aqui porque nosso desenho já nem é mais exibido em lugar nenhum, a não ser na Globo quando a programação já está caída. Se não tivermos nosso desenho, o que seria de nós? Pior que a morte, é o esquecimento. Desde 1985 nenhum desenho foi feito, simplesmente não esqueceram... Mas, se não for uma nova história, nada mais acontecerá...
-Temos que pensar logo no que fazer com os caras lá coloridos. Eles estavam andando por aí, sei lá fazendo o que - disse Diana.
-Espero que não venham aqui, senão eu vou dar uma superporretada neles! - gritou Bobby e deu uma tacada no chão, que fez tudo tremer - Mestre dos Magos, Deus da Morte!
Mestre dos Magos, meu saco. Eu hein, me irritei que o garotinho loiro e ridiculamente apegado a um unicornio tivesse feito aquilo. O deus ali era eu. Inferno. Tomara mesmo que eles estivessem mortos. Hunf.
Saí saindo, e Atam tocou-me e logo estavamos em outro lugar. Uma mercearia, sei lá. Tinham muitas coisas vendendo. Parecia uma mercearia, mas, por trás delas, tinha uma porta, e atrás dela, seis jovens. Jogando baralho e conversando, entre risos e cigarros.

- Contrata-se um Deus - 4º Temporada - Parte 1

E UNE-SE A FANTASIA...

Caracaaaaaaaaaaaaaa... Eu to conseguindo a proeza de voltar a escrever... E tudo isso, sendo fortemente ajudado pela inspiração de ver esses textos de merda, largados na internet, e que ninguém nunca lê. Kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Não interessa se você está lendo ou não, o que importa é que eu estou escrevendo, porque senão isso vira um tumor maligno.. Não pode ficar guardado.
Voltei á Cinnamon, querido! E voltei mais imponente do que nunca. eu já tinha pego várias manhas daqueles cabeçudos alienigenas de araque.
Da ultima vez em que estive lá, voltei logo com uma muda de Avre. Não poderia, eu, um Deus, só poder ir lá quando eles quisessem. Ora bolas, se sou um deus, único e verdadeiro, preciso estar lá o tempo todo. o tempo que eu quero.
enfim, plantei a Avre lá no cantinho, bunitinha, aquelas folhas verde pra dedéu... aí ela ficou lá, cresceu no tempo normal de uma planta... E um mês depois de minha visita lá, tomei umas folhinhas da planta em mãos, e fui pro meu quarto, comê-las e voltar a Cinnamon.
O processo (que já estava me enjoando) da viagem foi o mesmo. Até que eu cheguei lá... No cheiro diferente, na cor diferente... No lugar, diferente. Alguns cidadãos me viram, e vieram logo falar comigo... Eu confesso PENSEI EM CORRER.
Eu havia esquecido, completamente, que a Nova Raça havia sido aceita bem, e os cabeçudos nem existiam mais... Senti uma certa angústia, por não vê-los ali, demorados e cabeçudos. Os Liphs já estavam muito a frente deles.
*pause*
E eles me reconheciam, cara! Os Liphs, que nunca tinham me visto na vida, me reconheciam! E aquilo era... BOM! Me amarrei na deles. Pareciam com mais atitudes, mais astuciosos... Gostei sim, muito.
*play*
Logo Atam apareceu, caminhando tocando forte no chão; e me chamou para sairmos pelos campos. Acho que ela pensou talvez em me dar, ao menos naquele momento. Acho que não, sei lá.
Aí, a mulher fala:
-Você demorou dessa vez, hein? - e ela falou meio irritada, saca?
-Demorei? Eu tenho que fazer coisas, queridinha - eu falei, estressadinho - Acha que eu faço o que? Só trabalho a cada dois anos em eleições? Você tá superlouca, doida.
-Passaram-se quinhentos e treze anos, desde que você esteve aqui, pela ultima vez - ela disse, entre os dentes, estava ficando meio avermelhada, achei que era melhor mudar de assunto, antes que ela me jogasse um feitiço doido lá.
-E como eles estão? Os Liphs.
-Evoluindo muito rápido; já conseguiram padronizar seus dialetos, já estão começando a encontrar outros como eles... Ainda não tivemos guerras ou batalhas, não coisa que pudessemos contar como certas...
-E a devoção? Estão nos adorando e nos amando? Ou já começaram a esquecer?
-Pior do que pode imaginar... Abrimos elições pra outro deus. Precisavamos de um deus da Morte; um Deus responsável somente por isso... Até porque, se as pessoas não morrem, nada acontece. Precisamos mudar as gerações, e por isso... Um deus somente da Morte. Justo, fiel, sincero e muito, mais muito paciente, porque esse povo pra morrer, faz um drama...
*pause*
Eles estavam 'elegendo' um novo deus. Ok. a primeira coisa que se passou pela minha cabeça, era o fato de que eles queriam me eliminar. Eu era o que então, cara? Eu levei tanta gente pra uma vida melhor (que nem sei onde é), que não acho que eles tivessem sido legais comigo... Mas, enfim, vou contar a história.
*play*
-E quem poderia ser deus? Qualquer pessoa? Qualquer um?
-Não exatamente... Nós, como somos um mundo incapaz de ser tocado pelo seu, fazemos parte de uma coisa chamada 'Fantasia'. Nosso mundo se liga com vários outros... Alguns encatados, outros não... Mas vários... Mundos como o nosso, um mundo inventado.
*pause*
Ela meio que me arrasou, mas, eu deixei passar.
*play*
-Sendo assim... Deixamos isso exposto a outros mundo. Cinnamon precisava de um deus... E o que aconteceu foi uma catástrofe, foi mostrar a você o que significa um mundo mágico compartilhado e seus defeitos quando se quer eleger um novo deus.
Atam me levou pras ruas, e começamos a caminhar de uma esquina, bem bonitinha até. muito verde. Adoro verde, gente. Mas, não era disso que eu queria falar. Escuta, ou melhor, lê.
Vi uma coisa que não entendi, mas, estava assim: Um leão gigantesco na foto, com a boca aberta, reluzia ao sol, com as palavras: 'Vote Aslam! Justiça e Religiosidade!'.
*pause*
Brother... Eu fiquei PPPPAAAASSSSMMMMOOOO! Como assim, Aslam ali? Cinnamon era minha queridinho, pegue suas crianças e vá já longe daqui, amado!!!
*play*
E continuamos andando, Atam sorridente mas mostrando-me outros tantos cartazes que iam colados em árvores, casas e tudo o mais. de repente ela parou, e me fez parar também... Mulher com pegada, querido, olha... Nem falo nada.

