O CASTELO GIGANTESCO
Eu comecei a comer aquele bagulho verde brilhante... era ruim pencas. Deu vontade até de jogar fora no começo, mas, depois pareceu que minha boca estava ficando dormente... e depois meus braços.. cara, fiquei todo dormente, bicho! Era uma parada bizarra e muito maneira... meu corpo tava viajando, tem noção? Nas ondinhas, mano!!!! E muito!
Aí, parece que fiquei horas ali, bicho, umas sete horas... só nas ondas que me levavam pra lugar nenhum... calmíssimo... meu problemas tinham ficado lá no quarto, quando eu estava deitado... ali, eu era novo, virgem, moço, era virtuoso, vigoro, amoroso... era o carisma e a simpatia, porque eu era eu! E quem entrava ali, entrava como era... e não como tinha sido doutrinado a ser.
Quem era mau na terra, era mal naquele lugar.
Quem era bom na terra, era bom nesse lugar.
Não tinha como fingir, como mentir... era o lugar da sinceridade.
Quem entrava, via coisas boas se tivesse coisas boas a mostrar... e via coisas feias, se não tivesse coisas equivalentes... era o lugar da troca, para que sempre houvesse uma transmutação e o relacionamento inter pessoal... então, nunca as coisas boas ficavam ruins, ou as coisas ruins ficavam boas... a não ser que se permitissem mudar...
Aí, bicho... tudo ficou pretaço.
Um breu.
Mais preto que o preto de verdade. Mais escuro que a escuridão total... não dava pra ver nem abrindo muito os olhos e colocando a mão em cima deles... era o lugar do nada, do vazio, de ninguém, e todo mundo. Era onde poderiam haver todos, mas, na verdade, não haveria nenhum... por que nem sequer a matemática existia ali, cara... foda!
O lugar incalculável, improcurável, inaceitável, inacreditável...
Era o nada! E lá a solidão nem era tão solitária, porque nunca poderia haver companhia... cara... um lugar onde vc se sente sozinho, mas único... e ali, no seu planeta, é onde tudo fica colorido enquanto você quiser... ali as pessoas podem falar muito, ou nunca falar... pode existir animais, ou pode existir animal algum... é o seu mundo, o seu planeta... por isso o lugar de ninguém, e o lugar de todo mundo... milhares de pessoas podem acessa-lo ao mesmo tempo, mas, ninguém poderá se ver, enquanto lá estiver...
E cara, aquilo ali, foi uma viagem foda. Porque ali, eu era amigo até dos meus inimigos... eu colocava meus inimigos onde eu queria... eu ouvia, até onde eu queria... eu falava, até onde eu queria,.... e no final: o mundo era meu.
Até que eu senti um baque. Uma parada meio seca, mas, tipo, que não doeu... eu ainda tava dormente...
-Meu senhor! O senhor está bem? Machucou? – o carinha tava me perguntando.
-Bicho, to dormente ainda, chama o SAMU...
-O que é SÁMU senhor? Onde eu encontro eles?
-Cara, pega teu celular e disca 192, chama o SAMU bicho, e dá esse endereço.. Eles entram até na favela, vão vir aqui me buscar...
-Cerulá?
-CE-LU-LAR, sua lesma idiota! Seu gambá dos demônios! Sua peste bubônica! Seu infeliz de araque!
-Meu senhor, não sei do que está falando, mas se é só por causa da dormência, posso dar um jeito nisso, se me permite.
-SEU FILHO DA PUTA! Tu sabia que era por causa da dormencia, porque tu não falou logo, peste das arábias! Animal! Monstro! Faz alguma coisa!
-Sim, meu senhor, sim...
E a criatura dos demônios, que queria me ver aleijado, começou a cantar um troço ritualístico e esquisito, e a dormência foi passando, aos poucos.
-Assim está melhor...
*pausa*minha cara de horror ficou estampada nos dez primeiros segundos em que levantava. O homenzinho que não era homem, estava do meu tamanho! E ele era feio pra burro, veio! Fiquei até com pena dele, por tanto que o xinguei... bicho, prefiro deixar você imaginar a feiúra dele, mas, precisa te dar um toque, de ele era MUITO FEIO.*play*-Algum problema, senhor? Vamos, o rei está nos esperando no palácio, é por aqui...
Se eu dissesse que ele era o problema, puta que o pariu, ele ia chorar... Porque ele era feio.
-Vamos logo, cara, ver essa porra de rei safado que nem consegue resolver os problemas dele sozinho... já não basta eu ter dado a vida a todos vocês, infelizes do inferno!
-O senhor nos criou, então o senhor sabe o que fazer... Não temos armas. Parece que o senhor só imaginou o poder do mal...
-Eu não teria feito isso, seu babaca das barramas! Então é melhor vocês todos serem maus logo! Eu hein, bobagem, é só compactuar com o mau, se todos fizessem isso, evitaríamos muitos contos de fadas de araque.
