quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

-A Nova Raça - 3º Temporada - Parte 1

O MALDITO PIMENTÃO

Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça que não me pertencia... Talvez eu estivesse recebendo as dores de cabeça de um alcoólatra que encheu a cara na noite anterior... Um cara que até parecia comigo, e que morava ali, mas, com outra personalidade.
Enfim... Vou lhe contar o que transcorreu depois que mostrei a Avre a Carolina, e você talvez não se surpreenda... Mas, você precisa ter em mente que a Carolina é tudo aquilo o que disse antes, assim você entenderá o porque disso tudo.
-Entendi – ela disse, com uma cara de que realmente estava atenta ao que eu dizia – Ok. Vamos beber.
-O que?! – disse eu, horrorizado! Carolina estava sendo mais cruel do que eu imaginava – eu aqui, mostrando a você, provas, irrefutáveis, do nascimento, da criação de Cinnamon... E você, assim? Cagando?! CAGANDO?!
-Cara, isso é pimentão, verme – ela falou, rindo, como se aquilo fosse algo banal.
-Não é Pimentão! É Avre! Veja! – E quase enfiei naquela cara irritante aquele monte de planta verde.
-Pára! – Carolina gritava, tentando desvencilhar-se do que eu tentava mostrar – Isso é pimentão cara, olha aí, tem até sementes, maluco!
Eu parei naquele momento e olhei para a minha mão. Ela estava certa, cara!
*pause*
Aquela porra, era pimentão, brother... E se tem algo que eu odeie mais que a falsidade, é pimentão! Cara, pimentão fede, é esquisito, tem gosto horrível e ainda é traumatizante, principalmente quando você faz um feijão com gosto de pimentão... Putz... Se o Thuck (sim o Brinquedo Assasino), comesse pimentão, eu não duvidaria... Tipo... É um troço que até hoje não entendo porque foi incorporado aos nossos ‘temperos’... Você vê tudo: tomate seco, cebola em conserva, alho frito... Mas aonde você encontra pimentão nessas condições? É tão ruim que ninguém lembra do bicho... Tá, tudo bem, vou contar a história...
*play*
Quando eu percebi que segurava pimentão (éca), percebi o quanto estava sendo tolo em acreditar naquilo tudo. Afinal, ninguém havia me comprovado que aquele lugar realmente existia; por alguns momentos, eu, realmente, acreditei na possibilidade inconcebível de que minha tão fantástica Cinnamon existia...
Cheirei aquela coisa em minhas mãos, e o pimentão (éca), mostrou-se através de seu cheiro. Estranhamente, não estava seco, ou decomposto, ou murcho... O pimentão (éca), estava novo, parecia ter acabado de ser cortado... E as sementinhas, pontilhavam algumas partes da ‘planta’.
Percebendo que Carolina havia fechado seus olhos para Cinnamon, fazendo que o meu planeta, o meu mundo, não existisse em sua realidade... E que ela faria o mesmo comigo se continuasse a debater sobre o assunto, resolvi aceitar o convite para uma bebida, afinal, quando estamos felizes, bebemos para comemorar; quando estamos tristes, bebemos para esquecer... e quando não estamos nada, bebemos só para decidir como vamos ficar...
Não bebemos pouco. E não conversamos muito.
Resumimo-nos a beber, trocar algumas poucas palavras, eu absorto em Cinnamon, e Carolina num relacionamento de amor profundo com o PC. Ela com um olhar penetrante ao computador, parecia masturbá-lo com os dedos de tão rápido que digitava, e suas pernas iam arreganhadas (como de costume), defronte ao computador, que parecia expor todo o seu prazer através de suas LED’s e seus sons irritantes do MSN...
Eu me mantive firme na idéia de pensar em Cinnamon e naquela túnica – que, ridiculamente, ainda usava.
Então... a dor de cabeça de hoje, veio de ontem... E ainda sinto o gosto da cerveja, claro, aquele guarda-chuva velho teria o mesmo gosto que a cerveja de ontem, acho que, até por isso, eu deixei de comer os guarda-chuvas, e resolvi beber a cerveja... mas o maldito gosto me persegue... rs
Ao acordar, entrei no MSN...
*pause*
Carolina tinha costumes, devo dizer. Esse era um delas, sumir no meio da noite e voltar dias depois dizendo ‘Iaí, Verme’; detalhes que compartilhamos à dois.
Então...
*play*
Nada de interessante havia, porque, ao contrário do que acontecia na minha época de escola, os tempos agora mudaram. Meus amiguinhos não acordavam mas as 7h pra jogarem futebol ou soltar pipas, agora tinha os amigos das 11h, amigos que só estavam começando a trabalhar suas atividades cerebrais lúcidas, após esse horário. Se você liga pra um cara desses às 9h, você está incomodando o Seu Madruga ao meio-dia, sacou?
O dia passou tranqüilo, até porque, vivo num mundo onde não trabalho, porque a sustentabilidade (palavra esta que o Word nem reconhece) é meu forte! E se alguém disser que não estou ajudando na ‘sustentabilidade’ do planeta, ta mentindo, olha aqui minha preocupação...
*pause*
Estou agora me preocupando com a situação ambiental no mundo. Aquecimento global, não!
Pronto, agora concluí.
E é veeeeeerde! *play*
Então... Depois de incendiar uma floresta... Ops... Desculpa, texto errado.

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