-A Nova Raça - 3º Temporada - Parte 4

E A RAÇA PROSPERARÁ

-Como deusa maior, em sua ausência todos esses anos, vi coisas terríveis acontecendo – ela falou, e uma
lágrima brilhou em seus olhos – Não tínhamos o poder de controlar a morte, podemos arrancar o corpo da terra, mas, a alma jamais... E não tivemos escolha, começamos a procurar uma forma de isso acontecer; qualquer coisa que nos ajudasse a tirar essa raça imunda que vive em nosso mundo... Eles são lerdos, são estúpidos, não evoluem como nós! São criaturas extremamente burras. Não favorecemos em nada para eles há muito tempo... mas, agora, eles já sabem que não podemos matá-los, por isso, não rogam mais por ninguém. Se não nos livrarmos deles o quanto antes, vamos desaparecer.
*pause*
STOP TOTAL!
Essa coisa de ‘vamos de desaparecer’ é uma furada... Eles sempre dizem isso, e ninguém nunca desaparece, é uma espécie de teste de popularidade... Não suporto essas paradas, queria deuses novos também; pensei: não sei o nome dos deuses!
*play*
-Quero saber o nome de vocês, agora – eu falei, e começaram a se apresentar.
-Enayat, deusa da água e da vida.
-Ailatan, deusa da madeira e da saúde.
-Adnama, deusa da caça e da virtude.
-Atam, deusa da floresta e da sabedoria.
-Akissej, deusa da música e do encanto.
-Anilorac, deusa do fogo e da magia.
-Ordnael, deus da terra e da esperança.
-Hum, estranho, enfim... Vocês acreditam que devemos destruir essas criaturas? Sem nem dar-lhes uma chance? Eles é que nos deram fé até hoje! – eu falei, querendo apaziguar as coisas.
-Então você poderia dar um jeito nisso – falou Atam, que foi bastante arrogante no meu ponto de vista. Povo grosso.
-É só matarmos as pessoas, levarmos suas almas... e tudo ficará em paz como sempre! – eu falei, era onisciente, brother... eles não podiam discutir.
-Eles não são criaturas que mereçam nossa atenção! Será que você não vê? Eles são lerdos, sem personalidade... são apenas recipientes onde depositamos nossas frustrações ou alegrias... Eles são ocos por dentro, não aprendem com facilidade... Ficaremos aqui para sempre, e eles continuarão assim, lentos, burros, obedientes... – falou Anilorac, explodindo sua fúria.
-Você sem um computador fica estressada demais, menina... Vou criar computadores em Cinnamon – eu falei, para a réplica viva de Carolina á minha frente.
-O que? – ela perguntou, com cara de surpresa e curiosidade.
-Vamos votar, então – eu falei, como sempre, o diplomático... inferno de diplomacia... queria era tacar fogo em tudo, mas, os cabeçudos eram maneiros – Quem é a favor do extermínio total dos Humns, para que uma nova raça seja criada e que possa prosperar, segundo as teorias de Atam, por favor, levante a mão.
Só Enayat não levantou a mão. Afinal, ela era deusa da vida, enquanto houvesse vida, ela estaria ali, presente, concebendo milhares de filhos para aqueles bilhares de seres cabeçudos que estavam superlotando o meu mundo!
-Acredito que possamos resolver tudo isso, fazendo com que o percurso da vida siga, como deve ser – disse Enayat, em sua imponência – Que a morte leve os idosos e os enfermos, mas, que possamos rogar pelos que ainda rezam em nosso nome. Quantos altares temos em todo o mundo. Somos amados e adorados por eles... uma nova raça, pode não nos deixar no poder por muito tempo. Veja como é o Outro Mundo! Lá eles matam deuses e criam outros... Não podemos simplesmente esquecer que o que somos até aqui devemos a eles.
-Só porque você é beneficiada demais com isso, Enayat! – disse Adnama, levantando-se repentinamente – seu poder aumenta com a vida, quanto mais almas o mundo tiver, mais forte você fica... Mas, já não há animal suficiente a ser caçado, não peixe a ser pescado... estamos vivendo uma crise... porque o povo come mais do que produz... Estamos vivendo uma era de transformação!
-E Transformando o mundo, transformaremos os Humns. Eles não devem ficar em nosso mundo; demos a terra para cultivo, os animais para a caça e água para matar sua sede... e olha o que eles fizeram? Destruíram tudo. Não são dignos – falou Atam.
-O erro não é deles, Atam! – eu falei, e no segundo seguinte, me arrependi, sabia que ia ter que assumir aquela merda... já tava puto de só fazer merda naquela porra – Se eu tivesse permitido que as almas fossem levadas, que as pessoas morressem, com certeza não estaria assim... A culpa... É minha.
Todos se entreolharam, certamente já tinham chegado àquela conclusão antes de mim. Não interessava, eu estava deixando o orgulho de lado e fazendo o papel de homem que me cabia. Assumindo a responsabilidade.
-Vamos lhe mostrar como serão as novas criaturas, venha – disse Atam, andando para fora da mesa.
Ali atrás, alguns centímetros do chão, uma bola luminosa pairava no ar, apenas um brilho avermelhado ela emanava; Atam tocou a bola de luz, e ela começou a escurecer e tomar forma, bem á minha frente.
Ali, parado, de pé, encontrava-se um ser nu, menor que eu uns vinte centímetros; tinha orelhas bem humanas, mas, eram pontudas para cima; era magro e esguio, tinha poucos pêlos por todo o corpo e narizinho fino e quase inexistente; os cabelos eram claros, mas a pele era parda, nem preto, nem branco...
-Esta é a criatura de nosso novo reino – ela disse, orgulhosa – Todos nós participamos da criação; ele deve ser menor, para desde já mostrarmos nossa superioridade; soprei-lhe alguns conhecimentos, para que seja sábio; Anilorac deu-lhe uma fagulha de magia, para que possam resolver seus pequenos problemas sozinhos; Akissej encantou-o com a beleza de um deus, para que sempre lembrem de nós, mesmo que não haja fé, haverá vaidade; Adnama deu-lhe várias virtudes, para que possam ser diferentes, mas, iguais; Ordnael deu-lhe a esperança de um mundo novo e próspero; Ailatan preencheu-os de saúde, para que possam sobreviver aos perigos de um mundo novo... Falta apenas que Enayat sopre vida nele... E você precisará despertá-lo.
*pause*
Choquei completamente, né?
Os caras haviam trabalhado a idéia de criar aquela criaturinha que era bem mais bonita das que eu havia feito... E eles eram tão bonitinhos, eram magros, como os anteriores, mas, não tinham aquela cabeça enorme, e não eram bizarramente feios.
Me senti um deus de Merda por ter criado umas aberrações daquelas... e vi que era bom.
*play*
Voltamos a mesa de pedra e eu falei, ainda emocionado com o que estava prestes a fazer.
-A nova raça prosperará, serão felizes no nosso mundo, mas, os Humns não deixarão de existir – e todos os deuses ficavam boquiabertos – Não, eu não quero deixar a todos eles, juntos... Mas, os Humns, por sua falta de conhecimentos e lentidão, serão mantidos nas cavernas, nos túneis e nas montanhas... não poderão conviver em sociedade com a nova raça, e, pela lentidão dos Humns, demoraremos bastante a termos noticias de que os Humns e a nova raça se encontraram. Os velhos e enfermos morrerão, pois é o desejo deles. E eu me encarregarei de levá-los, a um caminho melhor. Quanto aos outros, cairão em sono profundo, e eu os levarei para os subterrâneos e quando acordarem, não lembrarão de vida fora daquele lugar.
-É justo, senhor – disse Enayat, concordando com a cabeça.
-Ailatan e Akissej, por favor, preciso que façam com que eles caiam num sono profundo... Ailatan, separe os enfermos e idosos... Temos muito que fazer.
*pause*
eu estava me sentindo muito deus... eu havia acabado de aprovar um projeto de vida, bicho! Tirei muita onda, cara... queria ser sempre inteligente daquele jeito...
*play*
-Qual será o nome da nova raça? – perguntei, curioso.
-Liph, os Liphs!
-Hum, um tanto obvio, mas, tudo bem... É com vocês mesmo – eu falei, sorrindo, achando graça daquela coisa toda, de uma hora pra outra.
Quando tudo terminou. E as deusas voltaram, informando que já estava tudo pronto para que começássemos os trabalhos de redefinição de tudo, fomos nós para a mesa, de onde conseguíamos ver tudo...
Eu fiz com que uma peste assolasse vilas, aldeias, reinos e cidades inteiras... vi as pessoas morrendo (tudo bem que eles eram feios, mas, era triste ver a tristeza daquelas famílias... =/ ), e aquilo fez com que eu me sentisse mal; não era bom matar ninguém.. e aquele lugar deveria esticar de acordo com a população... e não obrigar-nos a tirar nossos próprios sonhos de onde estão...
Enquanto isso, Ordnael preparava túneis e imensos buracos no fundo do mundo, para que os Humns pudessem continuar a viver; Enayat enviou tsunames do tamanho das montanhas, que, não afogavam os Humns que nós não queríamos. Anilorac lançou centenas, talvez milhares e bilhares de bolas de fogo, que vinham do espaço, e destruíam tudo o que viam pela frente... era o mundo, acabando, para que começasse de novo. Com os poderes de Atam, as florestas logo voltaram a florescer de novo, e tudo o que era bom manteve-se no mundo... como se nunca tivesse havido qualquer criatura naquelas terras.
Acordei os Liphs... Separamos eles por regiões, acreditávamos que dessa forma, seria mais interessante quando eles se encontrassem... Iam brigar por tudo mesmo, melhor seria se eles pudessem brigar pelas coisas muito tempo depois...
-Atam? Como faço para voltar à Cinnamon? Eu não posso usar Avre sempre... Não tenho Avre sempre... – eu falei, meio irritado com aquilo, como poderia eu, ser onisciente e nem ao menos saber como entrar no meu mundo?
-Só com o uso da Avre, não há outro jeito – ela falou, superior – O senhor pode levar um pé da árvore... Assim terá sempre que quiser.
-Levar um pé? Não, não... Eu não saberia cuidar da plantinha... Não poderia ser... através de magia, talvez? – arrisquei.
-A magia não funciona em seu mundo... O que nos liga ao mundo em que vive, é a Avre... Não conseguimos identificar nenhuma outra coisa que faça isso – ela dizia – Com os Liphs será muito mais fácil. Eles descobrirão coisas nesse mundo enorme...
-Espero que sim... Mas, acho que vou levar uma boa quantidade dessa coisa... Preciso muito provar pra CERTAS PESSOAS – e gritei para que aquelas safadas fantasiadas de deusas pudessem ouvir – que este lugar existe.
Atam fez um vaso com uma plantinha bonita, de folhas grandes e uns frutos verde limão aparecesse, bem diante dos meus olhos... e me entregou. Aquela era a árvore mais preciosa da minha vida.
-Beuz não vai gostar nada disso... – Atam falou, de repente, enquanto caminhávamos pelos campos próximos – Ele vai precisar se popularizar entre os novos habitantes... Quando eles descobrirem que existem mais deles por aí, e começarem e se comportar como uns idiotas que querem as terras uns dos outros, Beuz estará lá, para servir seus conselhos de guerra...
-Vai demorar muito até que eles consigam esse poder todo, calma... – eu falei, os caras nem tinham feito fogo ainda, imaginei como seriam os pulos depois que eles descobrissem que queimava.
-Espero que sim, porque, quando as batalhas começarem, eles vão precisar conhecer muito de nós... Temos que firmar nossa fé.
-Não dá pra adiantar isso? Temos que ver eles descobrindo tudo? Cada coisa? – eu perguntei, vendo que os Liphs andavam de um lado pro outro, encontrando coisas, e pulando feito macacos, quando algo os chamava a atenção.
-Não, não podemos adiantar o tempo... mas podemos ver o futuro, quer?
-Ver o futuro? Ah, deixa pra outra hora, agora, to indo dormir...