-Senhor, já estamos quase chegando ao palácio, lá o senhor conversa com o rei...
*pausa*porra! Como agente já estava chegando, se nem estávamos andando, bicho? Essa coisa de escritos, hunf!
Deixa, né, ele que sabe.*play*-Senhor, o palácio real de Bauniss – o cara falou.
Putz, eu nem tava vendo palácio nenhum.. mas ele falou, bicho, o palácio saiu da terra, saca? Gigantesco, com várias torres e torrinhas lá e aqui... enoooooorme mesmo... cara, muito grande, grande mesmo... grande sem saber como era grande! Se ligou? Imagina uma coisa grande, bem grande. Aí você multiplica por dezenove... é isso! Esse é o tamanho do palácio. GRANDE! Coloque isso na sua cabeça antes de prosseguir: é Grande!
Aí agente entrou pelos GRANDES portões do palácio... os portões eram de bom gosto, saca? De ferro, todo trabalhado e talz, grande pra cacete, pow, então... entramos...
Demoramos umas três horas pra chegar na porta do castelo, bicho... eu disse, era GRANDE...
-Cara, não tem um taxi real, ou coisa parecida?
-Tacsê?
-Não! Imundície, é Táxi. Coisas que andam com rodas, e levam pessoas, e cobram muito caro por isso... Não tem?
-Senhor, aqui usamos algo mais ultrapassado – o carinha disse, sorrindo; o filho da puta estalou os dedos, e uma folha gigante, tipo, uma folha de... pow... sei lá... folha de café, isso, uma folha de café GIGANTE apareceu em baixo da bunda dele, e flutuando... tipo... ele estava flutuando o meu lado, depois de andarmos pencas...
-Você podia ter feito isso desde lá? – eu perguntei, tentando esconder minha fúria, mordendo os dentes.
-Sim, claro, mas, senhor...
eu não agüentei bicho. Pulei no cara! Pulei com força, pra jogar ele pra fora daquela folha voadora de merda, soquei a cara dele, deu um chute do estomago, chutei de novo, soquei de novo...
Aí segurei a mão dele, coloquei ele de volta na folha (tooooodo socado!) e ele se sentou, com toda calma... nem um tchum. Fingiu que nem era com ele... e também não revidou... senão eu jogava ele, com aquela cabeça gigante no chão, e explodia o mundo dele!
Eu comecei a comer aquele bagulho verde brilhante... era ruim pencas. Deu vontade até de jogar fora no começo, mas, depois pareceu que minha boca estava ficando dormente... e depois meus braços.. cara, fiquei todo dormente, bicho! Era uma parada bizarra e muito maneira... meu corpo tava viajando, tem noção? Nas ondinhas, mano!!!! E muito!
Aí, parece que fiquei horas ali, bicho, umas sete horas... só nas ondas que me levavam pra lugar nenhum... calmíssimo... meu problemas tinham ficado lá no quarto, quando eu estava deitado... ali, eu era novo, virgem, moço, era virtuoso, vigoro, amoroso... era o carisma e a simpatia, porque eu era eu! E quem entrava ali, entrava como era... e não como tinha sido doutrinado a ser.
Quem era mau na terra, era mal naquele lugar.
Quem era bom na terra, era bom nesse lugar.
Não tinha como fingir, como mentir... era o lugar da sinceridade.
Quem entrava, via coisas boas se tivesse coisas boas a mostrar... e via coisas feias, se não tivesse coisas equivalentes... era o lugar da troca, para que sempre houvesse uma transmutação e o relacionamento inter pessoal... então, nunca as coisas boas ficavam ruins, ou as coisas ruins ficavam boas... a não ser que se permitissem mudar...
Aí, bicho... tudo ficou pretaço.
Um breu.
Mais preto que o preto de verdade. Mais escuro que a escuridão total... não dava pra ver nem abrindo muito os olhos e colocando a mão em cima deles... era o lugar do nada, do vazio, de ninguém, e todo mundo. Era onde poderiam haver todos, mas, na verdade, não haveria nenhum... por que nem sequer a matemática existia ali, cara... foda!
O lugar incalculável, improcurável, inaceitável, inacreditável...
Era o nada! E lá a solidão nem era tão solitária, porque nunca poderia haver companhia... cara... um lugar onde vc se sente sozinho, mas único... e ali, no seu planeta, é onde tudo fica colorido enquanto você quiser... ali as pessoas podem falar muito, ou nunca falar... pode existir animais, ou pode existir animal algum... é o seu mundo, o seu planeta... por isso o lugar de ninguém, e o lugar de todo mundo... milhares de pessoas podem acessa-lo ao mesmo tempo, mas, ninguém poderá se ver, enquanto lá estiver...