-A Nova Raça - 3º Temporada - Parte 3

O QUE HÁ DE NOVO SCOOBY DOO

Entrei no palácio abrindo aquelas portas ENORMES e me sentindo num filme com produção baixa... enfim, entrei no salão do trono, mas, o rei não estava lá. A esta altura uns quatro ou cinco guardas reais vinham atrás de mim; pedindo-me conselhos e bênçãos... mandei todo mundo ir pro Caralho, não tava muito afim de lero. Aquele povo nunca me via, e agora só sabia pedir? Eu hein. Mandei sim, todos irem pra este confortante lugar e de desabafo emocional enorme: A Casa do Caralho.
-Chamem o rei, imediatamente – eu falei, meio onipotente, com aquela voz de galã mexicano... Uma espécie de Carlos Daniel em outra dimensão.
Saíram quase todos, menos um, um velhinho...
*pause*
Imaginem que um velho é alguém pelancudo e curvado, e você verá um centésimo do que via ali, parado a minha frente. Uma criatura do meu tamanho, com uma cabeça enormemente maior que a minha, seu corpo frágil e curvado... e aqueles chumaços de cabelos brancos, que iam ali e aqui, dando uma desesperadora sensação de que o velho estava doente...
Repugnei-me com classe, sem deixar que o velho percebesse... muito.
*play*
-Meu Senhor... Como está? – o velho enrugado perguntou, cheio de confiança.
-Estou bem, monstrinho, e você – perguntei, ríspido, para que o velho entendesse que eu não estava para muitos amigos aquele dia.
-Lembra-se de mim, senhor? Lembra-se? – a criatura perguntava, com a cara ainda mais enrugada.
-O senhor... Do Vale dos Sábios? Ah, claro... – eu falei, era onipotente, porra, eu sabia tudo.
-Não, senhor... Sou Taltoltzmoth, fui buscá-lo em sua terra quando esteve aqui, a ultima vez – a criatura tentava falar, em sua voz que sumia de quando em vez.
-Taltal, é o seguinte, brother... Tu ta velhão hein? Por onde tu andou esse tempo todo?
-Servi ao nosso senhor para que servisse bem ao meu Rei – e fez uma reverencia que quase não percebi, pq já era bem curvado (tive vontade de empurrá-lo um pouco mais para baixo) – Quando o senhor esteve aqui, da ultima vez, eu era moço... Mas agora, trezentos anos depois, o tempo me pegou...
-E pegou de jeito, bicho...
*pause*
Mas naquele momento eu estava vendo tudo... Que aquela MERDA de lugarzinho, era igual aquela escrota da Nárnia... Porra! Eu tinha ido ali no dia anterior, Brother... O bicho tava me dizendo que ele já tinha trezentos anos a mais... que putaria era aquela???
Resolvi que não ia me sentir abalado. Eu era onisciente. E eu precisava deixar isso claro ali, naquele momento.
*play*
-Bom... E o que queres de mim, Taltal? – eu perguntei desconfiado, velho safado.
-Se fosse possível, meu senhor. Gostaria que o senhor levasse meu espírito, estou velho e já não sirvo tão bem como antes... dediquei minha vida ao senhor, para servir ao meu rei, mas, agora, sou inútil e não sirvo para combates.... Por favor, leve-me.
Cara, o velho chorou rios na minha frente.
Achei até meio dramático demais... eu hein, só trezentos anos me louvando? Nada disso... tem deus adorado há muito mais tempo que eu... ta na hora, vamos adorar! Mas, levei em consideração os inúmeros acréscimos que os idosos resolvem fazer nas histórias...
-Hum, e porque eu deixaria que você morresse? Sei que é um homem bom e louva ao deus verdadeiro!
-O senhor, em trezentos, não levou alma nenhuma... Nosso mundo está prestes a acabar... Nossos alimentos não estão crescendo como antes... Os outros deuses não estão fazendo nada para mudar esse quadro... Não querem ajudar em nada. Estamos prestes a sofrer com a superlotação...
*pause*
e nessa hora, dramática, que a câmera se afasta rapidamente, ultrapassando também a abóbada e então o bairro, a cidade, o pais, e aí aparece a Terra.... o mundo inteiro, superlotado.... ¬¬’ Choquei.
*play*
-Como é que é? Ah, caralho, eu vou ter que vir aqui todo dia pra resolver pepino? E quando eu resolvo os meus? – vociferei, meio estressado com aquela palhaçada.
-Senhor... os deuses menores não estão preocupados conosco... Eles estão desenvolvendo uma nova raça... Querem nos exterminar, para que essa nova raça progrida... eles acreditam que somos o que incomoda o crescimento de nosso mundo...
-Cara, tu é um ancião agora, né? Pq tu sabe de tudo, bicho, me conta coisas, vai.
-O Imperador Shuntziohju, mestre das artes negras, é o porta-voz de Beuz... Eles estão construindo um exército, para atacar a nova raça... Beuz está lucrando muito... ele está conseguindo seguidores, que já não suportam mais viver... ele promete levar-lhes para outro lugar, qualquer que seja, para que recebam a paz...
"Shuntziohju, recebeu poderes de Beuz... Ele agora, pode ser considerado um semi-deus, alguém tão poderoso quanto um, mas ele não pode levar ninguém... Nem Beuz pode, mas, eles estão desacreditados, imaginam que o senhor é quem nos abandonou novamente... e por isso, está acontecendo esta revolta..."
-Tá... Mas, os outros deuses, brother, eles não seriam mais felizes matando todo mundo então? Expurgando todo mundo dessa Merda, tudo volta ao normal e eles criam uma nova raça... perfeito, não?
-Na verdade, não, senhor... Temos apenas uma regra de aspecto espiritual aqui em Cinnamon, senhor, e ela é ‘nenhum outro deus tomará tua alma, pois ela é propriedade minha’... Logo, eles não poderiam fazer nada. Só esperar... Mas, de alguma forma, um dos deuses, segundo o porta-voz da Deusa do Fogo, já descobriu uma forma de destruir nossos corpos... e esperar que o senhor volte, para levar nossas almas...
-Bicho, isso agora ta com cara de conto de terror, saca? Eu não quero alma de ninguém, brother... eu não sou satã... ele que cobra almas... eu só quero resolver meus problemas... Mas, eu to vendo que não vai dar né?
-Meu Senhor, Shuntziohju já está com quase todo o seu plano concluído. Ele já tem criaturas o suficiente para guerrearem conosco – Taltal falou, se sentindo o tal.
-Meu Senhor Maior – disse uma voz esganiçada vindo apressada pelo corredor, usava uma coroa e um manto real impecáveis; não era o rei Bauniss... – Sabíamos que o senhor viria, sempre soubemos!
Alguém pigarreou ali perto. E eu arqueei as sobrancelhas pro Rei, que encolheu-se.
-Queríamos ter a certeza de que o senhor voltaria – ele disse, humildemente – Mas, trezentos anos depois é um pouco difícil de manter a fé, meu senhor.
O rei estava falando de cabeça baixa, e os outros acompanhavam o gesto.
-Quem é você? – eu perguntei, sem entender do que aquele homem falava.
-Sofghdukltuon, rei de Leste e das Ilhas sem nome.
-Softu, é o seguinte, bicho, não sei o que esperam de mim, mas, se esse cara aqui me disse a verdade, eu to metendo o pé, já... – eu falei, já virando as costas, sem nem saber pra onde ia.
-Meu Senhor, não faça isso – implorou Softu, ajoelhando-se – nosso mundo está prestes a acabar, os Humns estão guerreando por água e comida... As mulheres não param de engravidar e as pessoas não morrem... Simplesmente não morrem, ou, não morriam...
Um dos deuses descobriu como levar as almas, e está fazendo isso com uma velocidade enorme... Brevemente conseguirá tantas almas quantas forem capazes para tornar-se mais poderoso que o senhor...
-O que é, hein? – perguntei, absorvendo com uma certa irritabilidade aquelas palavras – Quer dizer que pode então, existir um deus maior do que eu? E, deixa eu adivinhar? Fui eu quem propôs esta Porra!
-Sim, senhor, foi sim – o rei disse, um tanto enrubescido – O que importa é que neste momento, o senhor ainda tem chances de resolver isto! Apanhe mais almas que o outro, e o senhor continuará sendo o único, para sempre!
-Para sempre só me fode, queridão – eu falei, atrevido e irritado – Ou eu posso também, destruir esse deus de merda que está querendo comandar tudo aqui e todo mundo fica feliz, pode ser? – eu falei, achando a opção tão obvia e ridícula...
Bom, depois daqueles conselhos cada vez piores, resolvi que ia agir por conta própria... eu é que era deus naquela merda, e deus não ouve ninguém, ele faz o que quer, e ponto. E eu também. Fiz o que queria, imaginei um sorvete gigantesco de flocos... e fui comendo, enquanto caminhava, meio feliz, meio refrescado. Enfim... caminhei até o Vale dos Sábios... E se eu dissesse que havia visto milhares de Humns, eu estaria mentindo... haviam bilhares, talvez trilhares e quadrilhares... eram muita cambada de gente feia por metro quadrado; era assustadora a forma como aqueles bichos haviam se reproduzido...
Sabia porque os deuses queriam destruir aquelas criaturas abomináveis: eram como lagartas numa árvore, como ratos no esgoto... eram asquerosos e ainda por cima, multiplicavam-se assombrosamente. Me bastou alguns minutos de uma caminhada com muitos esbarrões e com licenças e desculpas; um lugar extremamente cheio, demasiadamente apertado e estupidamente feio.
Cheguei ao Pico do Conselho de Pedra, onde os deuses se reuniam em Cinnamon... E não me surpreendi, quando vi todos os deuses ali, sentados, discutindo fervorosos o destino do mundo que eles queriam; um mundo mais bonito e mais inteligente, certamente.
-Senhor! – gritou a deusa da sabedoria, quando me aproximei e fiquei em seu campo de visão.
Vários pares de olhos me encararam. Alguns surpresos, outros felizes e até pude jurar que vi um enraivecido... mas, Beuz não estava ali. Havia sido expulso.
-O que está acontecendo dessa vez?- eu perguntei, tomando meu lugar na mesa.
Todos começaram a falar imediatamente, as palvras ‘gnomos’, ‘feios’ e ‘lerdos’ nunca haviam sido ditas em tão grande proporção num grupo de pessoas tão pequena. E não pude entender nada do que diziam.
-Calem-se – e, imediatamente tudo silenciou – deixem que a Deusa da sabedoria fale; ela é minha regente, afinal.
A deusa da sabedoria empertigou-se em sua cadeira e pôs se a falar, com aqueles peitões num decote perfeito.

-A Nova Raça - 3º Temporada - Parte 2

A CONVERSA ESCLARECEDORA

Depois de um dia quase enlouquecedor de tanto tédio, eis que o MSN emite aquele som irritante, que já fiz questão de silenciar; a janela que se expôs trazia um nome conhecido...
Tαti PєRєiяα
Oiiiiiiiiiii Nem!
;) Léo Carpe Omnium
Eaí!!! Como você ta?
Tαti PєRєiяα
Td bem. Qnd vc vem no Flamengo?
;) Léo Carpe Omnium
Não sei, Tati... Acho que semana que vem!
Tαti PєRєiяα
Vai ter uma festa aqui, na Casa Rosa, vem?
;) Léo Carpe Omnium
Não tenho estado muito bem; acho que to ficando maluco, Tati... Acho que não é uma boa idéia ir pra uma festa, sabe?
Tαti PєRєiяα
Pq?
;) Léo Carpe Omnium
É uma longa história, não dá pra contar por aqui...
Tαti PєRєiяα
Mas vc ta bem? O que ta acontecendo?
;) Léo Carpe Omnium
Tati... Se eu dissesse pra vc que Cinnamon é um mundo que eu criei, vc me acharia doido?
Tαti PєRєiяα
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Tendo em vista a sua criatividade que vive fluindo, eu acharia possível.
*pause*
Cara, percebam que naquele momento Tatiana me dava esperanças de que a loucura não fosse a saída! Existia Cinnamon... E ela ia me ajudar a descobrir onde, de fato, estava aquele lugar.
*play*
;) Léo Carpe Omnium
Sério? Vc acredita mesmo em mim?
Tαti PєRєiяα
Claro, ué... Vc ta dizendo, eu acredito.
Me conta desse lugar.
;) Léo Carpe Omnium
Cara... É um mundo inteiro, e lá eu sou deus...
Eu posso td!
Tαti PєRєiяα
Hum...
;) Léo Carpe Omnium
Então, agora só usando Avre pra ir lá...
Tαti PєRєiяα
Peraí, Avre?
Mas esse é o nome de um rio, na França.
*pause*
Bicho... Meu coração tava muito disparado; precisa dizer isso.
Eu estava com meu atestado de idiota ali, prontinho pra assinar. Pensei automaticamente ‘no guia para internautas’ (cara, o Word nem reconhece essa palavra também, burrão), Aí fui lá, no Google (que o Word também não reconhece... a microsof tem tanto grilo assim, cara?), e encontrei a informação que a Tati me dizia... Era aquilo mesmo.
*play*
;) Léo Carpe Omnium
Cara, nunca tinha pensado em buscar no Google...
Tαti PєRєiяα
Não procurei no Google... Biancão já esteve na França... Ela me falou de alguma coisa nesse rio, mas não to lembrando.
;) Léo Carpe Omnium
Então me conta, bicho! Lembra aí!
Tαti PєRєiяα
Acho que é perigoso, sei lá
;) Léo Carpe Omnium
Ta vendo como é verdade?!
Tαti PєRєiяα
Vc disse que avre era uma planta, não um rio... Então tem alguma coisa que não está se encaixando.
;) Léo Carpe Omnium
Eu tenho um pouco de Avre aqui, a planta, vou usá-la e te conto do que ocorrer lá
Tαti PєRєiяα
Ta bom, cuidado hein.
Bjs
Te amo.
*pause*
devo admitir que senti um pouco de raiva; Tatiana estava me deixando sair, e cometer aquela loucura, que era comer de Avre, e voltar a um lugar que ninguém conhecia... nunca achariam meu corpo... enfim...
*play*
;) Léo Carpe Omnium
Bjo, te amo.
Saí do PC certo do que faria. Dentro do guarda-roupa, a Avre descansava, verde, brilhante... ela não estava brilhando na noite anterior, quando mostrei a Carolina.
Não criei caso, coloquei logo na boca e me pus a mastigar.
Deitei-me na cama, sabendo quais eram os próximos sintomas de estar chegando à Cinnamon.
Toda aquela boa sensação de que as coisas estão se formando passou. Estava em Cinnamon e sabia disso porque lá, ao contrário do que é o nosso mundo, o céu sempre tinha tom esverdeado, ao contrário do azul e o sol tinha um tom alaranjado, e clareava tanto quanto o nosso.
Daí senti-me bater contra o chão, e então, onipotente, me curei da incomoda dormência. Andei em direção ao palácio de Bauniss, e cheguei bem rápido... No meu mundo eu poderia até teleportar, mas acho mais chique entrar assim, correndo mais que a luz.
Então...
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:

-A Nova Raça - 3º Temporada - Parte 1

O MALDITO PIMENTÃO

Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça que não me pertencia... Talvez eu estivesse recebendo as dores de cabeça de um alcoólatra que encheu a cara na noite anterior... Um cara que até parecia comigo, e que morava ali, mas, com outra personalidade.
Enfim... Vou lhe contar o que transcorreu depois que mostrei a Avre a Carolina, e você talvez não se surpreenda... Mas, você precisa ter em mente que a Carolina é tudo aquilo o que disse antes, assim você entenderá o porque disso tudo.
-Entendi – ela disse, com uma cara de que realmente estava atenta ao que eu dizia – Ok. Vamos beber.
-O que?! – disse eu, horrorizado! Carolina estava sendo mais cruel do que eu imaginava – eu aqui, mostrando a você, provas, irrefutáveis, do nascimento, da criação de Cinnamon... E você, assim? Cagando?! CAGANDO?!
-Cara, isso é pimentão, verme – ela falou, rindo, como se aquilo fosse algo banal.
-Não é Pimentão! É Avre! Veja! – E quase enfiei naquela cara irritante aquele monte de planta verde.
-Pára! – Carolina gritava, tentando desvencilhar-se do que eu tentava mostrar – Isso é pimentão cara, olha aí, tem até sementes, maluco!
Eu parei naquele momento e olhei para a minha mão. Ela estava certa, cara!
*pause*
Aquela porra, era pimentão, brother... E se tem algo que eu odeie mais que a falsidade, é pimentão! Cara, pimentão fede, é esquisito, tem gosto horrível e ainda é traumatizante, principalmente quando você faz um feijão com gosto de pimentão... Putz... Se o Thuck (sim o Brinquedo Assasino), comesse pimentão, eu não duvidaria... Tipo... É um troço que até hoje não entendo porque foi incorporado aos nossos ‘temperos’... Você vê tudo: tomate seco, cebola em conserva, alho frito... Mas aonde você encontra pimentão nessas condições? É tão ruim que ninguém lembra do bicho... Tá, tudo bem, vou contar a história...
*play*
Quando eu percebi que segurava pimentão (éca), percebi o quanto estava sendo tolo em acreditar naquilo tudo. Afinal, ninguém havia me comprovado que aquele lugar realmente existia; por alguns momentos, eu, realmente, acreditei na possibilidade inconcebível de que minha tão fantástica Cinnamon existia...
Cheirei aquela coisa em minhas mãos, e o pimentão (éca), mostrou-se através de seu cheiro. Estranhamente, não estava seco, ou decomposto, ou murcho... O pimentão (éca), estava novo, parecia ter acabado de ser cortado... E as sementinhas, pontilhavam algumas partes da ‘planta’.
Percebendo que Carolina havia fechado seus olhos para Cinnamon, fazendo que o meu planeta, o meu mundo, não existisse em sua realidade... E que ela faria o mesmo comigo se continuasse a debater sobre o assunto, resolvi aceitar o convite para uma bebida, afinal, quando estamos felizes, bebemos para comemorar; quando estamos tristes, bebemos para esquecer... e quando não estamos nada, bebemos só para decidir como vamos ficar...
Não bebemos pouco. E não conversamos muito.
Resumimo-nos a beber, trocar algumas poucas palavras, eu absorto em Cinnamon, e Carolina num relacionamento de amor profundo com o PC. Ela com um olhar penetrante ao computador, parecia masturbá-lo com os dedos de tão rápido que digitava, e suas pernas iam arreganhadas (como de costume), defronte ao computador, que parecia expor todo o seu prazer através de suas LED’s e seus sons irritantes do MSN...
Eu me mantive firme na idéia de pensar em Cinnamon e naquela túnica – que, ridiculamente, ainda usava.
Então... a dor de cabeça de hoje, veio de ontem... E ainda sinto o gosto da cerveja, claro, aquele guarda-chuva velho teria o mesmo gosto que a cerveja de ontem, acho que, até por isso, eu deixei de comer os guarda-chuvas, e resolvi beber a cerveja... mas o maldito gosto me persegue... rs
Ao acordar, entrei no MSN...
*pause*
Carolina tinha costumes, devo dizer. Esse era um delas, sumir no meio da noite e voltar dias depois dizendo ‘Iaí, Verme’; detalhes que compartilhamos à dois.
Então...
*play*
Nada de interessante havia, porque, ao contrário do que acontecia na minha época de escola, os tempos agora mudaram. Meus amiguinhos não acordavam mas as 7h pra jogarem futebol ou soltar pipas, agora tinha os amigos das 11h, amigos que só estavam começando a trabalhar suas atividades cerebrais lúcidas, após esse horário. Se você liga pra um cara desses às 9h, você está incomodando o Seu Madruga ao meio-dia, sacou?
O dia passou tranqüilo, até porque, vivo num mundo onde não trabalho, porque a sustentabilidade (palavra esta que o Word nem reconhece) é meu forte! E se alguém disser que não estou ajudando na ‘sustentabilidade’ do planeta, ta mentindo, olha aqui minha preocupação...
*pause*
Estou agora me preocupando com a situação ambiental no mundo. Aquecimento global, não!
Pronto, agora concluí.
E é veeeeeerde! *play*
Então... Depois de incendiar uma floresta... Ops... Desculpa, texto errado.

- O Deus Louco - 2º Temporada - Parte 4

O PRESENTE DE CINNAMON

O primeiro nome que vislumbrei foi ‘Any Santana’; era ali mesmo, bicho. Não tinha duvidas. Agente agora é assim, quer falar com alguém, não pega o telefone e liga, é entra na Internet e digita... Coisa tecnológica é bicho.
Aí ta.
Eis que eu digito:
;) Léo Carpe Omnium
‘Oi’
Any Santana
‘Oi!’
;) Léo Carpe Omnium
‘Preciso da sua ajuda!’
Any Santana
‘Se for dinheiro eu não tenho.’

*pause*
O povo é realmente cheio de si né? Na verdade, todo mundo se sente meio rico de vez em quando. Eu tenho tanto que todo mundo que vai falar comigo é pra pedir dinheiro... Ah, eu hein! Ouça os amigos, gente... Quem tem muito, empresta, né? Eu hein... Se eu não precisasse, não tava pedindo! Mas este não era o caso, é só uma brecha.
*play*
;) Léo Carpe Omnium
‘Não é dinheiro. Eu estou louco...’
‘To vendo coisas, falando coisas, e acreditando em coisas’
Any Santana
‘Sim, espíritos existem!’
‘Você sempre foi louco’
‘Falando coisas, é normal, você vive falando coisas, sempre’
‘Vendo coisas? Vendo que tipo de coisa? Tem luz?’
;) Léo Carpe Omnium
‘Existe um lugar, chamado Cinnamon, e eu acredito nele’
Any Santana
‘Você está melhor que eu! Acredito em OVNI’s e nunca vi nenhunzinho’
;) Léo Carpe Omnium
‘É sério. Eu sou deus de lá. E ninguém acredita em mim’
Any Santana
‘Você já foi ao médico? Ainda tem remédio?’

Eu desliguei a porra do computador. Cara, que merda. Ninguém acreditava em mim, e eu ia provar, por A + B que a porra de Cinnamon dos infernos, existia!
Bom, não sei se vocês lembram, mas, lá em Cinnamon eu ganhei uma roupinha de deus e talz... Fiquei todo a vontade com os bagos fresquinhos, lembra né? Então...
*pause*
Agora, eu vou fazer o que todo escritor faz, vamos ver se você saca
*play*
Fui até o meu tão famoso, ilustre e mágico guarda-roupas de Nárnia estava. O meu também famoso, quarto... Peguei a túnica que estava pendurada em um de meus cabides vermelhos de acrílico, e me despi.
*pause*
Percebam que, Carolina é tão viciada nas redes sociais, que ela simplesmente imantou-se, e voltou ao computador, no milésimo de segundo seguinte, do qual eu saí dele...
*play*
Vesti a túnica, na esperança de que magicamente, meu corpo fosse levado para Cinnamon, mas, eu apenas estava com túnica, a maldita túnica gay, sem nada ter acontecido... Foi aí que me veio a idéia.
-Viu, esta túnica, ganhei em Cinnamon! Não é loucura! – falei, entrando correndo na sala (não correndo muito, porque senão bateria de cara na parede, dãããã).
-É, é, legal – ela disse, sem nem olhar a túnica.
É revoltando você querer dizer algo sério e a pessoa cagar pra tu, né? Mas, eu me acostumei, me acostumo mesmo... fazer o que?
-Não é legal, é o máximo, não ta vendo?
-Tô, to, aham – e ela ainda não estava nem olhando pra mim.
-Olha, porra!
-Ih, que é hein... – e quando ela botou os olhos na parada, ela viu que era algo de outro mundo brother, ela ficou de boca aberta – Cara, aonde você comprou? Adorei!
-EU NÃO COMPREI, INFELIZ DOS DEMONIOS! É DE CINNAMON! CIN-NA-MON (percebam que a palavra eu não sei qual é, mas a divisão ainda é no português!)... EU NÃO AGUENTO MAIS!!! – eu berrei, e enfiei (porque????) as mãos nos bolsos... E senti alguma coisa, era um pedaço de papel!
Estava dobrado, e o papel era meio dourado... Lá estava escrito:
"Mestre Maior,
Quando quiser retornar,
Basta a Avre mascar"