E cara, aquilo ali, foi uma viagem foda. Porque ali, eu era amigo até dos meus inimigos... eu colocava meus inimigos onde eu queria... eu ouvia, até onde eu queria... eu falava, até onde eu queria,.... e no final: o mundo era meu.
Até que eu senti um baque. Uma parada meio seca, mas, tipo, que não doeu... eu ainda tava dormente...
-Meu senhor! O senhor está bem? Machucou? – o carinha tava me perguntando.
-Bicho, to dormente ainda, chama o SAMU...
-O que é SÁMU senhor? Onde eu encontro eles?
-Cara, pega teu celular e disca 192, chama o SAMU bicho, e dá esse endereço.. Eles entram até na favela, vão vir aqui me buscar...
-Cerulá?
-CE-LU-LAR, sua lesma idiota! Seu gambá dos demônios! Sua peste bubônica! Seu infeliz de araque!
-Meu senhor, não sei do que está falando, mas se é só por causa da dormência, posso dar um jeito nisso, se me permite.
-SEU FILHO DA PUTA! Tu sabia que era por causa da dormencia, porque tu não falou logo, peste das arábias! Animal! Monstro! Faz alguma coisa!
-Sim, meu senhor, sim...
E a criatura dos demônios, que queria me ver aleijado, começou a cantar um troço ritualístico e esquisito, e a dormência foi passando, aos poucos.
-Assim está melhor...
*pausa*minha cara de horror ficou estampada nos dez primeiros segundos em que levantava. O homenzinho que não era homem, estava do meu tamanho! E ele era feio pra burro, veio! Fiquei até com pena dele, por tanto que o xinguei... bicho, prefiro deixar você imaginar a feiúra dele, mas, precisa te dar um toque, de ele era MUITO FEIO.*play*-Algum problema, senhor? Vamos, o rei está nos esperando no palácio, é por aqui...
Se eu dissesse que ele era o problema, puta que o pariu, ele ia chorar... Porque ele era feio.
-Vamos logo, cara, ver essa porra de rei safado que nem consegue resolver os problemas dele sozinho... já não basta eu ter dado a vida a todos vocês, infelizes do inferno!
-O senhor nos criou, então o senhor sabe o que fazer... Não temos armas. Parece que o senhor só imaginou o poder do mal...
-Eu não teria feito isso, seu babaca das barramas! Então é melhor vocês todos serem maus logo! Eu hein, bobagem, é só compactuar com o mau, se todos fizessem isso, evitaríamos muitos contos de fadas de araque.
-Senhor, já estamos quase chegando ao palácio, lá o senhor conversa com o rei...
*pausa*porra! Como agente já estava chegando, se nem estávamos andando, bicho? Essa coisa de escritos, hunf!
Deixa, né, ele que sabe.*play*-Senhor, o palácio real de Bauniss – o cara falou.
Putz, eu nem tava vendo palácio nenhum.. mas ele falou, bicho, o palácio saiu da terra, saca? Gigantesco, com várias torres e torrinhas lá e aqui... enoooooorme mesmo... cara, muito grande, grande mesmo... grande sem saber como era grande! Se ligou? Imagina uma coisa grande, bem grande. Aí você multiplica por dezenove... é isso! Esse é o tamanho do palácio. GRANDE! Coloque isso na sua cabeça antes de prosseguir: é Grande!
Aí agente entrou pelos GRANDES portões do palácio... os portões eram de bom gosto, saca? De ferro, todo trabalhado e talz, grande pra cacete, pow, então... entramos...
Demoramos umas três horas pra chegar na porta do castelo, bicho... eu disse, era GRANDE...
-Cara, não tem um taxi real, ou coisa parecida?
-Tacsê?
-Não! Imundície, é Táxi. Coisas que andam com rodas, e levam pessoas, e cobram muito caro por isso... Não tem?
-Senhor, aqui usamos algo mais ultrapassado – o carinha disse, sorrindo; o filho da puta estalou os dedos, e uma folha gigante, tipo, uma folha de... pow... sei lá... folha de café, isso, uma folha de café GIGANTE apareceu em baixo da bunda dele, e flutuando... tipo... ele estava flutuando o meu lado, depois de andarmos pencas...
-Você podia ter feito isso desde lá? – eu perguntei, tentando esconder minha fúria, mordendo os dentes.
-Sim, claro, mas, senhor...
eu não agüentei bicho. Pulei no cara! Pulei com força, pra jogar ele pra fora daquela folha voadora de merda, soquei a cara dele, deu um chute do estomago, chutei de novo, soquei de novo...
Aí segurei a mão dele, coloquei ele de volta na folha (tooooodo socado!) e ele se sentou, com toda calma... nem um tchum. Fingiu que nem era com ele... e também não revidou... senão eu jogava ele, com aquela cabeça gigante no chão, e explodia o mundo dele!
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