*pause*
Ta vendo, brother? Eu disse que a túnica tinha bolsa? Eu disse isso? NÃO! Mas, só pq eu preciso achar um jeito de voltar em Cinnamon... Olha aí, no que dá... Ai, ai... Prestem atenção, hein? Não vou ficar mostrando meus erros, pow, é sanacagem comigo, né? Até tu quer me sacanear???
*play*
E na palma da minha mão, a Avre brilhava verdinha, verdinha... Era hora de outro alguém ir à Cinnamon...
Muahuahuhauhauha (Risada maléfica, sim!)
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:
diz:

- O Deus Louco - 2º Temporada - Parte 4

REALIDADE DO POBRE CARIOCA

A aglomeração de pobre nem é o maior problema, na verdade, o que impera no trem, são pessoas pobres, sim, mas, mais pobres ainda de respeito ao próximo. É banco preferencial ocupado por quem não tem preferência, é sarração de pau aqui e ali, é grito de ambulante, é tiroteio que para tudo... enfim, o trem é um verdadeiro inferno, se quer pegar um, espere o domingo e escolha sair bem tarde, porque, acredite... o trem também enche!
Enfim, naquele, infelizmente, não era um domingo; percebo, a cada nova viagem de trem, que as sardinhas nem ficam tão apertadas em suas latas. No trem (e no metrô também), a lei da física não vale nada: dois corpos, lá, ocupa, sim, um mesmo lugar no espaço. Você entra, e fica, se levantar o braço pra coçar o nariz, você vai ficar com a mão no nariz, não dá pra mudar!
E eu fui, sem sequer coçar o nariz, em pé no trem de Santa Cruz... Um tec-tec sem fim, um em pé sem fim... Era um sem fim de sensações ruins, na verdade. Se as sete da manhã, tem gente com cheirinho azedo debaixo do braço, imaginem as sete da noite? Bom, um bom-ar de bolso é recomendado pra essas situações de aperto, mas, lembre-se, levantou a mão com bom-ar, não desce mais!
Cheguei em casa, depois de muito esmagado, amassado, espremido, sarrado, molestado e quase estuprado, e adivinhem? Carolina estava lá, ah ela estava.
Sentada com a bunda neste computador, que vos redijo, com todas as redes sociais do momento, abertas, e seu MSN bombando... Nunca vi MSN pra bombar mais, AFFE!
Na verdade, acho que é inveja, mas, na verdade, eu vivo Off-Line no meu... Ou seja, eu nem quero tanto ‘bomba’, saca?
Enfim, depois de me recepcionar com um ‘Eaí nego, como foi hoje?’, ela volta para o pc e digita algo muito rápido para alguém; tipo, uma resposta pronta, talvez.
-Carol, tenho uma coisa séria pra te perguntar.
-Diz ae Nego – ela fala, com seu gingado, com as pernas arreganhadas enquanto (ainda) digita no pc e alisa suas madeixas cheias.
-Sabe Cinnamon?
-Hã – ela fala já meio de mau-humor, ela nunca foi muito adepta à idéia da criação de Cinnamon.
-Você é uma deusa de lá, não é?
Ela me olha com um tipo de ‘cara, ele é doente’ nos olhos.
-Não, só você e o Alex – ela falou, tipo, com uma voz zombeteira.
Foi aí que eu me liguei! Era verdade... Quando criei Cinnamon, o Alex estava comigo... Ele soube de tudo e era deus de lá comigo... Quem eu vi, como Deus da Lava e da Guerra, era ele! O ALEX!
*pause*
Mas, tipo... ele nem se parecia comigo.. porque lá então me lembrava tanto? Estranho. Enfim, concluí que o Alex saberia dizer se eu estava tendo alucinações ou não; mas... como achá-lo? Provavelmente só nas eleições de 2012 que eu o encontraria... Só nas eleições via Alex, porque Alex, também era um miserável brasileiro, que servia á pátria sendo Supervisor de Seção e ganhando um ticket alimentação de merda no valor de R$17,00, e não pode reclamar, porque aquilo ali é ‘benefício’... ¬¬’ Sentiu minha mágoa né?
*play*
Bom, como Carolina e sua fama por ignorar as pessoas sempre estavam juntas, resolvi que não ia dar confiança... Também não podia dizer que tinha falado com minha psicóloga maluca sobre aquilo... A Carolina é uma pessoa louca, mas ela tem momentos de lucidez, ocasiões esquisitas, mas, enfim. Deixa quieto.
Eu resolvi dar uma de macho da casa e expulsei a Carol do pc:
-Carol, deixa-me usar aí, rapidinho? – tipo, viu, né? Imperei como o mais educado dos machos! u.u
-Demora não, hein – ela disse, saindo, dona da situação... mal sabia ela que eu tinha sido o macho dominante segundos antes. =D Há-há.
Loguei no meu MSN (Off-Line), e, para minha surpresa a mesma lista de todos os dias apareceu... A verdade é que tem tanta gente no meu MSN, mais tanta... Que se eu for verificar quantos acessam, vou ter uma surpresa... Acho que, na verdade, sempre entro Off, pra me sentir dono da situação, sabe? ‘Aquele que controla com quem fala’, sinto-me seleto, fazendo isso. Pronto, falei.

- O Deus Louco - 2º Temporada - Parte 3

FAMOSA, CORRETA E NUNCA BEMVINDA LEI DE MURPHY...

Fui pra porta do trabalho da Jessika, esperar ela sair. Precisava confirmar com ela também, mas, fazia um
tempo que não nos víamos, então, certamente, o telefone dela seria outro... Ela vivia mudando de número mesmo.
Uns quarenta minutos de unhas roídas e muito sangue escorrendo dos dedos, eis que avisto Jéssika, passando na roleta de ferro, e nem sequer me viu. Ainda bem que Cinnamon não era o paraíso, senão, eu acharia que era um espírito.
Eu dei uns gritos, até que minha voz quase sumiu totalmente, aí ela virou-se e veio ao meu encontro...
-Amigo! Que saudade! – ela dizia, numa voz tão carinhosa.
-Tudo bem? – eu falei meio que sem querer saber se ia bem ou não; tava começando a ficar preocupado – Amiga, você foi deusa em Cinnamon comigo, não foi?
-Que? – a Jessika nem sabia o que era Cinnamon...
-Deixa pra lá, eu te ligo! – e já estava correndo no bem longe, quando, recobrando a consciência da cena, Jéssika gritou algo como ‘o meu numero é mesmo’, mas, eu nem sei o que ela quis dizer com aquilo...
A parada era chegar a uma conclusão. Um denominador comum.
Liguei pra Nati a cobrar de novo; ela me retornou.
-Por que você desligou o celular, o que está acontecendo? – a voz da Nati estava contida, era um tipo de coisa que ela tava falando só pra aventura ficar mais aventureira, sabe?
-Nati, me liga com a Amanda, por favor? – tipo, eu nem sabia o que estava fazendo, só sabia que estava.
Ela não me questionou, em alguns segundos apenas, a música de propaganda do trabalho dela começou... Eu já sabia tudo o que a mulher falava, sempre... Era um tédio ficar ouvindo o maldito ‘hold’. Enfim, eu apenas continuei a esperar, quando ‘para dento, e para fora o estado’, foi interrompido pela voz da Nati:
-Ta aí, depois te ligo – e Nati foi-se para escuridão inconcebível que era o outro lado da linha telefônica. #drama.
-Fala caralho, quem é? – a voz irritada da Amanda se fez ouvir.
-Sou eu, escuta, preciso saber uma coisa... Você era deusa comigo em Cinnamon?
-Digimon? – ela falou, com uma eterna interrogação na palavra – O que?!
Mas, antes que a Amanda pudesse me enviar seus vários caralhos, putas-que-os-parius, filhos-das-putas, viados e afins... eu desliguei, mais uma vez, na cara de alguém aquele dia... Na verdade aquilo me fazia um bem, sabe?
*pause*
Desligar na cara dos outros, é como dar um tapa na cara de alguém, sabe? Você simplesmente esbofeteia a pessoa, e ela jamais te esbofeteará naquela ocasião... Você é rei! O bam-bam-bam. Tipo, tu vai ser o Rei da Cocada Preta, se desligar o telefone na cara de alguém!
Cara, mas isso não quer dizer que você nunca mais vai ter que falar no telefone, ok? De vez em quando, deixa fluir, brother... sacou? Deixar fluir? Hã, hã?
*play*
Minha única alternativa e última, seria Carolina... Porra, imagina uma mulher louca, cara? Uma que seja bem louca mesmo... Tipo, louca de furar a bochecha saca? Então, cara, essa mulher... vezes vinte e três... essa é a Carolina. E, como diz Seu Jorge, ela é difícil de esquecer, por que você nunca verá alguém com piercing na bochecha... Portanto, se você conhece uma criatura com piercing na bochecha, pode se apresentar, o nome dela, é Carolina.
Então... já sabia onde encontrá-la, não era difícil. Era só eu ir pra casa. =D
Como eu estava no Centro da cidade, chegar em casa exigia mais que tempo, paciência...
*pause*
Um lugar longe, é um lugar longe, mas o lugar Bangu... É o lugar Bangu.
Cara, o que você precisa entender, é que Campo Grande é depois de Bangu, e que Seropédica é no fim deste planeta... Mas, porque, Bangu é que tem ser o mais quente? O mais longe? O mais pobre? Eu hein!
Referencia de zona oeste: Bangu. O que é a zona oeste no seu conceito: um lugar longe do Centro. E você não está errado... Ah, não está.
*play*
eis que a idéia de ir de trem me acomete. E é ‘pra lá que eu vou’.

- O Deus Louco - 2º Temporada - Parte 2


O INÍCIO DOS PROBLEMAS...

-Boa tarde, tudo bem? – ela me perguntou, com um sorriso do tipo ‘você é mais um bobalhão aqui, me dando um salário maravilhoso’.
-Não, Verônica – eu falei, com uma voz embargada de choro (mais pelo valor daquela consulta, do que pelos meus próprios problemas).
-Quer falar sobre isso?
*pause*
porra! Se o cara entra na PORRA do consultório, e, com a voz embargada de choro... ela ainda se permite perguntar se ele quer falar do problema?! É OBVIO QUE EU QUERIA FALAR DO PROBLEMA, VERÔNICA, SUA PIRANHA! Se estou ali, é porque quero! Ficar calado é só em filme, quem entra num consultório fala, fala até o que não deve, só pra fazer a consulta valer!
*play*
-Verônica, eu estou ficando louco, louco mesmo – eu falei, e agora o choro era por conta disso.
-E o que te faz pensar nisso?
-Eu sou um deus, Verônica, um deus louco!
-Todos somos o que queremos ser, mas isso não pode prejudicar quem você é; você pensa o que sobre isso? – ela falava numa voz tão mansinha, parecia até que estava querendo me adestrar; só não sabia se eu ia ganhar ossinho no final da consulta.
-Penso que como deus dos Humns, eles precisam de mim... Mas vim aqui saber... Como posso, eu, um deus, estar louco, Verônica?
-O que é um deus, para você?
-Vê, um deus é um ser úncio, saca? Ele é simplesmente FODA! Ele cria e quebra coisas sem nem encostar em nada... Esse sou eu! Como eu posso estar louco?
-Você está louco por que?
-Porque eu sou um deus! Eu penso em tudo ao mesmo tempo! E as coisas me enlouquecem por isso... Consegue entender, Vê?
-Aonde você é deus?
-Em Cinnamon... Olha, se você quiser te levo lá, uma belezura aquele lugar... Eu que criei. Lá eu sou deus... Perfeito, quer ir?
-Onde estamos agora?
-Aqui é seu consultório, né? Eu hein... Não to maluco assim não. Eu sei onde é Cinnamon, porque sou deus, lá, e aqui é o seu consultório, não é verdade?
-Sim, exatamente... Quis dizer, em que terra estamos; não é Cinnamon, você já disse. Está certo?
-Sim, doutora, ta certo...
-E de onde mesmo você é deus?
*pause*
cara! Naquele momento eu acreditei, nos meus mais terríveis pesadelos, aquela mulher tivesse visto tanto Chaves e Chapolim quanto eu! Ela estava me irritando, me fazendo de maluco... mais do que eu já me sentia.
*play*
-De Cinnamon!
-Então meu querido, você não está louco, porque aqui não é Cinnamon... Só existe este lugar, se você quiser que ele exista, e lá, você é louco; o que você acha disso?
-Cara, eu acho que você ta tentando me fazer ver que Cinnamon não existe, para que eu deixe de dizer que louco e assim você fica feliz e eu vou embora... – eu falei, meio chateado com a Vê, pow, impacientona, bicho! – Mas eu não vou dizer que Cinnamon não existe, porque existe e eu conheci o carinha da folha, lá... Eu até conheci os outros deuses, e várias amigas minhas também eram deusas lá... Pergunte a elas então.
-Você já perguntou?
Cara, vou te dizer... Que vontade que eu tive de socar Verônica, bicho! Como é que ela mete uma dessas pra mim, brother? Se eu já tinha perguntado as minas? Pow... ela tava de sacanagem comigo... Acho que ela também era de Cinnamon, e o povo de lá gosta de sacanear os deuses...
Mas, por via das dúvidas, fui eu na casa da Tay... Tipo, e eu não em incomodei de pagar passagem e esperar pacientemente aquele motorista filho da puta, parar em todos os sinais laranja e ainda por cima parar onde nem era ponto. Cheguei eu:
-Vinhaduuuu – a tay gritou essa porra, quando abriu a porta, bicho... todos saberiam da minha homossexualidade a partir daquele momento.
-E aí gata – eu falei, meio sedutor quando entrei – preciso de te fazer uma pergunta.
-Faça, amore – ela falou, sorrindo pra mim, toda se querendo.
-Você é a deusa de Cinnamon também, não é? – eu perguntei, assim, sem medo de ser feliz.
-Amor, Cinnamon é ótimo, mas não nesse momento... Você ta bem?
*pause*
porque, sempre que a pessoa pergunta isso, ela já está com uma cara de preocupação, bicho? A pessoa já pergunta sabendo que tem merda ali, mas, ainda assim, a pessoa pergunta! Brother... é muita esquisitice no mundo, não vamos julgá-las, né?
*play*
-Eu to, claro! – eu disse, tentando fazer uma cara de sóbrio, sem me entregar a esquizofrenia que cismava em querer atacar-me – É que hoje fui na Verônica... To um pouco confuso.
-Tá, então vamos tomar uma cervejinha que isso tudo logo vai passar... – ela falou, levantando-se do sofá.
*pause*
reparem que ninguém nem sequer da porta nós saímos. Vá lá.
*play*
Cara, eu corri! Saí pela porta, desesperado, sem querer saber o que a Tay ia fazer. Ela na certa buscaria uma cerva bem consistente, geladíssima e pronta para uso... Mas, se eu bebesse quem daria créditos á alguém que fala de Cinnamon bêbado?
Resolvi que ia na casa da Naty...
Liguei a cobrar para o trabalho dela, e ela me retornou.
-Fala – ela disse, suavemente, quando eu berrei um alô descontrolado – Ta no trem, cara?
-Não, porra! To na rua! Preciso de você, cara! – eu dizia para o telefone, como se ele fosse alguém.
-Calma, aonde você está?
-Cara, diz pra mim que você é uma deusa em Cinnamon?
-O que?! – ela perguntou, meio abobalhada – Essa história de novo? – ela meio que bufou as ultimas palavras.
Eu desliguei o telefone... Porra! Nem a Nati, bicho... Tipo, as minhas opções estavam restritas agora... E uma delas, pelo menos, deveria conhecer Cinnamon, senão eu teria de concordar com a puta da Vê, de que Cinnamon não existia... E aquilo seria o fim de todos aqueles cabeçudos...

- O Deus Louco - 2º Temporada - Parte 1

E NO CONSULTÓRIO...

Cara, vou te falar? Eu até senti falta daquela cabeçudo dos infernos... Ele era burro, irritante e gostava de tirar onda com a minha cara, mas, eu bem que senti, brother!
Bom, como você sabe, eu nunca consegui um pouco de Avre, para voltar á terra dos cabeçudos, então, quando me deu uma saudadezona daqueles pinta-rodapé, eu fiquei imaginando, de que forma eu conseguiria chegar lá... Se eu tinha jogado fora a porra da árvore maldita da sabedoria, logo, eu não voltaria pra lá... Mas... EU QUERIA.
Pronto, eu confesso! Subiu a cabeça! Ser deus é foda! Dá vontade de querer estar lá todos os dias, só falando coisas que iam acontecer! Que beleza, né? Ter um monte de mulher, mas nunca comer ninguém, porque, sendo deus ou não, não dá pra se deixar de ser um merda total de uma hora pra outra... Eu tinha escolhido ser deus, e não ser homem... Aquele bando de cabeçudo enrabando o espírito gostosão, e eu lá, um pateta, só vendo as coisas acontecerem... Babaca. ¬¬’
Então eu comecei a tentar entender o que era aquilo tudo, enquanto esperava, pacientemente, numa salinha, até que a minha psicóloga fosse receber-me.
Eu li umas revistas que só falavam dos artistas, e achei super engraçado... Eles só eram artistas, mas, eu.... Eu era um DEUS! Eles eram merda.
Bom... No badalar, do que me pareceu, a trigésima sexta badalada, entra a recepcionista na salinha e diz:
-Senhor, a doutora está a sua espera, é na sala oito, entre as salas sete e nove, do corredor a direita – ela falou, com um sorriso cordial.
*pause*
cara, entenda que, se eu não gostasse muito de mulher, mais muito mesmo, era naquele momento que toda a minha sinceridade ácida, seria despejada naquele recipiente único, que era aquele corpaço à minha frente; mas eu só dei uma olhada daquelas ‘vai fazer o que quando sair’... e andei pra sair da sala... não, sem antes perceber que ela me respondia, com o sorrisinho ‘nada’...
*play*
Fui pra porra do consultório que já freqüentava há quase dez anos, no mesmo lugar, a mesma mulher... Verônica.

-A Vingança de Beuz - 1º Temporada - Parte 6

O ENCONTRO COM BEUZ

Quando chegamos lá no coração do mundo, que nem parecia um coração, não tinha nada de mais. Era um campo gigantesco, parecia gramado baixo, e intocado. Verdão cara!
Eu corri pro meio do campo, feliz! Cara, era um verde que eu nunca tinha visto... super... cheio de vida, parecia que a grama estava entrando em contato com meus pés (descalços, porque nenhum filho da puta me ofereceu um chinelo) e me dizendo coisas...
-Eu quero a arma! – eu falei...
E a arma apareceu, na minha mão! Não era uma engenhoca, nem uma arma de ferro, como essas que vemos com os bandidos todos os dias. Era uma luz, azul, brilhante demais. Meu corpo a absorveu, quase que imediatamente.
Senti que estava mais poderoso que antes, e menos irritado também.
Aí, pra estragar o meu momento Glamour, chega correndo um cabeçudo infeliz, e cochicha algo para o Ancião.
-Meu senhor, as tropas estão há seis horas daqui, precisamos comunicar a Guarda Real e ao humns para que venham lutar!
-Lutar! Isso! O que? Lutar? Agora? Mas eu nem treinei, nem deu aquela musiquinha enquanto eu treinava, lutando e talz... pra depois, de passarem treze meses, eu estar preparado pra lutar contra o vilão do filme...
-Este não é um Filne senhor – disse o ancião, e ele foi meio grosso sabe? Doeu. – vou enviar o comunicado às tropas, o general virá para comandá-las.
-Cara, é isso... Os deuses nunca se metem nessas coisas, sabe? Na verdade, o rei faz tudo e o deus só dá poderezinhos, é assim que tem que ser.
-Isto é o que o senhor criou – disse o ancião - apenas seguimos a palavra Maior do que foi dito.
-Vocês são meio sem vontade própria, né? Pow, cara, tem que revolucionar, só pq eu disse que o capim é verde, vc não precisa, necessariamente, aceitar que ela seja! Grite comigo, pra q eu mude! Democracia, já!
-Amamos, louvamos e respeitamos nosso deus, acima de qualquer coisa ou criatura.
-Tá, se vocês insistem, eu deixo que continuem – eu falei, tava me sentindo muito, cara – Ta, mas manda o rei vir tbm, ele ta achando que eu vou segurar o pepino sozinho? Vou ficar aqui, sentadinho, esperando ele chegar. E vocês, movimentem-se, vão aprender coisas, coisas de guerra, hein!
E fiquei sentado no gramado, olhando as pessoas trabalharem, e bebendo de um copo que apareceu na minha mão quando senti sede, e fazendo ele sumir em seguida; aquilo foi bom, e eu gostei! ;)
Cara, aí eu vi uma nuvem preta vindo na nossa direção, entre as montanhas mais altas de Cinnamon, vinha planando uma fumaça, parecia densa, talvez gordurosa, mas, era uma parada que amedrontava.
-Beuz, ele nos encontrou.
Meu momento, acabara... Eu estava magnífico dando uma de deus de tudo, aí chega o outro querendo tomar o poder... eu nem fiz nada ainda, cara! Só criei essa merda de mundo, onde não posso comer ninguém e ainda sou um filantropo de merda que nem saber fazer as coisas direitas... Nem aprendi os truques e tal! Vem o babacão, pra querer tomar meu lugar, fala sério...
-Ora, ora, ora... Se não é o Deus Todo Poderoso, que há muito não vemos!
-Não vê porque não quer, seu bobão... Eu sempre apareço, e eles disseram isso...
-E então, sei que já conseguiu a arma para destruir-me, mas, será que também terá coragem de destruir as suas tão preciosas criações? Todos os outros deuses?
-Olha, você é estranho! Eu nem lembro do que criei, então, não faz diferença matá-lo com deuses, ou matá-lo sem eles... Tenho que matar alguém, senão essas criaturas cabeçudas vão querer me matar!
-Que lastimável a sua situação – disse Beuz, e ele era igualzinho a mim, até na cara de nojo! – Você tinha o respeito e o amor de todo esse povo, até dos que hoje me seguem... Mas, você preferiu uma vida atormentada, naquele lugar imundo... Com pessoas imundas! O nosso mundo precisava muito mais de você, e você não se entregou a ele!
-Isso é rancor, cara, e rancor não é bom – eu falei, preocupado de verdade com ele – eu vivo lá, bicho, minha família me ama, se eu sumo de repente, as coisas ficam críticas... E por isso deixei você aqui, sacou? Você é a minha irresponsabilidade, meu vicio, minha ganância... Você é a parte de sentimentos que lá, não funcionam na sociedade... Aqui não! Existem outros deuses, que podem ser tão fortes ou iguais a você... E você pode usar isso em seu favor...
Aqui você é, o que você é, não há máscaras... Todos sabem que você gosta das artes das trevas, do poder, da excentricidade... mas, ninguém quer culpá-lo por isso, só não precisam aceitá-lo, brother! Ninguém precisa aceitar ninguém, é só respeitar-se, tudo vai dar certo.
-Mas nós ficamos abandonados de conselhos! Abandonados de crenças! Abandonado de conhecimentos! Você nos trancou aqui, para que não atrapalhássemos o seu mundinho perfeito, mas, não deixou seu conhecimento para que fosse usado... Porque guardá-lo só pra você? A idéia não é transmutação? Não é entrega e troca? Troque então com o povo que te amou por todo esse tempo e que você não lhe deu ensino!
*pause*naquele momento, eu vi o monstro que fui, brother. Eu tinha criado monstros que poderiam conviver em harmonia com todo o resto... eu poderia ter criado o caos, que sempre seria controlado... mas, eu, na verdade, criei uma fera, abandonada, esquecida... e era isso o que eu merecia, o repudio dele, e de todos os outros deuses, que, como fontes de conhecimento, mereceriam conhecer mais, saber mais, ter mais...*play*-Eu confesso, Beuz, que errei, e aqui estou, para redimir meus erros – disse-lhes, a todos os presentes – Poderia ter dado muito mais do que lhes dei até hoje; mais do que dei a qualquer um até hoje. Peço que liberte seus irmãos. Vamos esclarecer isso agora.
Quando terminei de falar, já não estávamos mais naquele campo gramado, estávamos num lugar com muitas pedras, e alguns pedregulhos, que serviam de banco, no centro, uma grande mesa de pedra, ao ar livre.
Beuz estava sentado imediatamente a minha frente, quando abriu a capa, luzes piscaram e voaram para os acentos... Eram todos os deuses que eu havia criado um dia.
-Por que seqüestrou os deuses, Beuz?
-Não seqüestrei ninguém! – ele gritou, irritado – Todos estávamos juntos na idéia de destruí-lo, pois sua autoridade muda aqui, não nos serve de nada; queremos uma voz, alguém que organize essas criaturas que nem sequer sabem onde é o norte (engoli em seco).
-Então, porque todos dizem que você seqüestrou?
-Achamos melhor deixar a idéia de que eu era o único a entrar nessa briga, para não comover alguns Humns que ainda se mantém fieis e fervorosos a você, mesmo sem nunca terem uma resposta. Se todos nós assumíssemos a Aliança Divina em publico, e o plano falhasse, somente eu sairia prejudicado... A fé neles continuaria, e ninguém perderia seus poderes... Afinal, é a Fé dos discípulos que engrandece o mestre.
-Nossa, que plano imbatível! – eu zombei – Eu acho que podemos resolver isso mais facilmente... Não precisam mancomunar contra mim, eu me entrego.
-O que?! – vários deuses gritaram, sem entender.
-Eu me entrego, foi o que falei; deixarei aqui um único deus maior, que regerá a todos os outros deuses, e quero que ele seja justo e bom!
-Mas e toda a guerra? A violência? O sangue? Ué, assim, fácil? – Beuz falou, entristecido.
-Deuses não guerreiam entre si, imaginem como ficaria a cabeça dos homens, que todos sois deuses, se nós, brigássemos? Eles já brigam muito por nós também. Precisamos esclarecer que, Cinnamon precisa de cuidados, se Beuz quer ser o mau, então, o mau ele será... Se a Deusa da Sabedoria, quer ser sábia, então, sábia ela será... não temos que criar problemas, temos que resolvê-los!
"Estamos abrindo, neste momento, a Reforma Divina".
*pausa*puta que o pariu! Me senti foda por estar fazendo uma reforma de alguma coisa. Os caras só precisavam conversar bicho, nada demais...
vamos lá.
*play*-A deusa da água e da vida, cadê? – perguntei.
Uma mulher se apresentou; branca, de cabelos negros, dentes grandes e uma beleza excêntrica, levantou-se. Era parecidíssima com a Tay, maluco...
-A deusa da madeira e da saúde?
Uma outra, negra, gorducha, baixinha e de cabelos curtos levantou-se, séria, ela apenas maneou a cabeça, essa era igualzinha a Nati!
-A deusa da caça e da virtude?
Uma banca também, de cabelos negros, levantou. A cara era séria, mas, era de sorriso frouxo, se a Amanda fosse gêmea, aquela seria sua irmã.
-A deusa da floresta e da sabedoria?
O espírito da arvore sorriu-me, satisfeita.
-A deusa da música e do encanto?
Uma parda de cabelos cacheados levantou-se, tinha dentes grandes também, e estava tímida, cara, era a Jéssika, queria até mandar beijo, mas ela tava séria demais.
-A deusa do fogo e da magia?
Uma mulher de cabelos crespos e cheios, com um olhar sério e uma feição conhecida ergueu-se, era a Carol! Puta que o pariu... Até ali aquela mulher me perseguia!
-O deus da terra e da esperança?
Um outro homem, baixo, de nariz curvo, mas, aparentemente amigável, levantou-se, com um sorriso enviesado... Não conhecia ele de lugar nenhum.
-O deus da lava e da guerra?
Beuz sorriu-me maquiavélico; e me vi, ali, sentado do outro lado.
-Todos concordam que um novo deus maior seja proposto?
-Não, - disse a deusa da água – mostrou ser o nosso deus, neste momento.
-O que? – Beuz, gritou, e a mulher ergueu-se imediatamente – Ele não mostrou nada! Foi ele que nos abandonou por todo esse tempo! Lembram? Ou já esqueceram de como foi ficar sem poderes por quatrocentos anos?! Ele nos proporcionou isso. Só ele!
-E porque ficaram sem poderes?
-Porque nossa magia, vem de você! Se não está aqui, não temos poderes... Quatrocentos anos de uma sub existência, tendo de ver cada Humn como um igual, porque estávamos presos num mundo, onde não éramos nada, e nem a ele pertencíamos!
-Cara, mas eu não sabia disso... Desculpe...
-Não sabia?! Mas foi você quem declarou isso: ‘enquanto eu não estiver em Cinnamon, nenhuma magia irá existir’... Porque? Porque você achava que nós usaríamos nossos poderes de forma errada, só a sua está certa, sempre...
-Mas, por que eu faria isso? Não vejo motivos, cara...
-Beuz sabe os motivos, mas, ele prefere não dizer, porque estes mesmos motivos o condenam – disse a deusa da floresta.
-Na sua primeira ida ao Reino de Fora, eu consegui achar formas de encanto diferentes das que você julga boas.. E por isso, quando voltou proibiu a todos de usarem a magia.
-Hum.... E agora você acha que eu tenho culpa disso e quer me destruir para reinar sozinho no mundo todo?
-Senhor, pelo menos, libere a magia em nosso mundo, enquanto estiver fora... Sem magia, esta terra é inútil... Esta terra nem existe – falou a deusa do fogo, como se rogasse.
-Então, eu julgo que magia é bom, até mesmo quando eu não estiver; julgo também que, em minha ausência, a Deusa da Floresta e da Sabedoria, deverá ser tomada como poder supremo; julgo que Beuz é um deus ruim e não merece o conselho, deverá ser cultuado pelos céticos e pelos de alma impura e corrupta, seus altares não estão sob nossos olhos, pois estarão abaixo da terra, e o altar que em cima dela estiver, será vandalizado e destruído; julgo que o mal deverá existir, portanto, Beuz será deus, para que nós possamos ser deuses também; julgo ainda que cada deus deverá escolher um Humns como porta-voz, e somente através deles poderão falar com o resto do mundo; julgo que toda ciência evoluirá, mas quebrará quando isso for perigoso; julgo que as plantações de Avre se perpetuarão, mas que serão destruídas se o mal exterior tentar penetrar; julgo que negro será o pavilhão de Beuz, e verde será o meu; julgo que seremos inimigos, mas jamais seremos inimigos dos Humns, pois a guerra deverá ser vencida por um dos lados, e a vida terá de ser criada por alguém; julgo que mesmo livre, a magia deve ser controlada, e entregue nas mãos dos que poderão fazê-la uma coisa maravilhosa.
E tudo aconteceu tão rápido, que nem dava pra dizer ‘adeus’. Os deuses voltaram pra seus lugares, ou foram colocados onde disse que era pra estarem. Beuz gostou do meu veredicto, pois sabia que ter alguém com quem brigar o tempo inteiro, era bom, e viu que tentar governar o mundo todo, teria que ir muito além do que fingir que todos os deuses pensavam como ele.
Tipo... o rei apareceu, do nada... e seu semblante era de paz.
-Meu Senhor, agradecemos honrosamente sua estadia e sua ajuda em nosso propósito – ele disse - Mas, creio que o senhor precisará comer um pouco mais de Avre, para não retornar ao seu mundo a qualquer momento...
-Mas é só eu imaginar...
Bicho, acordei e senti uma dor de cabeça de leve... virei na cama, meio com sono ainda, e vi uma coisa esquisita no meu guarda-roupa, ah, deve ser Aslam, virei pro lado, e continuei dormindo... Eu lá quero saber de Aslam?!

-A Vingança de Beuz - 1º Temporada - Parte 5

A ARMA PODEROSA

-Obrigada, Meu Senhor – a voz dela chegou em mim, como uma brisa leve do vento.
Olhei na direção da voz, e lá estava ela, sentada em um dos grandes galhos da árvore, e sorrindo p mim, com um fruto da árvore em suas mãos... era um fruto meio azulado e brilhante, haviam, muitos por toda ela.
-Tome, coma e conseguirá o que quer.
Eu mordi aquilo com força, com todo o meu ódio por saber que ela era um espírito e eu nunca poderia mordiscar aquelas coxas, nem dar uns amassos nela... e mastiguei!
Quando engoli uma parada tosca aconteceu, muito rápido...
Senti todo o meu corpo azular-se, e brilhar... meus pés já não tocavam mais o chão, eu voava, mais alto que a árvore, e todas as pessoas me olhavam, sorrindo, felizes... e uma túnica branca agora adornava o meu corpo; e agora... eu era um Deus!
*pause*Arrasei!*play*mesmo sentindo uma onda enorme de força dentro de mim, não lembrava de nada do que tinha sido ali, mas, sabia que era muito poderoso agora... e eu sabia exatamente o que pensar para fazer o que eu queria...
pensei, e consegui fazer uma arvore sair de um lugar e aparecer no outro... e no segundo seguinte, as pessoas olhavam, ainda, para mim.
-Aonde estava aquela árvore, antes de ser plantada ali? – perguntei pra um guarda com cara de tapado ao meu lado.
-Nunca esteve em outro lugar, meu senhor – dissera-me – Sempre esteve ali, desde que era apenas uma semente.
Ótimo! Eu podia mudar tudo, a meu modo, e ninguém nem perceberia que eu tinh alterado qualquer coisa. Eu era dono do tempo, da existência e da vida de cada um daqueles Homns ali. E todos os outros que estivessem em toda a Cinnamon. Eu era o dono da verdade, pela primeira em toda a minha vida, as pessoas aceitariam o que eu dissesse e nada questionariam. Eu era um deus!
-Minhas aberraçõeszinhas – eu disse, e minha voz ecoava magicamente – Fêmeas e filhotes, para o castelo real, machos e afins, quero todos no Penhasco da Vitória, até o anoitecer.
Todas aquelas criaturinhas começaram a andar pra todos os lados... Penhasco da Vitória foi o melhor... Aquele lugar nem existia mesmo! Eles iam pra onde, aquele bando de débeis mentais? Fui lá na árvore da sabedoria, já que ela era tão sábia, ia querer ficar com o deusão do mundo todo, pra ficar poderosa. Todo mundo quer o poder.
-E aí, tudo bem? – eu falei, meio onipotente.
-Tudo ótimo, estou viva de novo! – ela falou sorrindo.
-Tecnicamente, o espírito não deveria ficar dentro da árvore?
-Você quis assim, você criou nosso mundo!
*pause*Bom que, pelo menos o meu bom gosto pra mulher boa não mudava né? Aquela ali era gatíssima, pegava ela de jeito, provavelmente até o meu outro eu bonzinho também!*play*-Então eu poderia fazer com que o Espírito da Árvore da sabedoria fosse casada comigo, né?
-Hey, se liga, isso aqui não é mitologia grega; deus aqui é deus, tem que trabalhar, fazer coisas, deus aqui não casa nem faz filho, e você impôs isso como regra aqui...
*pause*Isso deve ter sido na minha fase revoltada de adolescência...*play*-Eu sou um deus, eu posso mudar regras!
-Você propôs que essa regra seria imutável.
-Nossa, ou você me odeia, ou eu sou um muquirana do caralho!
-Vou estar na reunião no Penhasco; acho que é bom manter a floresta informada das guerras que os Humns vivem criando...
-Penhasco? Não existe o penhasco, você sabe disso.
-O Penhasco da Vitória? É o lugar sagrado do Deus Menor da Guerra! Você criou isso também...
-Existe um Deus Menor da Guerra e esse bando de criaturas feias dos infernos vão lá em casa me buscar? Porra... Porque não chamou logo o deus da guerra?!
-Os Deuses Menores foram capturados por Beuz, não fosse assim, isso não seria uma guerra decisiva, entre você e ele...
-Nossa, a situação de vocês ta crítica, hein? Eu vou lançar uns raios daqui, uns trovões dali, de resto, o que sobrar é o que vai ser do mundo todo, eu volto pra casa e todo mundo fica feliz, sacou?
-Seu egoísmo parece ter ficado maior nesse tempo de reclusão – ela falou, parecendo irritada – Não é o povo que está em guerra, são vocês! Ele é cria sua, mas, como tudo na sua cabeça, você sempre acha que as coisas devem ser ou muito grande, ou muito poderosa, ou muito profunda... Exagerado. Ele agora está vindo, com poderes que você diz ser ‘equivalentes ou superiores ao próprio Deus Maior’... Agora, se vire.
-Perai – eu falei, já estava puto com aquela palhaçada toda, era só um pente e rala e ela fazendo aquele jogo duro todo? Porra! – Ta dizendo que além de não pegar você, ainda vou ter de correr risco de morrer? É isso?
-Beuz é austucioso, ele sabe seus pontos fracos – disse a mulher, que tava agora com um semblante que me dava calafrios – Você precisa procurar os Sábios aqui do vale, eles precisam lhe dizer o que fazer.
-O que? Vamos então, vamos logo... Aonde é norte? Ninguém nunca me responde onde é o norte!
*pausa*ela também não respondeu; comecei a acreditar que eles achavam isso um grito de guerra, porque nunca responderam, nem naquele momento, nem nunca mais – o norte era tão obvio, que ninguém ousava responder a pergunta, que na mentalidade deles, era retórica...
bando de filhos da puta.
*play*aquele espírito gostozérrimo, me guiou até as casas mais distantes das margens do vale; ficavam quase escondias...
imagine um bicho feio; feio e de aspecto quase repugnante. Ele era assim, muito feio, muito cheio de rugas, muito velho, muito magro, muito sem cabelos; muito, muito, muito tudo. E o lugar que ele vivia, me lembrava uma lareira suja de carvão.
-Meu Mestre Maior! – a criatura reumática fez breve reverencia – Sabia que chegaria brevemente; temos muito a conversar e pouco tempo disponível... sente-se em um banquinho, por favor, e aceite um chá.
De onde brotou a xícara com o chá, eu nunca soube... foi uma parada tipo ‘folha de café flutuante’... muito bizarra, rápida, e maneiraça... queria que eles me ensinassem a fazer aquilo; mas, eles eram egoístas tbm...
-Diz ae coroa, qual vai ser dessa Cinnamon aí?
O velho olhou-me, sem entender muito bem o que eu dizia, mas aquela sensação de que ‘ te mando tomar no cu e vc não diz nada’, estava me deixando excitado a fazer o tempo todo.
-Beuz conseguiu os poderes dos outros Deuses Menores, por isso agora é tão forte quanto o senhor, ele conseguiu corromper os Strangs, estão vindo pelo norte, vão nos atacar a qualquer momento... O que temos a fazer é deixá-lo com uma arma superior a que Bauz pode vir a ter.
-maneiro, maneiro; entendi. Saquei, véio, mas, seguinte: vocês tem uma arma mais poderosa que um deus?
-Temos, o senhor!
*pause*Cara, eles estavam me zuando de verdade, toda hora eles me zuavam, bicho.. não dava pra saber quando era de verdade. Aquele momento, por exemplo, não era. Eu era arma? Que porra de arma eu seria, bicho? Que caras mais vacilões, velho...*play*-Explique-se – eu falei, imperador.
-O senhor criou tudo, como bem sabe, em sua onisciência – o velho falou, pausadamente – Também criou a arma para destruir todos os deuses; menos o senhor.
-Então vamos lá, pegar essa arma, e matar o Zebedeu, bicho! O que estamos esperando, cara? Vocês são lentos, porque vocês são lentos, cara? Me responde isso!
-Não somos lentos, senhor, só não somos apressados – respondeu o general, que se não fosse fortinho eu dava umas porradas.
*pause*pasmem. O general que tinha sumido para sempre, brotou aqui, sacou? Ele é um ninja, meu, tenho quase certeza*play*-A Arma está no coração de Cinnamon, e, se Beuz usá-la contra o senhor, cremos que poderá matá-lo...
-Tu não disse que quando eu criei eu disse que ela não poderia me matar?
-Sim, mas, nas mãos de todos os outros deuses juntos, o senhor fatalmente morrerá... O raio capaz de matar um deus, só poderia afetá-lo se houvesse um antídoto contra Avre, e não havia, mas Beuz conseguiu identificar uma substancia capaz de tirá-la de seu sangue, quase que na mesma hora... Nunca mais o senhor conseguiria voltar da prisão do seu mundo, e seriamos infelizes no mundo de Beuz...
*pause*genial! O cara tem uma arma que me faz voltar p casa, e não morrer! Ahhh... o que eu to pensando agora? *play*-Quer dizer que o cara tem uma arma que me faz voltar pro meu quarto?
-Sim, jamais conseguiria sair daquela prisão em que vive, senhor – o ancião falou – Uma vez tendo agido magicamente em seu sangue, nem mesmo Avre poderia trazê-lo.
-E se eu atingir o Zebedeu com isso, ele é que vai pro meu quarto?
-Não, senhor... Beuz iria para a prisão dele, o mundo material que ele tem , que ele acredita ser dele...
-Só eu posso voltar pro meu quarto?
-Sim, senhor... Mas precisamos pegar a arma agora... Eles já devem estar sabendo onde fica.
-Ué, porque? Traidores?
-Senhor, Beuz, é sua metade maligna; é seu lado fraco, obsessivo, corrompido, compulsivo... Ele sabe o que o senhor sabe, e agora saberá que a arma está no coração de Cinnamon – disse o ancião.
-O que? Eu criei um monstro?! Porque eu faria isso? Ele era bom e ficou ruim?
-Não, ele sempre foi ruim. Era o que o senhor achava justo ter, como inimigo, para que o senhor se sobressaltasse como único e virtuoso.
-Hum... E os outros deuses? Porque os criei?
-Os outros deuses são os que comandam a natureza e algumas forças dos Humns; A Senhora da Sabedoria, é uma deusa, capaz de encantar até o mais lindo dos Humns, e única capaz de lhe render boa memória, se preciso for... Mas, nem ela conseguiu trazer a memória do senhor, mas, lembrou-se ao menos dos poderes!
-E, vem cá, que horas agente começa a ir atrás dessa tal arma aí? Vamos esperar que eles a peguem?
-Já estamos caminhando pra lá senhor.
*pause*cara, impressionante, as pessoas começam a andar, assim, do nada, e acham que sou obrigado a saber? Eu to estressado com esse mundo...*play*